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Estado de Minas CRISE

COVID-19: sem oxig�nio, Manaus transfere 235 pacientes para outros estados

Rede de sa�de entrou em colapso e leitos, que antes salvavam vidas, come�aram a tir�-las, pois pacientes infectados com a COVID-19 n�o tinham como respirar


15/01/2021 11:33

(foto: AFP / Michael DANTAS)
(foto: AFP / Michael DANTAS)
O pior quadro previsto para a pandemia do novo coronav�rus, o de colapso do sistema de sa�de, se concretizou em Manaus. E com uma agravante para o desespero de pacientes, parentes, profissionais de sa�de e at� mesmo de pol�ticos: os internados come�aram a morrer por falta de oxig�nio para ajud�-los a respirar.

Os leitos, que antes salvavam vidas, tornaram-se urnas funer�rias, j� que pessoas come�aram a perder a vida asfixiadas. O quadro de terror e descalabro come�ou a vir � tona ainda ontem pela manh�, quando as redes sociais foram inundadas por depoimentos de m�dicos, enfermeiros, auxiliares que viam aqueles que estavam sob seus cuidados n�o resistirem porque lhes faltava o oxig�nio necess�rio para respirar.

Em meio ao caos e por reconhecer que a doen�a dominou a rede de sa�de, o governador Wilson Lima (PSC) informou que 235 pacientes seriam transferidos de Manaus para outros estados. No decorrer do dia, relatos e imagens de pessoas buscando cilindros de oxig�nio para levar aos seus parentes em unidades de sa�de da capital amazonense tomaram as redes sociais. Com a falta do produto, ficou comprometida, inclusive, a abertura de leitos que estavam prontos para serem habilitados, como informou a Secretaria de Sa�de do estado.



O relato desesperado de uma servidora do Servi�o de Pronto Atendimento e Policl�nica Dr. Jos� Lins, que viralizou nas redes, traduz o descalabro da sa�de em Manaus. “N�s estamos em uma situa��o deplor�vel. Simplesmente, acabou o oxig�nio de toda a unidade de sa�de. � muita gente morrendo. Quem tiver disponibilidade, por favor traga aqui para o SPA e para a policl�nica da Reden��o. Tem muita gente morrendo. Pelo amor de Deus”, suplica ela no v�deo. Na postagem seguinte, ela registra dois cilindros chegando em viaturas policiais e os militares, �s pressas, transportando o produto.

Toque de recolher

As alternativas adotadas �s pressas, como a transfer�ncia de pacientes, s�o consequ�ncia de um desastre anunciado. O ministro Eduardo Pazuello foi ao estado justamente pela imin�ncia de um colapso do sistema. E sabia da crise de oxig�nio em Manaus — que entrou ontem em toque de recolher para evitar a propaga��o do v�rus.

“Estamos vivendo crise de oxig�nio? Sim. De abertura de UTIs? Sim. De pessoal? Sim. Ent�o, � muito importante medidas que diminuam a entrada (hospitalar). Precisa tomar medidas para reduzir a entrada nos hospitais de outras doen�as”, afirmou. Ontem, o governo amazonense determinou toque de recolher na tentativa de diminuir a circula��o de pessoas e evitar novos casos.

Pazuello disse, na �ltima quarta-feira, que a fabrica��o da empresa White Martins, principal fornecedora do insumo no estado, estava impactada, atendendo com 50% da sua produ��o, e que era uma “luta” conseguir oxig�nio l�quido ou gasoso em qualquer lugar. Ele citou, ent�o, as opera��es das For�as Armadas, com log�stica a�rea, fluvial e terrestre.

“Todos os monitores, todos os respiradores, todas as bombas de infus�o, simplesmente tudo o que foi solicitado foi entregue, sem exce��o. A log�stica disso tudo tamb�m est� disponibilizada pelo minist�rio”, garantiu Pazuello, um dia antes de o sistema colapsar. At� a �ltima quarta-feira, as For�as Armadas haviam entregue 350 das 386 unidades de cilindros de oxig�nio previstas para Manaus. Em meio ao caos, o ministro realizou uma reuni�o de emerg�ncia para contornar a situa��o e evitar que mais vidas sejam perdidas pela falta de oxig�nio.


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