
O presidente Jair Bolsonaro se submeter� hoje pela manh� a uma cirurgia para a retirada de um c�lculo vesical (pedra na bexiga). A interven��o m�dica deve ser realizada no Hospital Albert Einstein, em S�o Paulo, �s 10h30.
A tend�ncia � a de que o procedimento n�o seja t�o invasivo e n�o haja a necessidade de um corte na bexiga do mandat�rio. Para extrair a pedra, a equipe m�dica deve recorrer a uma cirurgia conhecida como cistolitotripsia. Este m�todo permite que um tubo fino siga atrav�s do canal da uretra at� chegar � bexiga, onde a pedra ser� fragmentada com a ajuda de um laser.
A tend�ncia � a de que o procedimento n�o seja t�o invasivo e n�o haja a necessidade de um corte na bexiga do mandat�rio. Para extrair a pedra, a equipe m�dica deve recorrer a uma cirurgia conhecida como cistolitotripsia. Este m�todo permite que um tubo fino siga atrav�s do canal da uretra at� chegar � bexiga, onde a pedra ser� fragmentada com a ajuda de um laser.
Segundo urologistas ouvidos pelo Correio, uma cirurgia menos agressiva � o mais recomendado para o caso do presidente, considerando o tamanho do c�lculo que Bolsonaro afirma ter. No in�cio do m�s, ele comentou que estava com uma pedra na bexiga “maior do que um gr�o de feij�o”.
As causas para a apari��o de um c�lculo vesical variam. A pessoa pode j� ter predisposi��o � forma��o de pedras, mas existe a possibilidade de o c�lculo ter sido formado no rim e se deslocado � bexiga. Al�m disso, a pedra pode aparecer devido a algum grau de reten��o urin�ria ou por ac�mulo de urina na bexiga.
O problema mais frequente causado por um c�lculo vesical � a dificuldade para urinar. A pedra na bexiga entope a uretra e, com isso, o paciente acaba sentindo dores para expelir a urina. Outro reflexo da doen�a � a interrup��o do jato urin�rio. Dessa forma, a retirada do c�lculo � fundamental para evitar que a pedra cres�a dentro da bexiga, comprometendo ainda mais o sistema urin�rio, ou para que o paciente desenvolva algum tipo de inflama��o mais grave, que em determinados casos pode evoluir para uma septicemia.
“Se o c�lculo crescer bastante, pode acontecer de a cirurgia a laser n�o ser poss�vel. Sendo assim, o paciente teria de se submeter a um procedimento aberto, que � mais traum�tico”, explicou o urologista Omar Fakhouri, membro da diretoria da seccional do Distrito Federal da Sociedade Brasileira de Urologia.
Segundo o especialista, como alguns homens com c�lculo vesical n�o apresentam sintomas, � fundamental um acompanhamento m�dico. “A avalia��o do sistema urin�rio como um todo � muito importante para a pessoa ver se tem predisposi��o a c�lculo renal e investigar se tem algum grau de reten��o urin�ria na bexiga. O c�lculo na bexiga, como qualquer c�lculo em qualquer parte do trato urin�rio, pode levar a infec��es”, alertou.
De acordo com a assessoria de imprensa da Presid�ncia da Rep�blica, a previs�o � a de que Bolsonaro receba alta, no m�ximo, at� domingo. Contudo, caso o procedimento transcorra sem grandes complica��es, o presidente pode ser liberado ainda hoje. “A cistolitotripsia, por se tratar de um m�todo minimamente invasivo, tem um tempo de interna��o menor. A cirurgia dura entre 15 e 20 minutos, dependendo do tamanho da pedra, e o paciente pode ser liberado em duas ou tr�s horas ap�s a conclus�o, sem precisar de sonda e j� urinando normalmente”, disse o urologista Guilherme Coaracy, da Secretaria de Sa�de do DF.
Outros procedimentos
Esse � o sexto procedimento m�dico realizado pelo chefe do Executivo ap�s a facada levada em 6 de setembro de 2018, durante a campanha eleitoral, em Juiz de Fora (MG). Dentre as interven��es, ele se submeteu a uma cirurgia de emerg�ncia em raz�o de uma complica��o causada pela ader�ncia das paredes do intestino, em 12 de setembro de 2018, e teve de retirar uma bolsa de colostomia, em 28 de janeiro de 2019.
Neste intervalo, Bolsonaro tamb�m fez uma cirurgia para corre��o de uma h�rnia incisional na regi�o da �rea atingida pela facada, em 8 de setembro de 2019, e fez uma opera��o de vasectomia, em 30 de janeiro deste ano.
C�lculo vesical
O termo c�lculo vesical refere-se � presen�a de pedras ou material calcificado na bexiga. Geralmente,
essas pedras est�o associadas � urina que permanece parada na bexiga, mas podem aparecer em
indiv�duos sem evid�ncia de defeitos anat�micos, infec��es ou outras altera��es.
A causa mais comum de forma��o de um c�lculo vesical � a obstru��o da sa�da da bexiga.
Dessa forma, a urina fica acumulada. Cristais s�o formados na urina parada, desenvolvendo c�lculos maiores. As pedras podem formar-se dentro da bexiga, ou, ent�o, serem formadas nos rins e chegarem � bexiga e l� crescerem Geralmente, os pacientes relatam dor abaixo do p�bis, dis�ria (dor ao urinar),
intermit�ncia (interrup��o do jato de urina), aumento da freq��ncia da urina, e noct�ria (vontade de urinar durante a noite).
Cistolitotripsia
Este procedimento � considerado o menos invasivo. Nele, o urologista utiliza um aparelho chamado cistosc�pio, que possui uma c�mera na sua extremidade. Ele � introduzido no canal do p�nis, a uretra, at� chegar � bexiga. Com as imagens fornecidas pelo cistosc�pio, o urologista consegue identificar onde o c�lculo est� localizado e, assim, pulveriz�-lo. Para quebrar a pedra, o m�dico pode recorrer a um laser. Na sequ�ncia, ele retira os fragmentos da pedra pelas vias urin�rias do paciente.
Para se retirar um c�lculo vesical, h� duas possibilidades:
Incis�o na bexiga
Este procedimento � mais invasivo e delicado. Geralmente, � recomendado nos casos de c�lculos
muito grandes, em que a fragmenta��o e a retirada das pedras por meios endosc�picos s�o mais
dif�ceis. Neste tipo de cirurgia, o urologista faz um corte na bexiga e utiliza algum tipo de aparelho
para extrair a pedra manualmente.
Fontes: Sociedade Brasileira de Urologia; Guilherme Coaracy e Omar Fakhouri
Ibope: aprova��o de 40%
A aprova��o do governo de Jair Bolsonaro chegou a 40%, segundo pesquisa do Instituto Ibope divulgada ontem. � o maior patamar alcan�ado desde o in�cio do mandato. O levantamento ainda revelou que 29% dos brasileiros consideram o governo regular; e 29%, ruim ou p�ssimo. A margem de erro � de 2%. A pesquisa foi encomendada pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) e feita entre 17 e 20 de setembro, com 2 mil pessoas em 127 munic�pios. No �ltimo levantamento, divulgado em dezembro, o mandat�rio tinha 29% de �timo/bom. 31% consideravam o governo regular; 38%, ruim/p�ssimo e 3% n�o responderam. O Ibope tamb�m mostrou que a aprova��o na maneira de governar do presidente tamb�m cresceu, passando de 41% para 50%. E a confian�a em Bolsonaro subiu de 41% para 46%.