
O inqu�rito foi aberto em 25 de janeiro e tem 60 dias para ser conclu�do. Lewandowski aponta que o objetivo � investigar se houve omiss�o no enfrentamento do colapso provocado pela falta de oxig�nio hospitalar para atender pacientes internados com COVID-19 em Manaus. Com estoques de cilindros zerados em algumas unidades de sa�de, pessoas morreram por asfixia e outras precisaram ser transferidas para receber atendimento m�dico em outros Estados.
O gabinete do advogado-geral da Uni�o, Jos� Levi, acompanha o caso de perto. Pazuello tem negado a omiss�o. O general j� disse que 'fez tudo' para evitar a crise e que cabe ao Minist�rio da Sa�de apenas apoiar as a��es de prefeitos e governadores. O inqu�rito foi aberto a pedido da Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR).
"Fizemos tudo o que tinha de fazer. Estamos fazendo e vamos continuar fazendo", disse Pazuello no �ltimo dia 18, em declara��o � imprensa no Pal�cio do Planalto. Na mesma fala, o general negou a lentid�o do governo federal para oferecer ajuda e culpou a imprensa: "Tudo � noticiado e apresentado diariamente. Nada disso chega desta forma a nossa popula��o", disse. "Essa � a nossa guerra. A guerra contra as pessoas que est�o manipulando nosso pa�s h� muitos anos", completou.
Dias ap�s saber da falta de oxig�nio, Pazuello foi a Manaus. A viagem do general, por�m, ficou marcada pela defesa do uso de medicamentos sem efic�cia comprovada, como a cloroquina e a hidroxicloroquina. Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, Pazuello lan�ou no Amazonas o TrateCOV, aplicativo para m�dicos que, em tese, ajuda no diagn�stico da COVID-19, mas indica o uso da cloroquina e outros medicamentos que s�o aposta de Bolsonaro contra a COVID-19. At� rec�m-nascidos com dor de cabe�a e fadiga recebiam esta indica��o pelo programa. Em of�cio � Secretaria de Sa�de de Manaus, o minist�rio chegou afirmar que � "inadmiss�vel" n�o prescrever antivirais contra a COVID-19.