O governo detectou que o perfil dos internados mudou em rela��o ao pico anterior da pandemia, em julho. "O aspecto cl�nico dos pacientes � diferente daquele que v�amos na 1ª onda. Antes eram idosos e portadores de doen�as cr�nicas, o que chamamos de comorbidade. Hoje � de 60% mais jovens, na faixa de 30 a 50 anos, sem doen�a pr�via. E o tempo que est�o ficando na UTI � maior. T�nhamos antes m�dia de 7 a 10 dias de interna��o, agora est� em 14 a 17 dias de interna��o no m�nimo em UTI", diz o secret�rio de secret�rio de Sa�de, Jean Gorinchteyn.
"Ou seja, s�o pacientes mais jovens e que permanecem por per�odo mais prolongado nas unidades de interna��o. Muitas vezes est� com oxigena��o baixa, mas sem que o indiv�duo sinta. A� se comprova o quanto j� existe de comprometimento dos pulm�es", explica Gorinchteyn. "Acham que s� v�o perder o paladar e o olfato, mas acabam perdendo a vida."
A ocupa��o de UTIs para covid no Estado est� em 73,2%, ante 67,9% uma semana atr�s. E, na Grande S�o Paulo, o salto foi maior: 74,3%, quando h� sete dias era de 67,8%. "Tamb�m estamos com 7.173 interna��es, quando na segunda-feira passada t�nhamos 6.410", diz.
Com aumento de 9,7% de casos em uma semana e de 18,3% nas interna��es, seja em UTI ou em enfermaria, o secret�rio prometeu na quarta-feira anunciar medidas para expans�o de leitos no Estado. "Recalibramos o Plano S�o Paulo, aumentamos as fiscaliza��es, e estamos redirecionando leitos para todo o Estado", afirmou, citando ainda os hospitais de campanha em Ja�, Araraquara, Bauru, Bebedouro e em Heli�polis, na zona sul de S�o Paulo.
Apesar de n�o entrar em detalhes sobre as novas medidas, ele afirmou que os hospitais de campanha podem ocorrer dentro de estruturas j� existentes, como em outros hospitais, e v� no momento a necessidade de mais leitos de UTI do que de enfermaria, diante dessa mudan�a de perfil dos contaminados e tamb�m pelo crescimento da nova variante da COVID-19, identificada originalmente em Manaus, mais transmiss�vel e mais infecciosa.
O governo tamb�m voltou a cobrar ajuda da popula��o. "N�o adianta abrir mais leitos, precisamos da ajuda da popula��o. Temos limita��o de espa�o e fundamentalmente de recursos humanos. A popula��o precisa mudar o comportamento", avisa Jean Gorinchteyn, secret�rio da Sa�de de S�o Paulo. "Estamos tendo uma ocupa��o crescente especialmente em Unidades de Terapia Intensiva."
Pandemia caminha para maiores restri��es, diz coordenador do centro
Segundo Paulo Menezes, coordenador do Centro de Conting�ncia da COVID-19, do jeito que est�, a pandemia caminha para um per�odo de maiores restri��es de circula��o. "Acredito que vai ser no sentido de maior restri��o para a maior parte do Estado e possibilidade de ter classifica��o mais restritiva que a fase vermelha. A quest�o principal nesse momento � a popula��o seguir as recomenda��es", comentou.
Nesta segunda-feira, o Estado alcan�ou a marca de 2.044.699 casos, sendo 3.071 registrados nas �ltimas 24 horas, e chegou a 59.546 mortes, sendo 53 �bitos registrados nas �ltimas 24 horas. S�o Paulo tem ainda 1.830.423 recuperados e a vacina��o j� chegou a 2.414.037 pessoas.
Doria afirma que receber� insumos para mais 14 milh�es de doses da Coronavac
O governador Jo�o Doria anunciou que S�o Paulo vai receber na pr�xima semana mais 8 mil litros de insumos do laborat�rio Sinovac. Com isso, poder� produzir mais 14 milh�es de doses da Coronavac. "A �nica solu��o definitiva para o Brasil sair dessa grav�ssima crise de COVID-19 � a vacina", disse.
Neste m�s, o Estado vai entregar mais 21 milh�es de doses da vacina ao Minist�rio da Sa�de, 17% a mais do que o previsto. "Estamos aumentando o tempo de trabalho no Instituto Butantan, que est� funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana. At� o final de abril estaremos entregando 46 milh�es de doses da vacina e at� 30 de agosto outras 54 milh�es de doses", avisou, refor�ando que nesta quarta vai entregar mais 900 mil doses ao Minist�rio da Sa�de, que ser�o distribu�das para todos os Estados brasileiros.