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Estado de Minas PANDEMIA

Morte do primeiro m�dico por COVID-19 completa um ano; j� s�o 1,2 mil casos

A Sociedade Brasileira de Direito M�dico e Bio�tica defende melhores condi��es de trabalho e suporte para evitar o aumento de profissionais mortos pela doen�a


17/03/2021 19:33 - atualizado 17/03/2021 20:03

Profissionais da saúde reivindicam melhores condições de trabalho e homenageiam colega morto pela COVID-19 em Belo Horizonte (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 28/7/2020)
Profissionais da sa�de reivindicam melhores condi��es de trabalho e homenageiam colega morto pela COVID-19 em Belo Horizonte (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 28/7/2020)
Na segunda-feira (22/3), vai completar um ano da primeira morte de um m�dico brasileiro pelo novo coronav�rus. A v�tima foi o cardiologista e professor Pedro di Marco da Cruz, que atuava na Reabilita��o Card�aca do Hospital Universit�rio Pedro Ernesto (HUPE-UERJ). Os n�meros do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), atualizados diariamente, mostram que de l� para c� mais de 1.200 m�dicos e enfermeiros foram v�timas da pandemia de COVID-19.
 
Preocupada com a situa��o, a Sociedade Brasileira de Direito M�dico e Bio�tica (Anadem) vem fazendo uma campanha cont�nua pela melhoria nas condi��es de trabalho dos profissionais da �rea da sa�de. 

Em outubro de 2020, a entidade defendeu a redu��o da carga hor�ria de trabalho dos enfermeiros para 30 horas. No mesmo m�s, quando o Brasil estava prestes a atingir a marca de 500 mil m�dicos aptos a atuar, a Anadem defendeu a distribui��o mais equilibrada da popula��o m�dica pelo pa�s, al�m da melhoria na infraestrutura de atendimento.

A entidade ainda acompanhou as a��es adotadas por socorristas em Manaus, entre elas a chamada mistan�sia – modalidade de t�rmino de vida em que o paciente vulner�vel sofre uma morte precoce e evit�vel em raz�o da viola��o de seu direito � sa�de. 

A Anadem tamb�m alertou sobre a possibilidade desses profissionais ficarem � merc� de condutas at�picas do ponto de vista m�dico, mas praticamente tipificadas no �mbito penal.

Al�m disso, prop�s puni��o a quem fura a fila de vacina��o e monitora o processo relacionado � compra de vacina pelo setor privado.

“J� chegamos � marca de um ano em que os profissionais da sa�de est�o nesta verdadeira guerra di�ria para tentar salvar vidas, com carga hor�ria excessiva, muitos sem tirar f�rias, tendo que conviver com o estresse e o desgaste acima do que eles enfrentam em momentos n�o pand�micos. Toda essa jun��o de fatores os exp�em ao v�rus, favorece o adoecimento e, consequentemente, os leva a uma conduta mais pass�vel de erros”, alerta Raul Canal, presidente da Anadem e especialista em Direito M�dico e Bio�tica.

Prova do desgaste e da exaust�o de quem atua na linha de frente � o estudo da Universidade Federal da Para�ba (UFPB), que entrevistou 710 profissionais de sa�de de 21 estados brasileiros e do Distrito Federal.

Dois ter�os dos entrevistados tinham queixas relacionadas ao sono. Metade deles parou de praticar exerc�cios f�sicos e 78,5% reportaram alguma mudan�a alimentar - pouco mais de 30% afirmaram comer compulsivamente.

Mas o dado mais preocupante, talvez, seja o de que quase 30% desses profissionais aumentaram o consumo de bebidas alc�olicas.

Indeniza��o


Outro ponto defendido pela Anadem � a san��o do projeto de lei que garante a concess�o de aux�lio indenizat�rio e pens�o especial aos profissionais de sa�de v�timas da COVID-19.

Mesmo tendo sido vetada pelo presidente da Rep�blica, a proposta n�o saiu da pauta da entidade. 

“Esse projeto � de suma import�ncia para a categoria. Assegurar o aux�lio � uma quest�o de humanidade e justi�a para com aqueles que se arriscam pela nossa sa�de”, afirma.

Para ele, caso n�o haja mudan�as com urg�ncia, o n�mero de profissionais vitimados pode aumentar exponencialmente, principalmente com o surgimento das novas variantes da doen�a.

“� preciso dar a estes profissionais suporte estrutural necess�rio em seus locais de trabalho; acompanhamento psicol�gico para afast�-los da depress�o, ansiedade e estresse p�s-traum�tico; indeniza��es no caso de serem v�timas por atender pessoas contaminadas; enfim, a��es concretas que preservem a integridade f�sica e ps�quica desses profissionais que precisam enfrentar uma doen�a que a humanidade n�o conhecia. Doen�a esta que est� sofrendo muta��es com novas variantes e que a maioria n�o se sente preparada para lidar, mesmo com anos de estudo, pr�tica e experi�ncia”, finaliza.

*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina


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