
Com a alta da COVID-19 em Belo Horizonte e o aumento da demanda por leitos de terapia intensiva, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) determinou que, a partir do dia 11 de janeiro, somente o com�rcio essencial poderia funcionar. Naquela �poca, BH registrava 86% de ocupa��o de UTI. No dia 29 do mesmo m�s, o funcionamento dos estabelecimentos foi flexibilizado. A capital mineira ficou 23 dias com o �ndice que afere a ocupa��o de leitos fora do alerta vermelho, fato que n�o aconteceu nesta sexta-feira (26/02), quando 70,1% das UTIs registravam pacientes.
A taxa, no entanto, � menor do que foi registrado em Bras�lia nesta sexta-feira. A capital federal, que chegou a ter apenas um leito de UTI para pacientes com COVID-19 livre durante a tarde, est� com 88,6% de ocupa��o. De acordo com o governo local, de 208 vagas, 179 est�o ocupadas, seis bloqueadas e apenas 23 dispon�veis. At� as 14h10, a rede privada do Distrito Federal registrava 86,19% dos leitos para pessoas com coronav�rus ocupados. De 216 unidades, 183 est�o em uso, quatro est�o bloqueados e apenas 29 est�o vagos.
Para tentar conter o avan�o da COVID-19 e a press�o hospitalar, o governo do Distrito Federal antecipou o lockdown em Bras�lia a partir da meia-noite deste s�bado (27/02). Todos os servi�os n�o essenciais estar�o suspensos por 24 horas. A medida tinha previs�o para come�ar na segunda-feira (1º/3), com restri��o das 20h �s 5h, mas a superlota��o de leitos de terapia intensiva obrigou as autoridades a determinar medidas rigorosas em car�ter de urg�ncia.
“A escalada dos casos nos obriga a interferir diretamente e eu decidi decretar lockdown para tentar conter esse avan�o da doen�a. Ningu�m fica feliz com uma decis�o dessa, ao contr�rio, mas � preciso ter responsabilidade nessa hora, ainda que seja uma medida impopular. S� os servi�os fundamentais v�o funcionar”, disse o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), ao Correio Braziliense.
J� S�o Paulo entrar�, a partir de segunda-feira, na fase laranja da quarentena, que n�o permite o funcionamento de bares e autoriza restaurantes a funcionar at� 20h. Na �ltima quarta-feira, o governo do estado j� havia anunciado um "toque de recolher" em todo o territ�rio paulista entre 23h e 5h.
A medida come�a a valer nesta sexta-feira e deve durar at� 14 de mar�o. A norma permite o funcionamento de escolas, seguindo protocolos, assim como servi�os essenciais. No entanto, estabelecimentos n�o-essenciais n�o poder�o abrir. A Pol�cia Militar (PM) far� blitzes educativas, sem a aplica��o de multas para quem estiver circulando no hor�rio da restri��o.
A press�o por leitos de terapia intensiva na capital paulista atinge at� hospitais renomados, como o Albert Einstein, que estava com todas as vagas preenchidas, pelo menos at� a manh� desta sexta-feira, assim como o Hospital Em�lio Ribas. O S�rio-Liban�s estava com 97% das unidades preenchidas. Com a situa��o cr�tica na sa�de, o governo do estado est� estudando incluir um plano de retomada da economia mais restritivo que o "vermelho", considerado o mais rigoroso
"O centro de conting�ncia est� estudando para propor a inclus�o, no Plano S�o Paulo, de uma nova classifica��o, que poderia obviamente ter mais restri��es do que a fase vermelha", disse o coordenador-executivo do Centro de Conting�ncia da COVID-19, Jo�o Gabbardo.
Porto Alegre tamb�m est� em situa��o cr�tica no que diz respeito � ocupa��o de leitos de UTI. A capital do Rio Grande do Sul est� com 97,87% das vagas preenchidas. O fato contribuiu para que o governo estadual classificasse todas as regi�es do RS em "bandeira preta". A medida prev� a suspens�o geral de atividades das 20h �s 5h at� as 5h do dia 2 de mar�o. Com isso, somente o com�rcio essencial est� liberado para funcionar, por�m, com equipe reduzida para evitar aglomera��es. Celebra��es religiosas n�o podem receber fi�is e o transporte coletivo poder� ser ocupado at� 50% da capacidade total dos ve�culos.
O prefeito de Porto Alegre, Sebasti�o Melo (MDB), discordou da decis�o do governador Eduardo Leite (PSDB) e disse que tentar� abrir mais leitos na capital do Rio Grande do Sul. “Eu respeito a decis�o do governador, mas n�o concordo. N�s vamos seguir trabalhando para abrir leitos e salvar vidas. Mas, n�o podemos descuidar da falta de renda e emprego, que est� sufocando Porto Alegre.”