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Estado de Minas REGISTRO DA OMISS�O

Antes do colapso em Manaus, empresa solicitou transporte de oxig�nio

Em e-mail enviado ao Minist�rio da Sa�de tr�s dias antes da crise de desabastecimento de oxig�nio no Amazonas, White Martins pediu apoio log�stico imediato


08/03/2021 12:51 - atualizado 08/03/2021 13:35

Cilindros de oxigênio da White Martins em Contagem. Em e-mail enviado ao Ministério da Saúde três dias antes da crise de desabastecimento de oxigênio no Amazonas, empresa solicitou apoio logístico imediato(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Cilindros de oxig�nio da White Martins em Contagem. Em e-mail enviado ao Minist�rio da Sa�de tr�s dias antes da crise de desabastecimento de oxig�nio no Amazonas, empresa solicitou apoio log�stico imediato (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
A White Martins, principal fornecedora de oxig�nio � rede hospitalar do Amazonas, solicitou ao Minist�rio da Sa�detransporte emergencial de oxig�nio para o estado antes do colapso do fornecimento do insumo, que resultou em in�meras mortes por asfixia em hospitais de Manaus no in�cio de janeiro.

 

 


O pedido foi direcionado a dois coron�is que assessoram o ministro Eduardo Pazuello no dia 11 de janeiro e acabou n�o sendo atendido a tempo. A revela��o foi feita pelo jornal Folha de S�o Paulo, que teve acesso a um e-mail enviado pela empresa ao Minist�rio da Sa�de.

 

A comunica��o, divulgada pela Folha nesse domingo (07/03), comprova que a White Martins solicitou “apoio log�stico imediato” tr�s dias antes do esgotamento dos estoques do insumo em Manaus. O pedido visava o transporte de 350 cilindros de oxig�nio gasoso, 28 tanques de oxig�nio l�quido, 7 isotanques e 11 carretas para o Amazonas, demandando oito voos.

E-mail da White Martins detalhando a quantidade de oxigênio que deveria ser transportado antes do colapso em Manau(foto: Folha de São Paulo/Reprodução)
E-mail da White Martins detalhando a quantidade de oxig�nio que deveria ser transportado antes do colapso em Manau (foto: Folha de S�o Paulo/Reprodu��o)

(foto: Folha de São Paulo/Reprodução)
(foto: Folha de S�o Paulo/Reprodu��o)
 

 

Manaus entrou em colapso com falta de oxig�nio nas unidades de sa�de no dia 14 de janeiro, causada pela alta demanda do insumo no tratamento de pacientes em estado grave de COVID-19. A crise na rede hospitalar resultou na transfer�ncia de 645 pacientes do Amazonas para outros estados.

 

No mesmo 14 de janeiro, a White Martins informou que havia comunicado �s autoridades do estado e do governo federal "sobre a alta complexidade do fornecimento de oxig�nio medicinal para Manaus, solicitando apoio diante de um cen�rio extremamente desafiador”.

 

Na ocasi�o, “foram apresentadas as necessidades impostas pelo alto grau de criticidade da situa��o para mobiliza��o de outras empresas, da sociedade em geral e �rg�os competentes”, afirmou a empresa.

 

A empresa tamb�m disse em nota, ainda em janeiro, que entre as iniciativas adotadas, realizou reuni�es peri�dicas com o Comit� de Crise do governo do Amazonas e do governo federal, adaptou equipamentos para transporte de oxig�nio l�quido nos avi�es da For�a A�rea Brasileira (FAB), al�m de solicitar formalmente o apoio log�stico ao Minist�rio da Sa�de. 

 

Em 25 de janeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou um pedido formulado pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) e determinou a abertura de um inqu�rito para investigar se a conduta do ministro Pazuello contribuiu para aumentar o n�mero de mortos pelo novo coronav�rus em Manaus.

 

Segundo a Procuradoria Geral da Rep�blica (PGR), as informa��es enviadas pelo Minist�rio da Sa�de d�o ind�cios de que o ministro sabia com anteced�ncia da possibilidade de colapso do sistema de sa�de em Manaus, e mesmo assim n�o agiu para evitar o agravamento da situa��o. Pazuello j� havia informado ao STF que sua pasta recebeu em 8 de janeiro o e-mail com o alerta da White Martins.

 

At� 30 pessoas podem ter morrido na cidade em decorr�ncia da falta de oxig�nio hospitalar no Amazonas. Pazuello pode ser responsabilizado pelo crime de prevarica��o e por improbidade administrativa. Entretanto, o ministro s� ser� acusado formalmente se a PGR oferecer uma den�ncia contra ele ao fim do inqu�rito.

* Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie. 


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