
A nota sobre a revoga��o foi assinada pelo Arcebispo de Goi�nia, Dom Washington Cruz, e pelo chanceler Dom Levi Bonatto e tem como justificativa "a necessidade de prevenir esc�ndalos, garantir o curso da justi�a e tutelar a f�, bem como investigar as acusa��es realizadas contra o padre Robson de Oliveira".
O padre j� havia se afastado da reitoria do Santu�rio Bas�lica do Divino Pai Eterno, de Trindade (GO), e da presid�ncia da Associa��o Filhos do Pai Eterno (Afipe), entidade que recebe e administra os recursos recebidos em doa��o.
De acordo com o decreto, padre Andr� Ricardo assumiu o cargo de padre Robson na Bas�lica de Trindade.
Em v�deo divulgado no s�bado, 22, padre Robson havia manifestado o interesse em continuar com as ora��es transmitidas diariamente pela TV Divino Pai Eterno, o ter�o e a novena, logo ap�s se afastar das atividades administrativas da igreja e da associa��o.
Em nota encaminhada � imprensa na noite de domingo, 23, pela assessoria, o religioso afirma que "recebe com humildade a revoga��o tempor�ria do uso de ordens. Trata-se de um procedimento previsto no direito can�nico" e que ele seria "o maior interessado no esclarecimento de todas as quest�es e na total transpar�ncia de todas as suas a��es".
Opera��o Vendilh�es
Padre Robson � investigado pela Opera��o Vendilh�es, deflagrada na sexta-feira, 21, por suposta apropria��o ind�bita, lavagem de dinheiro, falsifica��o de documentos e sonega��o fiscal.
Acatando o pedido do MP, a ju�za Placidina Pires, da Vara de Feitos Relativos a Organiza��es Criminosas e Lavagem de Capitais, determinou a busca e apreens�o em 16 endere�os ligados ao padre Robson, inclusive na TV Pai Eterno. Ela n�o atendeu ao pedido de pris�o do padre.
Na decis�o, a ju�za afirma que, "al�m da suposta utiliza��o das doa��es dos fi�is para a aquisi��o de im�veis de elevado valor econ�mico, infere-se que investigados estariam envolvidos em um articulado esquema criminoso voltado ao desvio de verbas das Afipe e � consequente lavagem, dissimula��o e oculta��o dos recursos, por meio de 'laranjas' e empresas de 'fachada' - com vistas a dificultar o rastreamento do dinheiro e posterior ressarcimento dos danos suportados pela entidade religiosa".
O advogado Pedro Paulo Medeiros afirma que os im�veis citados na den�ncia do MP fazem parte das aplica��es da Afipe, cujo lucros foram destinados � constru��o da nova Bas�lica, � compra da TV Pai Eterno e r�dios e � constru��o de igrejas.
A investiga��o teve in�cio em 2018, quando padre Robson foi v�tima de extors�o e teria pago R$ 2 milh�es para n�o ter v�deos expostos na internet. O advogado admite o pagamento da chantagem com recursos da Afipe, mas afirma que os pagamentos foram feitos de forma simulada sobre a orienta��o da pol�cia que investigava o caso.