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Vacina chinesa contra a COVID-19 deve ser a primeira a chegar � popula��o brasileira

S�o Paulo prev� aquisi��o de mais de 60 milh�es de doses at� fevereiro, conforme anunciou governador Jo�o Doria. Anvisa ampliou testagem do medicamento da Johnson & Johnson nessa quarta-feira


24/09/2020 14:52 - atualizado 24/09/2020 15:05

(foto: AFP/Noel Celis)
(foto: AFP/Noel Celis)
A corrida pela vacina contra o novo coronav�rus ganhou not�cias promissoras. O governador de S�o Paulo, Jo�o Doria, afirmou, em coletiva, que o estudo de fase 3 da chinesa CoronaVac, realizado em mais de 50 mil volunt�rios, apontou seguran�a e efic�cia para prosseguir com o desenvolvimento. Al�m disso, a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) ampliou o n�mero de volunt�rios e estados participantes de testes da vacina; e tamb�m do imunizante desenvolvido pela Johnson & Johnson.
Em meio �s vacinas testadas no Brasil, a vacina chinesa � a que primeiro deve chegar � popula��o. Doria anunciou que a parceria entre o laborat�rio Sonovac, respons�vel pela CoronaVac e o estado paulista, deve fornecer pelo menos 60 milh�es de doses at� o fim de fevereiro de 2021, e um primeiro lote de 5 milh�es de frascos est� programado para chegar em outubro.

O montante, segundo o governador, “� suficiente para imuniza��o de todos os brasileiros de S�o Paulo”, afirmou, completando que existem negocia��es no �mbito do Minist�rio da Sa�de para a compra de mais 40 milh�es de doses para amplia��o da vacina��o em outros estados. “Esperamos que, com o sucesso da vacina de Oxford, da AstraZeneca e de outras vacinas, o Governo Federal possa imunizar a totalidade dos brasileiros no menor prazo poss�vel.”

Durante a coletiva, Doria anunciou, tamb�m, a autoriza��o de verba federal para auxiliar na compra de doses e de tecnologia da vacina chinesa. “A primeira parte da libera��o solicitada pelo governo de S�o Paulo foi autorizada pelo ministro Eduardo Pazuello no valor de R$ 80 milh�es”. Doria agradeceu ao ministro e � equipe da pasta da Sa�de “pela postura republicana, t�cnica e correta de enxergar a vacina do Instituto Butantan e da Sinovac como uma das vacinas necess�rias ao povo brasileiro e por ter uma vis�o que n�o � vinculada a nenhuma quest�o partid�ria, pol�tica ou ideol�gica. Como deve ser”, opinou.

Procurado pelo Correio, o Minist�rio da Sa�de disse, em nota, que a pasta “tem acompanhado mais de 200 estudos que buscam a identifica��o de uma vacina para a covid-19, com o objetivo de encontrar uma cura efetiva e segura para a doen�a. N�o ser�o economizados esfor�os para disponibilizar aos brasileiros, t�o cedo quanto poss�vel, uma vacina eficaz, em quantidade e qualidade para atender a popula��o.”

Em agosto, o governo de S�o Paulo havia solicitado � pasta a destina��o de R$ 1,9 bilh�o para dobrar a previs�o de entrega da vacina, passando de 60 para 120 milh�es de doses. O acordo com a candidata chinesa segue os moldes da tratativa da vacina de Oxford, com a previs�o da transfer�ncia de tecnologia. O Instituto Butantan est� respons�vel pela produ��o do imunizante, com capacidade de 100 milh�es de doses anuais. Ap�s a campanha em S�o Paulo, o objetivo � ampliar para outros estados brasileiros.

Seguran�a e efic�cia

Diretor da Sinovac na Am�rica do Sul, Xing Han agradeceu a parceria brasileira e elogiou o acordo firmado, bem como a condu��o dos estudos de fase 3. “Estamos confiantes com a vacina, tanto na quest�o de seguran�a quanto de efici�ncia. Daqui a um ou dois meses, j� teremos os resultados da fase 3”. Ele garantiu, ainda, que os t�cnicos do laborat�rio iriam trabalhar “noite e dia” para cumprir com a demanda de vacinas acordada.

Segundo resultados dos estudos chineses, a CoronaVac apresenta seguran�a de 94,7% e efic�cia de 98%, como relatou Doria. “Os resultados dos estudos cl�nicos da China mostram um baixo �ndice de, apenas, 5,3% de efeitos adversos de baixa gravidade. A maioria desses casos apresentou, apenas, dor no local da aplica��o da vacina. Efeitos adversos de baixa gravidade s�o comuns para maioria das vacinas amplamente utilizadas”, garantiu o governador.

A previs�o � de que, na segunda quinzena, a imuniza��o seja iniciada, de acordo com crit�rios de vacina��o adotados pela Secretaria da Sa�de de S�o Paulo e dentro do protocolo do Minist�rio da Sa�de. Para iniciar a aplica��o na popula��o, no entanto, � necess�rio aguardar a finaliza��o dos testes, que deve ocorrer at� o fim de setembro. O cronograma depende da an�lise dos resultados e da aprova��o da Anvisa.

No Brasil, os testes de fase 3 foram iniciados em 21 de julho e, segundo Doria, n�o h�, at� o momento, nenhum registro de rea��es graves da CoronaVac nos mais de 5,6 mil volunt�rios j� imunizados. Ontem, a Anvisa autorizou o aumento do n�mero de volunt�rios no estudo da candidata. Mais 4.060 pessoas foram inclu�das na pesquisa, que, agora, passa a contar com 13.060 brasileiros. Al�m disso, o estudo da vacina chinesa ser� feito, tamb�m, nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, al�m de S�o Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paran� e Distrito Federal.

Mais avan�os
Ainda ontem, a Anvisa confirmou a participa��o de mais quatro estados nos testes da vacina da Johnson & Johnson, que anunciou o in�cio dos testes de fase 3 do imunizante. Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Santa Catarina far�o parte do estudo. Os testes j� estavam autorizados para ocorrer em sete estados brasileiros (SP, RJ, RS, PR, MG, BA, RN). No total, sete mil volunt�rios ser�o testados.

Outra vacina no radar dos brasileiros � a desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmac�utica AstraZeneca. Ontem, o diretor presidente substituto da Anvisa, Antonio Barra, recebeu a presidente da Fiocruz, N�sia Trindade, para discutir o registro da vacina no Brasil. No pa�s, o imunizante ser� produzido na unidade Bio-Manguinhos, da Fiocruz, no Rio de Janeiro. Esta foi a segunda reuni�o entre as duas institui��es, em pouco mais de um m�s. Em agosto, Anvisa e Fiocruz realizaram encontro virtual.

Menos de mil mortes di�rias h� uma semana


O Brasil n�o registra atualiza��o di�ria superior � marca de mil mortes por covid-19 h� uma semana. Outros dados que ajudam a monitorar a pandemia, por�m, indicam que a situa��o continua sendo de alerta em todo o pa�s. As taxas de transmiss�o voltaram a crescer e a na��o avan�a nos �ndices de mortalidade, ocupando, atualmente, a quinta posi��o na lista de pa�ses, com mais de um milh�o de habitantes, que acumulam mais �bitos por milh�o. Ontem, foram registrados mais 33.281 casos do novo coronav�rus e 869 mortes no balan�o divulgado pelo Minist�rio da Sa�de, totalizando 4.624.885 de infectados e 138.977 vidas perdidas.

Com o fechamento da semana 38, o Imperial College de Londres informou que a taxa de transmiss�o brasileira (Rt) est� em 1, ou seja, cada infectado transmite a doen�a para mais uma pessoa. Na avalia��o anterior, o �ndice era de 0,90, o menor registrado desde abril. O status do cont�gio continua sendo considerado de lento a estagnado.

Apesar de observar uma queda nas atualiza��es di�rias, na an�lise da �ltima semana epidemiol�gica conclu�da, os n�meros de novos casos e mortes cresceram em compara��o com a anterior — aumentando 10% e 6%, respectivamente. O secret�rio de Vigil�ncia em Sa�de, Arnaldo Medeiros, abordou os incrementos da �ltima semana na coletiva da pasta, ontem, mas preferiu destacar o acumulado de 14 dias. “Verificamos que houve um aumento na �ltima semana, de cerca de 10%, mas quando olhamos o per�odo que normalmente usamos, de duas semanas agregadas, temos uma redu��o de 23% de novos registros de casos.”

Ao analisar a curva de fatalidades por semana no Brasil, Medeiros fez uma observa��o similar. “A partir da 29ª semana, esse registro de novos �bitos vem diminuindo e, quando olhamos o registro dos �ltimos 14 dias, tivemos uma redu��o de 7% — embora, na �ltima semana, houve um aumento de 6% nos �bitos”, completou.

Ao fazer um recorte por regi�o, observa-se um acr�scimo no n�mero de infectados em todas as regi�es brasileiras, no comparativo das semanas epidemiol�gicas 37 e 38. No entanto, no agregado dos �ltimos 14 dias, s� o Centro-Oeste registrou incremento, com 3%. O Sul teve a maior baixa em 14 dias, -50%. Em seguida vem o Nordeste (-21%), Norte (-19%) e Sudeste (-14%).

21 cidades sem COVID

A COVID-19 se alastrou por todo o Brasil, chegando a 5.549 dos 5.570 munic�pios. Ou seja, apenas 21 cidades n�o t�m casos da doen�a. Cerca de 79% dos munic�pios j� notificaram ao menos uma morte por coronav�rus; 1.149 cidades n�o registraram �bitos. Com uma taxa de mortalidade de 3%, o pa�s soma 23 unidades federativas com mais de mil mortes cada. S�o Paulo lidera o ranking negativo, com 34.492 vidas perdidas pelo novo coronav�rus; no Rio, 17.911. Em seguida est�o: Cear� (8.861), Pernambuco (8.085), Minas Gerais (6.897), Par� (6.489), Bahia (6.408), Rio Grande do Sul (4.515), Goi�s (4.265), Paran� (4.244), Amazonas (3.984), Maranh�o (3.683), Esp�rito Santo (3.452), Mato Grosso (3.287), Distrito Federal (3.148), Para�ba (2.741), Santa Catarina (2.686), Rio Grande do Norte (2.356), Piau� (2.061), Alagoas (2.034), Sergipe (1.999), Rond�nia (1.320) e Mato Grosso do Sul (1.204).


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