Tempor�o foi questionado sobre uma medida provis�ria aprovada pelo Senado nessa quinta-feira (04/02), que agiliza a autoriza��o emergencial para o uso de novas vacinas no Brasil. Ele disse que � necess�rio ter o m�ximo de vacinas dispon�veis para a popula��o brasileira, mas por outro lado n�o se pode “fragilizar” a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa).
“N�s estamos em um momento de extrema import�ncia e muito delicado. A m�dia m�vel de �bitos � muito alta e n�s sabemos que a �nica maneira de enfrentar, reduzir drasticamente esses n�meros � conseguir uma grande cobertura na popula��o em termos de vacinas”, explicou.
“A nossa grande barreira agora � o acesso �s vacinas. Essa medida provis�ria, que ainda falta a aprova��o do Presidente da Rep�blica, em tese � boa. Tem um problema: voc� est� dando 5 dias para a Anvisa. Neste momento, n�o se pode fragilizar o papel da anvisa que � uma das ag�ncias reguladoras mais respeitadas do mundo”, continua.
“Por outro lado, a possibilidade de que n�s pud�ssemos incluir no portf�lio de vacinas dispon�veis imediatamente, outras vacinas al�m da CoronaVac, do Instituto Butantan e da Astrazeneca da Fiocruz � extremamente importante”, ressalta.
Em seguida, ele explica sobre o lado da ag�ncia reguladora: “Se de um lado � importante ampliar outras vacinas para a popula��o brasileira, de outro � fragilizar a Anvisa e dizer que � obrigat�rio aceitar tudo que � registrado fora e isso � ruim, temos que buscar um equil�brio”, destaca.
“O Brasil precisa urgentemente ampliar o n�mero de doses colocadas � disposi��o da popula��o brasileira. 3 milh�es de pessoas vacinadas em duas semanas � muito pouco”, finaliza.
Jos� Gomes Tempor�o � m�dico sanitarista, que integrou o cargo-chefe do Minist�rio da Sa�de durante o segundo mandato do governo Lula, entre mar�o de 2007 e janeiro de 2011.
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Frederico Teixeira