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Estado de Minas CRIME FEZ UM ANO

Marin�sio, acusado da morte de Let�cia Curado, tem audi�ncia na sexta-feira

O feminic�dio da advogada de 26 anos levou � pris�o do cozinheiro Marin�sio dos Santos Olinto, 42; ele segue preso


23/08/2020 14:13

Assassinada em 23 de agosto de 2019, Letícia deixou o marido e um filho, hoje com 4 anos(foto: Arquivo pessoal )
Assassinada em 23 de agosto de 2019, Let�cia deixou o marido e um filho, hoje com 4 anos (foto: Arquivo pessoal )
H� um ano, Let�cia Curado, 26 anos, sa�a de casa para nunca mais retornar. Por volta das 7h de uma sexta-feira, a advogada deixava o bairro Arapoanga, em Planaltina, para ir ao trabalho, no Minist�rio da Educa��o (MEC), localizado na Esplanada dos Minist�rios. Atrasada, ela resolveu entrar em um ve�culo, uma Blazer prata, conduzida pelo cozinheiro Marin�sio dos Santos Olinto, 42, que se identificou como motorista de transporte pirata.
A ideia era chegar mais r�pido ao destino. Entretanto, ela foi atacada e morta asfixiada. A partir do caso, a Pol�cia Civil conseguiu chegar ao assassino confesso e desvendar outros crimes cometidos por ele, como estupros, abusos sexuais e outro feminic�dio. Um ano ap�s a trag�dia, fam�lias destru�das por Marin�sio, inclusive a dele, tentam se reerguer. 
 Após a prisão de Marinésio e a divulgação de vídeos e fotos dele pela imprensa, outras mulheres procuraram a Polícia Civil para denunciar abusos e estupros cometidos pelo cozinheiro(foto: CB/D.A Press)
Ap�s a pris�o de Marin�sio e a divulga��o de v�deos e fotos dele pela imprensa, outras mulheres procuraram a Pol�cia Civil para denunciar abusos e estupros cometidos pelo cozinheiro (foto: CB/D.A Press)

Os investigadores da 31ª Delegacia de Pol�cia (Planaltina) prenderam Marin�sio em 24 de agosto do ano passado, um dia ap�s o desaparecimento de Let�cia. Imagens de seguran�a da regi�o mostram o momento em que a jovem entrou no carro do cozinheiro, em frente � parada de �nibus. Na noite do dia seguinte, os agentes encontraram o carro dele em via p�blica e, em seu interior, objetos que pertenciam � advogada. Na segunda-feira, 26 de agosto, ele confessou o crime e ainda revelou ter matado mais uma mulher em junho, a auxiliar de cozinha Genir Pereira Sousa, 47.

Ap�s a pris�o de Marin�sio e a divulga��o de v�deos e fotos dele pela imprensa, outras mulheres procuraram a Pol�cia Civil para denunciar abusos e estupros cometidos pelo cozinheiro. Conforme o Correio apurou, atualmente, Marin�sio responde processualmente pelas mortes de Let�cia e Genir e por cinco crimes de viol�ncia sexual, tr�s de Planaltina, uma de Sobradinho e outro do Parano�.

Al�m das acusa��es ainda em tr�mite na Justi�a, o cozinheiro foi condenado, em 7 de maio deste ano, a 10 anos de pris�o pelo estupro de uma jovem que, � �poca do crime, tinha 17 anos. A v�tima foi atacada na �rea de Pinheiral, no Parano�, em 1° de abril de 2019. Para abordar a jovem, Marin�sio usou o mesmo modo de atua��o: em um ve�culo pessoal, ofereceu carona. Diante da negativa, ele desceu do autom�vel e, com uma faca na m�o, obrigou a ent�o adolescente a entrar no banco de tr�s do carro, sob amea�a de morte, seguindo para a regi�o deserta da cidade, onde estacionou. Ele a estuprou, conforme descreve o processo. A defesa do sentenciado recorreu da decis�o e o processo ainda corre na Justi�a.

Apesar de ser assassino confesso de Let�cia e Genir, o j�ri de Marin�sio relacionado a esses feminic�dios ainda n�o est� marcado. Entretanto, na sexta-feira (28/8), o cozinheiro estar� no F�rum de Planaltina para a audi�ncia de tr�s casos de abuso sexual. Em uma das acusa��es, ele atacou duas irm�s, de 18 e de 21 anos. O caso foi em 24 de agosto, um dia ap�s o assassinato de Let�cia Curado. As jovens tinham sa�do de uma festa e decidiram pegar carona com o sentenciado. Ap�s serem assediadas, as v�timas conseguiram fugir depois de amea�arem quebrar o ve�culo do agressor com uma barra de ferro. Ele responde pelo estupro da v�tima mais velha e pela tentativa de abuso sexual da mais jovem.

Defesa

Ap�s ser condenado em maio deste ano, Marin�sio deixou o Centro de Deten��o Provis�ria (CDP) e foi transferido para a Penitenci�rio do Distrito Federal 1 (PDF1). Pela repercuss�o do caso, ele permaneceu isolado em uma cela. Entretanto, atualmente, divide o c�rcere com outros detentos. De acordo com o advogado do cozinheiro, Marcos Ven�cio Fernandes Aredes, o sentenciado est� “tranquilo e n�o sofre nenhuma repres�lia”.

De acordo com o advogado, a imagem de que Marin�sio � um monstro, criada pelo p�bico, n�o existe. “Ele confessou, para mim, que, depois que fez 41 anos, passou a ter um apetite sexual revigorado. Nunca pensou em matar ningu�m, mas aconteceu e ele n�o consegue explicar”, afirma. Marcos ainda completa que o acusado teve problemas psicol�gicos e que costumava ter “apag�es” quando cometia os crimes.

Marcos ainda completa que o cozinheiro n�o cometeu viol�ncia sexual ou qualquer tipo de estupro. “Ele n�o � esse monstro que as pessoas acreditam e, agora, passa por um per�odo de desconstru��o dessa imagem criada pela m�dia e pela pol�cia”, alega.

Sonho interrompido

Aos 26 anos, Let�cia Sousa Curado de Melo vivia em uma fase de conquistas. Evang�lica, ela havia passado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em 2018 e come�ou a estudar para concursos. A advogada morava em Planaltina com o marido, Kaio Fonseca Curado de Melo, 26, e com o filho de casal, hoje com 4 anos. Ela era funcion�ria terceirizada no MEC, onde prestava assessoria jur�dica. Em fevereiro de 2019, a jovem foi aprovada no concurso p�blico do Minist�rio P�blico da Uni�o (MPU) para o cargo de analista e aguardava ser convocada. Em junho do mesmo ano, passou no processo seletivo para estudar na Funda��o Escola Superior do Minist�rio P�blico do Distrito Federal e Territ�rios (MPDFT) e, em agosto, come�ou a frequentar as aulas do curso de p�s-gradua��o em ordem jur�dica e MPDFT, destinado a quem deseja ingressar na carreira de promotor p�blico.


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