
Segundo a funda��o, os 10 animais foram recolhidos em v�rios pontos urbanos de Jaragu� do Sul (SC). Em uma das ocorr�ncias, a cobra foi atacada por c�es, e, apesar de ferida, foi recolhida viva. A colora��o desta serpente a deixa camuflada em meio �s folhas secas, dificultando sua visualiza��o e aumentando os registros de picadas provocadas pela esp�cie.
A Fujama alerta que a esp�cie � muito venenosa e uma das respons�veis por muitos acidentes desta natureza no Brasil. “Sendo assim, � importante a manuten��o de quintais limpos e sem lixo, evitando a prolifera��o de ratos, uma das presas favoritas de jararaca”, explica o chefe de educa��o ambiental, Christian Lempek.
A Fujama tamb�m lembra que “as cobras desempenham um papel importante no meio ambiente, principalmente no controle da popula��o de ratos, que transmitem doen�as como a leptospirose. Por isso, Fujama e Corpo de Bombeiros Volunt�rios devem ser acionados para capturar o animal, que depois � devolvido � natureza em local adequado, longe da �rea urbana”.
O resgate de serpentes e de outros animais silvestres em Jaragu� do Sul ocorre mediante solicita��o no n�mero de telefone da Fujama (47 3273-8008), de segunda a sexta-feira, das 7h30 �s 17 horas, ou por meio de registro na Ouvidoria da Prefeitura (0800-642-0156). Aos fins de semana feriados e no per�odo noturno, as solicita��es ficam restritas ao 193, do Corpo de Bombeiros.
Cobra em motor
Al�m das jararacas, os t�cnicos da Fujama se depararam com uma cobra dentro do motor de um caminh�o no �ltimo final de semana. Os bi�logos perceberam que a esp�cie � incomum na regi�o. “Ap�s encaminhar a foto para especialistas, a cobra foi identificada como da esp�cie Corre-campo (hilodryas nattereri) que n�o ocorre aqui na regi�o e nenhuma outra aqui no Sul do pa�s, mas em estados mais ao norte, como: Bahia, Esp�rito Santo, Minas Gerais e mais ao sul de S�o Paulo”, destaca o bi�logo Christian Raboch.
Ele tamb�m conta que essa cobra possui pe�onha, por�m n�o � t�o poderosa quanto outras cobras presentes na regi�o, como jararaca, jararacu�u e corais-verdadeiras. “A esp�cie possui denti��o opist�glifa, ou seja, os dentes inoculadores de veneno ficam na parte de tr�s da boca. Portanto, acidentes com essas cobras n�o s�o t�o comuns de ocorrer”, afirma.
“Acredita-se que a serpente tenha entrado no caminh�o em outro Estado. Isso, de certa forma, demonstra como esp�cies nativas de outras regi�es do pa�s podem ser introduzidas em nossas florestas. Situa��o que pode causar grandes preju�zos para nossas esp�cies nativas, pois as esp�cies introduzidas competem contra elas por espa�o e alimento, al�m de n�o possu�rem predadores naturais, o que pode ocasionar uma superpopula��o desses animais", conclui. A esp�cie ser� levada para o Instituto Butantan, em S�o Paulo.
O que fazer em caso de picada de cobra?
Em caso de acidentes com cobras, n�o se recomenda amarrar o local picado. O torniquete, usado para barrar a circula��o sangu�nea, pode ocasionar necrose e aumento da possibilidade de amputa��o;
Tamb�m n�o se deve cortar o local da picada, nem fazer perfura��es ou suc��o. A ferida deve ser lavada com �gua e sab�o, apenas, e a v�tima levada rapidamente ao hospital. Caso seja poss�vel, � importante identificar por meio de foto o tipo de serpente. Assim, o profissional de sa�de saber� sobre o melhor soro antiof�dico a ser aplicado no paciente.