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Estado de Minas PANDEMIA

COVID-19 recua por todo o mundo, mas segue firme no Brasil

Gr�ficos de v�rios pa�ses apontam recuo de novos casos. Quedas se devem a um controle mais r�gido, � redu��o no n�mero de teste e � vacina��o, diz especialista


20/02/2021 06:00 - atualizado 20/02/2021 07:31

Mulher espera para receber dose de vacina contra a COVID-19 em Israel, que concentra o maior índice de imunização por habitante(foto: Menahem Kahana/AFP)
Mulher espera para receber dose de vacina contra a COVID-19 em Israel, que concentra o maior �ndice de imuniza��o por habitante (foto: Menahem Kahana/AFP)
Relaxamento seguido de controle r�gido, avan�o da vacina��o ou at� redu��o no n�mero de testes. Por motivos diferentes, de acordo com especialistas, em diversas na��es, os n�meros m�dios de novos casos de COVID-19 adicionados �s estat�sticas est�o cada vez menores. Gr�ficos de pa�ses como Estados Unidos, Espanha, It�lia, Portugal, Reino Unido, Alemanha, Fran�a, Canad�, R�ssia, Argentina, Col�mbia, �ndia e Israel apontam queda no ritmo de infec��es confirmadas.

Na contram�o, o Brasil segue com os n�meros praticamente iguais de novos casos por dia, encara uma nova variante do coronav�rus e ainda n�o disp�e de doses de vacina nem sequer para cobrir os grupos de maior risco para a doen�a. Nesta quinta-feira (18/02), o pa�s ultrapassou a marca dos 10 milh�es de casos.

 

A queda dr�stica no n�mero de casos de COVID-19 na �ndia, por exemplo, chegou a espantar especialistas nos �ltimos dias. Quando a pandemia come�ou a se espalhar, houve temores de que o fr�gil sistema de sa�de do segundo pa�s mais populoso do mundo afundasse. As infec��es aumentaram durante meses at� o ponto no qual a �ndia parecia prestes a ultrapassar os Estados Unidos, pa�s com maior n�mero de casos da doen�a. Mas o n�mero come�ou a despencar em setembro, e agora a �ndia, que registrou pico de quase 100 mil casos di�rios, reporta cerca de 11 mil infec��es a cada 24 horas.












 

 

Outro ponto marcante, � a queda dos registros de COVID-19 nos Estados Unidos, que chegou a declinar 19%.  A m�dia m�vel de sete dias de novos casos � agora de 77,6 mil – abaixo do pico de cerca de 250 mil por dia no in�cio de janeiro, de acordo com a Universidade Johns Hopkins. No domingo (14/2), 67.023 pessoas foram hospitalizadas com COVID-19 – cerca de metade do recorde de 132.447 estabelecido em 6 de janeiro, de acordo com o Projeto de Rastreamento COVID-19.

 

Segundo a m�dica infectologista e mestre em sa�de p�blica Luana Ara�jo, a queda dos n�meros em todo o planeta tem raz�es diferentes. Ela explica que n�o � poss�vel comparar os pa�ses, j� que cada um apresenta est�gios diferentes da doen�a. “N�o podemos falar de todos os pa�ses utilizando o mesmo crit�rio. Eles t�m rea��es epidemiol�gicas muito distintas que podem justificar a redu��o de casos”, explica. A queda nos Estados Unidos, por exemplo, est� ligada � diminui��o de testagem durante o ano de 2021. J� em Portugal, a redu��o tem a ver com as medidas de isolamento social introduzidas no pa�s, depois de enfrentar um cen�rio de descontrole da pandemia em janeiro.

 

O pa�s europeu ficou no topo do ranking mundial de novos casos e mortes por um milh�o de habitantes. Com cerca de 10 milh�es de habitantes, o pa�s, que chegou a um recorde de 16.432 novas infec��es em 28 daquele m�s, viu o n�mero cair para pouco mais de 2,5 mil 12 dias depois, em 9 de fevereiro. A m�dia semanal de infec��es recuou mais de 50% em compara��o ao fim de janeiro. Apesar disso, segundo o governo, o resultado ainda � considerado fr�gil, e o confinamento deve durar at� meados de mar�o.

 

Luana explica, que no caso de Portugal, a redu��o de casos est� ligada diretamente ao isolamento. “O pa�s enfrentou uma situa��o desesperadora, que exigia medidas dr�sticas para conter a contamina��o. Nesse caso, a gente pode observar que essa queda deve estar ligada a essa rigidez”, explica.

 

A vacina��o tamb�m mostra seus efeitos. Durante as �ltimas semanas, Israel se tornou um exemplo para o mundo pela r�pida vacina��o contra o coronav�rus no pa�s. A popula��o local � a com maior �ndice de imuniza��o por habitante. O pa�s j� conseguiu imunizar 80% dos grupos de risco e 71,19% da popula��o total. “Nesse caso, a queda pode, sim, estar ligada � quest�o da vacina��o. Com alta cobertura, diminui��o viral e da press�o no sistema de sa�de, houve queda em Israel tanto no n�mero de casos quanto na mortalidade”,  diz Luana.

 

 

E O BRASIL?


Mas por que os gr�ficos n�o mostram diminui��o no Brasil? De acordo com Luana Ara�jo, entre os motivos est� o relaxamento das medidas de isolamento social, o que gera uma circula��o viral permanente. “Tivemos uma queda, mas com os encontros de fim de ano, foi poss�vel ver uma explos�o de casos e �bitos na metade de janeiro. E ainda h� a circula��o da cepa de Manaus, que � mais transmiss�vel, j� detectada em outros 13 pa�ses. N�o temos no Brasil uma vigil�ncia t�o presente do sequenciamento desse v�rus, por isso, n�o conseguimos saber onde j� temos a presen�a dele. A vigil�ncia � sofisticada e cara e n�o � feita em �mbito normal apenas em laborat�rio”, explica . 

 

 

Exames j� confirmaram a presen�a aut�ctone da variante em S�o Paulo. Na capital do Amazonas, a propor��o de diagn�sticos positivos para a nova variante saltou de 52% em dezembro para 85% em janeiro. Segundo a m�dica, j� � esperado que a cepa seja mais transmiss�vel, o que pode influenciar o aumento de casos no pa�s.

 

Outro problema � a vacina��o, que segue a passos lentos. Na quarta-feira (17/02), o ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, se comprometeu com um cronograma para entregar 230,7 milh�es de doses de vacinas contra COVID-19, para 115,3 milh�es de pessoas at� julho. Segundo o ministro, as pr�ximas entregas aos estados ocorrer�o ainda este m�s: ser�o 2 milh�es de doses da AstraZeneca/Fiocruz, importadas da �ndia, e 9,3 milh�es da Sinovac/Butantan, produzidas no Brasil.

 

MORTES


Segundo os dados divulgados por cada na��o e reunidos em plataforma do Google, o maior n�mero de mortes por COVID-19 at� a tarde desta quinta-feira (18/2) foi registrado nos Estados Unidos (490.326), seguido pelo Brasil Brasil (242.090),  �ndia (156.014),  e Reino Unido (118. 933). No caso do Brasil, o Minist�rio da Sa�de informou, � noite, que as mortes pela doen�a somam 243.457 e os casos, 10.030.626. E o pa�s tem a pior m�dia di�ria de �bitos do mundo, segundo comparativo do Cons�rcio da Imprensa divulgados no domingo (14/2): nos sete dias anteriores, a m�dia foi de 1.105 �bitos.

At� s�bado, a maior m�dia para o per�odo era de 1.097, registrada em 25 de julho de 2020. Segundo a comunidade cient�fica, � melhor utilizar a m�dia m�vel dos �bitos para observar a tend�ncia das estat�sticas, por equilibrar as varia��es abruptas dos n�meros ao longo da semana. Ontem, esse n�mero estava em 1.030, um recuo de 2% em rela��o aos 14 dias anteriores, o que aponta estabilidade.

 

 

SEM CASOS


Segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de, 15 pa�ses n�o registraram nenhum caso de COVID-19 at� agora. A maioria tem seu territ�rio em ilhas remotas, mais destacadamente na regi�o do Pac�fico.  Entre eles, est�o Tonga, Kiribati, Samoa, Micron�sia, Tuvalu, Nauru, Niue e Ilhas Cook.


* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Rachel Botelho


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