O secret�rio de Sa�de de S�o Paulo, Jean Gorinchtey, afirmou que a Coronavac � eficaz, embora n�o deva atingir 90% no Brasil, como foi verificado no estudo cl�nico na Turquia, com 91,25%. "Ela est� acima de 50%. N�o sabemos se 60%, 70% ou 80%. N�o temos essa informa��o, que est� sigilosa e guardada a sete chaves", disse.
Jean Gorinchtey concedeu entrevista na noite de 24 de dezembro � rede de TV CNN, quando explicou que os dados do estudo cl�nico realizado no Brasil ser�o reanalisados pelos pesquisadores com previs�o de apresenta��o de um novo resultado em 15 dias.
"N�o esperamos 90% e 92% (efic�cia), quando atingimos isso dizemos que bom que isso aconteceu. Se obtiver perfis menores nem por isso menos eficaz.
A falta de dados que comprovem a efic�cia da Coronovac, vacina contra a COVID-19, que est� sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmac�utica chinesa Sinovac, causou preocupa��o entre cientistas e profissionais da sa�de em todo o pa�s.
A aus�ncia de n�meros que demonstrem a efic�cia do imunizante, durante a coletiva de imprensa realizada pelo Instituto Butantan, na quarta-feira (23/12), n�o convenceu os pesquisadores.
A aus�ncia de n�meros que demonstrem a efic�cia do imunizante, durante a coletiva de imprensa realizada pelo Instituto Butantan, na quarta-feira (23/12), n�o convenceu os pesquisadores.
O secret�rio informou que a Sinovac pediu para recolher os dados do Brasil que n�o est�o batendo com os dados de outros pa�ses, como os que foram revelados pela Turquia (91,25%), Indon�sia e na pr�pria China. O secret�rio informou que os 171 volunt�rios que positivaram para a COVID-19 est�o sendo avaliados para saber quantos deles tomaram a vacina e desenvolveram a doen�a.
"Qual foi o per�odo que receberam a vacina e, em que momento, eles desenvolveram os primeiros sintomas. Sabemos que, se recebo a vacina hoje, a minha produ��o de anticorpos, que s�o as prote�nas que v�o me proteger, pode demorar pelo menos 12 a 15 dias. Quando chega a 15 dias, j� dou a segunda dose, fazendo o que a gente chama de refor�o vacinal, aumentando a prote��o", afirmou.
O secret�rio informou ainda que o Brasil atingiu 9 mil volunt�rios. No entanto, no momento em que o estudo foi realizado, foi verificada uma queda no n�mero de casos da doen�a, o que comprometeu a pesquisa. Estava marcado para 20 de outubro os primeiros resultados e, por essa raz�o, foram adiados.
"Com a queda de circula��o do v�rus no nosso meio, principalmente em um grupo de profissionais de sa�de que se protegiam muito. O que que aconteceu? Os dados n�o foram abertos, porque n�o conseguimos atingir n�mero m�nimo de pessoas que positivaram para a COVID-19", revelou.
Logo depois, quando os casos voltaram a aumentar, foram recrutados mais 3 mil volunt�rios. "N�o s� os primeiros n�meros foram atingidos, mas o n�mero final de 164 casos, atingindo 171, podendo finalizar o estudo j� abrindo os resultados", disse � CNN.
Por isso, muitos desses volunt�rios podem ter recebido uma dose s� e, por isso, essa an�lise tem que ser muito clara. "Se n�o vai comprometer. Esse que recebeu uma dose s� ou que recebeu as duas, mas, no momento muito precoce, n�o tinha a quantidade de anticorpos suficientes para dizer ele est� protegido."
Efic�cia m�nima
O secret�rio explicou que para que uma vacina seja considerada eficaz tanto pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) e Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) s�o necess�rios, no m�nimo, 50% de efic�cia.
"Uma vacina de 50% numa crise sanit�ria vai diminuir o n�mero de casos, de mortes e interna��es. Quanto mais ela for eficaz, menos vou precisar vacinar grandes grupos. Quanto mais eficaz, posso vacinar menos e atinjo, de forma mais r�pida. aquela imunidade que chamamos imunidade de comunidade, coletiva, a imunidade de rebanho".
O ensaio da cl�nico da Turquia foi menor do que o realizado pelo Instituto Butantan no Brasil. L�, foram 1.322 volunt�rios, que tiveram os casos revelados. Desse total, 29 foram confirmados com a infec��o da COVID-19. Como no Brasil foram quase 13 mil volunt�rios, os dados brasileiros pautam as ag�ncias regulat�rias da China, da Turquia, Indon�sia, Europa e de outros locais.
O secret�rio, no entanto, refor�ou que, nas fase 1 e 2, a vacina se motrou segura e imunog�nica. "Ela produz anticorpos que neutralizam o v�rus e, no t�rmino da fase 3, mostrou-se eficaz", garantiu.
O secret�rio, no entanto, refor�ou que, nas fase 1 e 2, a vacina se motrou segura e imunog�nica. "Ela produz anticorpos que neutralizam o v�rus e, no t�rmino da fase 3, mostrou-se eficaz", garantiu.
Ele explicou que um percentual menor de efic�cia � esperado em vacinas que usam fragmentos do v�rus. "Vacina que n�o tem o v�rus vivo atenuado, mas fragmentos do v�rus, como � o caso da vacina do Butantan", afirmou. E concluiu: "Esse fragmento de v�rus tem capacidade de desenvolver imunidade e quantidade de anticorpos que s�o prote�nas espec�ficas menores que vacina com v�rus vivo antenuado".