
“Faria tudo de novo, porque n�o se trata de conhecer ou n�o a pessoa. Precisamos tomar atitudes nesse mundo t�o conturbado que vivemos. Fazer nossa parte. Na hora, lembrei da minha irm� que j� sofreu ass�dio no metr�. Pensei na minha m�e que usa o transporte, nas minhas amigas”, desabafou.
O jovem acrescentou, ainda, que apesar da gravidade da situa��o, n�o perdeu a calma em nenhum momento e que isso foi fundamental para que a situa��o n�o fosse agravada.
Ele foi perseguido, agredido e amea�ado por Guilherme depois de interferir e tentar ajudar uma mo�a que o sargento assediou na sa�da do vag�o do metr�, na esta��o da Pra�a do Rel�gio. O programador conta que estava desembarcando quando viu o homem passar a m�o no cabelo da mo�a e olhar para tr�s fazendo express�es de conota��o sexual.
Revoltado com a cena, Jair resolveu tomar uma atitude e tirar satisfa��o com o suspeito. A mo�a ficou assustada com a situa��o e afirmou n�o conhecer Guilherme, al�m de refor�ar que o desconforto e nervosismo com o ass�dio sofrido.
Arma em punho
Assim que foi confrontado, Guilherme se aproximou dele e fez men��o de sacar a arma, momento em que foi abordado pelos seguran�as do metr� e se identificou como bombeiro militar. “Me afastei e deixei que os seguran�as resolvessem, comecei a ir embora e ele me seguiu”.
A equipe de seguran�a do metr� alertou Jair e pediu que ele aguardasse antes de ir para casa. Depois de 15 minutos, o programador saiu da esta��o e foi abordado por Guilherme, que o esperava escondido e passou a persegui-lo. “Ele estava com a arma em punho na minha dire��o. Virei as costas pois achei que ele n�o teria coragem de atirar em mim assim”.
Jair correu e entrou em uma loja achando que o agressor n�o o seguiria e que poderia chamar a pol�cia. Mas, ao ver que Guilherme, n�o parou. Decidiu se posicionar em frente �s c�meras, para que, na pior das hip�teses, sua fam�lia pudesse buscar justi�a.
Depois da agress�o, Guilherme foi embora “como se nada tivesse acontecido”. Jair fez boletim de ocorr�ncia, pegou as imagens de seguran�a das c�meras das lojas e busca justi�a. O jovem faz ainda um apelo para que a mo�a assediada entre em contato ou fa�a tamb�m um boletim de ocorr�ncia contra a agress�o sexual sofrida. “N�o consegui falar com ela, mas a den�ncia dela � mais uma forma de fazermos justi�a”, completa.
O Correio Braziliense tentou entrar em contato com Guilherme, mas n�o obteve retorno.