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Estado de Minas CORONAV�RUS

COVID-19: CFM ataca quem pede posicionamento contra tratamento precoce

Apesar de v�rios estudos apontarem inefic�cia do m�todo, presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) criticou profissionais de sa�de 'com espa�o na m�dia'


25/01/2021 11:13 - atualizado 25/01/2021 11:31

Jair Bolsonaro e Mauro Luiz de Britto Ribeiro, em abril de 2020(foto: Marcos Corrêa/Presidência da República)
Jair Bolsonaro e Mauro Luiz de Britto Ribeiro, em abril de 2020 (foto: Marcos Corr�a/Presid�ncia da Rep�blica)
Presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz de Britto Ribeiro, atacou nesta segunda-feira (25/01), em artigo publicado na Folha de S�o Paulo, quem pede um posicionamento do �rg�o contra o chamado tratamento precoce do novo coronav�rus. O m�todo n�o tem comprova��o cient�fica contra a COVID-19 e � negado pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

“Para aqueles que insistem em atacar publicamente o conselho federal, fazendo press�o para que mude este parecer, visando apoiar ou proibir o tratamento precoce, esclarecemos que essas a��es pol�ticas s�o in�teis — como t�m sido at� agora e continuar�o sendo”, diz trecho do artigo.

O tratamento precoce � um m�todo que aconselha a medica��o com itens tamb�m sem efic�cia comprovada a partir dos primeiros sintomas da COVID-19. Jair Bolsonaro (sem partido), presidente da Rep�blica, � um dos apoiadores desse tipo de atendimento.

Mesmo sem a devida comprova��o, o tratamento precoce seguir� considerado como algo da autonomia do m�dico. O presidente do CFM diz que esse tipo de aten��o “s�o garantias constitucionais, inviol�veis, que n�o podem ser desrespeitadas no caso de doen�a sem tratamento farmacol�gico reconhecido”.

“O ponto fundamental que embasa o posicionamento do CFM � o respeito absoluto � autonomia do m�dico na ponta de tratar, como julgar mais conveniente, seu paciente; assim como a autonomia do paciente de querer ou n�o ser tratado pela forma proposta pelo m�dico assistente. Deve ser lembrado que a autonomia do m�dico e do paciente s�o garantias constitucionais, inviol�veis, que n�o podem ser desrespeitadas no caso de doen�a sem tratamento farmacol�gico reconhecido — como � o caso da COVID-19 —, tendo respaldo na Declara��o Universal dos Direitos do Homem, al�m do reconhecimento pelas compet�ncias legais do CFM, que permite o uso de medica��es ‘off label’ (fora da bula)”, diz.

O chefe do CFM tamb�m criticou profissionais da sa�de com voz ativa na imprensa e outras m�dias. Segundo Mauro, h� opini�es com "cunho pol�tico e ideol�gico” em meio � discuss�o da pandemia.

“Lamentavelmente, no Brasil, h� uma politiza��o criminosa em rela��o � pandemia entre apoiadores e cr�ticos do presidente da Rep�blica. Assuntos irrelevantes relacionados � COVID-19 dominam o notici�rio, com discuss�es est�reis entre pessoas sem forma��o acad�mico-cient�fica na �rea de sa�de, dando opini�es como especialistas, por�m com cunho pol�tico e ideol�gico. Al�m disso, profissionais n�o m�dicos, que se autodenominam cientistas, com imenso acesso � m�dia, falam sobre tudo, inclusive temas m�dicos sobre os quais n�o t�m compet�ncia para opinar — e sempre evocando a ci�ncia, como se fossem os �nicos detentores do saber, disseminando informa��es falsas que desinformam e desestabilizam a j� insegura sociedade brasileira”, afirma.

“As posi��es do CFM t�m como objetivo o que � melhor para a popula��o e o respeito absoluto aos m�dicos na ponta — estes, sim, os verdadeiros her�is, a quem rendemos todo o nosso reconhecimento”, completa o argumento.

Segundo dados divulgados nesse domingo (24/01) pelo Minist�rio da Sa�de, 217.037 pessoas morreram em decorr�ncia da COVID-19 no Brasil. Ao todo, 8.884.577 j� se infectaram, com 7.653.770 pacientes recuperados.


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