
O artista havia desaparecido no s�bado, quando a fam�lia resolveu rastrear o celular da v�tima e descobriu que o �ltimo sinal do aparelho havia sido enviado nas proximidades da casa da Clarice, com quem o chargista havia iniciado um relacionamento recentemente.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Kelvis Antonio Borges, de 25 anos, �nico filho de Marco Ant�nio, disse que suspeitava do envolvimento de terceiros no crime, acrescentando que o pai era discreto e n�o falava muito do relacionamento com a massagista.
A Delegacia Especializada de Homic�dio (DEH) foi acionada ap�s Clarice indicar o local do crime. Na ter�a-feira, a equipe encontrou malas com os restos mortais em um terreno na regi�o sul de Campo Grande, mas a identidade do cad�ver s� deve ser confirmada ap�s exames de DNA.
Chargista foi empurrado da escada e atacado com faca
De acordo com o depoimento da massagista, o assassinato aconteceu ap�s uma discuss�o em que Marco Ant�nio teria a agredido com dois tapas no rosto. Durante a briga, ela teria empurrado o chargista da escada, e em seguida corrido at� a cozinha, pegado uma faca e o golpeado at� a morte.
Ap�s o assassinato, ela teria ido a um bar na esquina de sua casa, antes de voltar ao local do crime, esquartejar a v�tima, distribuir as partes do corpo em malas que teria tocado fogo.
J� na vers�o de Jo�o Vitor, ele teria recebido um telefonema da m�e ainda no s�bado, pedindo ajuda para consertar um encanamento estragado na resid�ncia. O rapaz disse que estava trabalhando e, assim que estivesse liberado, iria visit�-la. Mais tarde, ele constatou que o chargista j� estava morto.
De acordo com o delegado Carlos Delano, respons�vel pelo inqu�rito, o rapaz ent�o ajudou a m�e a esquartejar o corpo e a guardar os restos em tr�s malas.
Em seguida, ele levou as malas para a casa, no bairro Jardim Tarum�. No domingo, Jo�o Vitor e Clarice acionaram um motorista de aplicativo e transportaram as malas at� uma casa abandonada, onde o corpo foi carbonizado.
Na tarde da quarta-feira, agentes da delegacia fizeram buscas na casa do jovem, que alegou que pretendia se entregar. Ele foi conduzido, prestou esclarecimentos e foi liberado. A pol�cia investiga se o motorista de aplicativo tinha conhecimento do crime. Clarice era considerada uma das suspeitas e j� havia um pedido de pris�o protocolado contra ela na segunda-feira, 23.
'Nossa reda��o perde um combatente', diz jornal
Marco Ant�nio era velho conhecido da imprensa local, onde publicou v�rios trabalhos. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Alex Fraga, ex-editor-chefe do jornal O Estado, no qual Marco Ant�nio foi colaborador, disse que ficou espantado com o depoimento de Clarice, uma vez que o chargista era tranquilo e "da paz", jamais apresentando um perfil agressivo aos colegas.
Em nota, o jornal O Estado lamentou a morte do colaborador. "Marcos era chargista do jornal desde outubro de 2006 e, ao longo destes anos, ilustrou as edi��es com seu tra�o �nico, carregado de humor, ironia ou tristeza, como a que estamos sentindo neste momento", diz o trecho. "Foram 14 anos ininterruptos com informa��es em forma de charge, publicada sempre na p�gina de Opini�o do jornal. Aos familiares do Marcos, desejamos for�as e muito amor para atravessar esta hora t�o dolorida. Nossa reda��o, hoje, perde um combatente, mas o legado do Marcos Borges continua em nossas p�ginas e na lembran�a dos nossos leitores", continuou o texto.
Kelvis, filho de Marco Ant�nio, disse que sempre teve uma rela��o pr�xima com o pai, que tinha um perfil conciliador e nunca teria mostrado sinais de agressividades. O chargista morava com os pais idosos, em Campo Grande. Al�m de Kelvis, ele deixou um neto de apenas um ano.