
A medida veio ap�s um esfor�o conjunto de negocia��es entre a Procuradoria-Geral da Rep�blica, o Minist�rio da Sa�de, as For�as Armadas, al�m da Anvisa e da White Martins. Em nota, a PGR afirma que os primeiros carregamentos de oxig�nio come�aram a chegar em Manaus ainda na manh� desta sexta-feira, 15.
De acordo com o �rg�o, a White Martins "se comprometeu a viabilizar o fornecimento do produto por meio de carretas vindas da Venezuela". Na noite de ontem, o presidente venezuelano Nicol�s Maduro j� havia autorizado a carga a sair do Pa�s. "Por instru��es de Maduro, conversei com o governador do Amazonas, Wilson Lima, para colocar imediatamente � disposi��o o oxig�nio necess�rio para atender a conting�ncia sanit�ria em Manaus. Solidariedade latino-americana antes de tudo!", afirmou o chanceler chavista Jorge Arreaza, em suas redes sociais.
Outro carregamento com 4 mil metros c�bicos de oxig�nio teria sa�do de Guarulhos, em S�o Paulo, na noite de quinta, com o apoio log�stico das For�as Armadas. Em nota, a Anvisa confirmou que a autoriza��o emergencial de oxig�nio com 95% de pureza foi concedida para as unidades da rede estadual de Sa�de do Amazonas pelo prazo de 180 dias, sob duas condi��es: que a pureza correta do produto fosse informada aos profissionais e servi�os de sa�de e que a distribui��o cessasse "assim que a situa��o for normalizada".
Pesquisadora da Faculdade de Engenharia Qu�mica da Unicamp, Luisa Fernanda Rios Pinto explica que a taxa de pureza menor que a habitual n�o tem grandes efeitos negativos para a administra��o em humanos. "Normalmente, o oxig�nio que respiramos j� tem outros componentes, como o nitrog�nio, que tiramos para deix�-lo mais puro. Na taxa de 95%, isso � t�o minorit�rio que n�o vai influenciar muito na composi��o do que voc� est� respirando."
Luisa explica que geralmente as produ��es de oxig�nio hospitalar s�o feitas pela purifica��o do ar que a gente respira, composto geralmente por 21% de oxig�nio e, em propor��o majorit�ria, 78% de nitrog�nio, al�m de outros gases. "O que essas empresas fazem � fracionar o ar que a gente respira nos componentes desses gases. Geralmente, o hospitalar � 99,5% de pureza, mas os outros 5% s�o constitu�dos pelos gases que respiramos, como nitrog�nio, arg�nio e outros menores, como o carb�nico."
A taxa de 95%, ela afirma, n�o chega a ser prejudicial. "Claro que n�o � t�o puro, e tem essa impureza de 5%, mas s�o gases que a gente j� respira e encontra na atmosfera", conclui.
