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Estado de Minas IMUNIZA��O

Brasil tem piores �ndices de cobertura da s�rie hist�rica nas principais vacinas

Sete das nove vacinas indicadas para beb�s tiveram os piores �ndices desde 2013


05/09/2020 14:03 - atualizado 05/09/2020 14:04

(foto: Angelo Esslinger/Pixabay )
(foto: Angelo Esslinger/Pixabay )

Sete das nove vacinas indicadas para beb�s tiveram em 2019 os piores �ndices de cobertura pelo menos desde 2013 no Brasil. Em alguns casos, como os dos imunizantes contra tuberculose (BCG) e poliomielite, o porcentual de crian�as vacinadas em 2019 foi o menor em mais de 20 anos, segundo dados oficiais do Programa Nacional de Imuniza��es (PNI) tabulados pelo Estad�o no portal Datasus, do Minist�rio da Sa�de. Nenhuma das nove vacinas atingiu a meta prevista pelo governo. Quatro delas tiveram os piores resultados da s�rie hist�rica.


A queda na cobertura vacinal j� vinha sendo observada em anos anteriores, mas atingiu patamares ainda mais preocupantes no ano passado. A BCG, por exemplo, dada aos rec�m-nascidos na maternidade, teve a menor cobertura da s�rie hist�rica, divulgada desde 1994. Com 85,1% dos beb�s vacinados em 2019, foi a primeira vez em 25 anos que ela n�o alcan�ou a meta federal de ter 90% dos rec�m-nascidos protegidos.

Outra vacina que tradicionalmente registrou altas coberturas no pa�s e sofreu queda na ades�o foi a da poliomielite. No ano passado, 82,6% das crian�as tomaram a dose, o menor �ndice desde 1997. A vacina contra a hepatite B, dada ainda nos primeiros 30 dias de vida, registrou a pior taxa de cobertura vacinal desde 2014, ano em que foi inclu�da no SUS: 77,5%.

O imunizante contra meningite C e a vacina pentavalente tiveram, em 2019, as menores taxas de ades�o desde 2011 e 2013, respectivamente, primeiro ano completo em que estavam dispon�veis na rede p�blica. A primeira registrou cobertura de 85,6% no ano passado. A segunda, que protege contra difteria, t�tano, coqueluche, hepatite B e contra a bact�ria haemophilus influenza tipo B, alcan�ou taxa de apenas 69,6%.

As vacinas contra rotav�rus e pneumonia tiveram os piores �ndices desde 2011 e 2012, respectivamente. O imunizante contra hepatite A, �nica das nove vacinas para beb�s que teve aumento de cobertura entre 2018 e 2019, ainda est� com ades�o abaixo da meta: 83,7%. J� a tr�plice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rub�ola, melhorou em rela��o a 2017, mas tamb�m n�o atingiu a meta de 95% de vacinados. No ano passado, o �ndice foi de 91,5%.

Movimentos antivacina, fake news e desabastecimento


Para especialistas em imuniza��o, embora os movimentos antivacina tenham um impacto na diminui��o da ades�o, os principais motivos para a queda da cobertura vacinal no pa�s s�o a baixa percep��o de risco da popula��o sobre doen�as erradicadas e dificuldades no acesso ao imunizante nos postos.

"Um dos problemas � a falta de vacinas. Nos �ltimos anos, com frequ�ncia receb�amos comunicados do minist�rio avisando sobre o desabastecimento de alguma vacina", relata Alessandro Chagas, assessor t�cnico do Conselho Nacional de Secretarias Municipais da Sa�de (Conasems).

Para Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imuniza��es (SBIm), a escassez de alguns imunizantes levou � ado��o de alternativas que dificultam a ades�o da popula��o, como a restri��o de dias e hor�rios em que uma determinada vacina � aplicada. "A BCG � um exemplo. Sempre tivemos altas coberturas porque o beb� j� � vacinado na maternidade. No ano passado, algumas cidades passaram a agendar a vacina��o no posto. A� voc� j� perde a janela de oportunidade.

Ela cita ainda o caso da pentavalente, que ficou meses em falta em 2019. "� claro que fake news existem e prejudicam, mas parte do problema � falta de estrutura e comunica��o com a popula��o", afirma Isabella Ballalai.


A gerente de projetos Fabr�cia de Souza Garcia, de 37 anos, demorou mais de um ano para encontrar, na rede p�blica, a vacina DTP para a filha, ent�o com 4 anos. A DTP tamb�m protege contra difteria, t�tano e coqueluche e � um refor�o para a pentavalente. "Era para ela ter tomado com 4 anos, mas s� consegui dar quando ela tinha mais de 5 anos. Ia toda semana no posto, mas n�o tinha", conta.

Governo


Questionado sobre a queda na cobertura vacinal e a falta de imunizantes, o Minist�rio da Sa�de afirmou que "v�rios fatores t�m interferido nas coberturas vacinais, variando desde a falsa sensa��o de seguran�a causada pela diminui��o ou aus�ncia de doen�as imunopreven�veis, desconhecimento da import�ncia da vacina��o por parte da popula��o e as falsas not�cias veiculadas especialmente nas redes sociais sobre o malef�cio que as vacinas podem provocar � sa�de".

Quanto ao desabastecimento de alguns imunizantes, alegou que "tem buscado alternativas e parcerias no mercado internacional a fim de suprir a demanda". Entre as alternativas, diz a pasta, est� a aquisi��o de um mesmo produto de diferentes laborat�rios e remanejamento de vacinas dentro do territ�rio nacional para suprir a falta tempor�ria em determinadas localidades do Brasil. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.



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