
A estrat�gia utilizada pelo Butantan, inicialmente, era reunir dados interinos - ou seja, an�lises sem que os testes fossem conclu�dos - para pedir autoriza��o do uso emergencial da vacina � Anvisa. Mas, para que uma an�lise do governo federal seja feita em um tempo menor, a institui��o optou por divulgar resultados robustos do estudo para obter o registro das doses da vacina, que est� sendo produzida em parceria com a ind�stria chinesa Sinovac.
“O estudo cl�nico da nossa vacina terminou, do ponto de vista do n�mero de casos minimamente necess�rios para o que chamamos de an�lise prim�ria. Ou seja, n�o precisamos da an�lise interina, porque j� atingimos o valor m�nimo para permitir a conclus�o da an�lise prim�ria. N�s estamos, neste momento, j� pr�ximos de receber os dados da efic�cia final do estudo. Isso deve acontecer nos pr�ximos dias, n�o ser�o dados de efic�cia interina, mas ser�, sim, j� do estudo atingido o ponto de an�lise prim�ria”, disse Dimas, em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura.
Desta forma, Dimas manteve a previs�o de in�cio da vacina��o para habitantes do estado de S�o Paulo, marcada para 25 de janeiro. O diretor do Instituto Butantan espera que a Anvisa conceda o registro no menor tempo poss�vel, assim que o �rg�o federal receber a documenta��o completa.
"A vacina��o para S�o Paulo no dia 25 (de janeiro) � com base nas vacinas que dispomos. A� tem a quest�o do registro. O registro, num momento, como esse, o que se espera � que esse registro possa ocorrer rapidamente, assim que sejam apresentados todos os documentos, que dever� acontecer muito rapidamente, no caso do Butantan”, afirmou.
O diretor do Butantan tamb�m destacou que n�o h� negocia��o em curso entre a institui��o e o Minist�rio da Sa�de pela compra de doses da CoronaVac. No �ltimo s�bado (12/12), a pasta entregou o Plano Nacional de Imuniza��o (PNI) ao Supremo Tribunal Federal (STF), j� com a vacina feita pelo Butantan/Sinovac entre as candidatas a serem utilizadas. No entanto, o documento considera que o governo “garantiu” doses provenientes da Universidade de Oxford/AstraZeneca, Covax Facility e da Pfizer.
Dimas admitiu que a briga pol�tica entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador Jo�o D�ria (PSDB) contribuiu para que as doses feitas pelo Butantan/Sinovac n�o estivessem entre as “garantidas” pelo governo e que o PNI poderia ter atingido uma “potencialidade maior”.
“�bvio que a quest�o pol�tica, que essa discuss�o que aconteceu nos �ltimos meses, tem interfer�ncia sobre isso. �bvio que esse plano n�o atingiu a potencialidade que poderia ter atingido, incluindo a vacina que o Butantan est� desenvolvendo - que �, diga-se de passagem, a �nica vacina que est� sendo produzida no Brasil neste momento”, concluiu.
