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Estado de Minas FALTA DE MEDICAMENTOS

Minist�rio da Sa�de pede estoques de 'kit intuba��o' da ind�stria

Sedativos, anest�sicos e bloqueadores musculares passaram a ficar escassos em alguns lugares do pa�s ap�s a explos�o de casos de COVID-19 nas �ltimas semana


18/03/2021 20:04 - atualizado 18/03/2021 21:34

Alguns medicamentos passaram a ficar escassos após a explosão de casos de COVID-19 nas últimas semana(foto: Pixabay)
Alguns medicamentos passaram a ficar escassos ap�s a explos�o de casos de COVID-19 nas �ltimas semana (foto: Pixabay)
O Minist�rio da Sa�de requisitou os estoques da ind�stria de medicamentos usados para intubar pacientes, como sedativos, anest�sicos e bloqueadores musculares, que passaram a ficar escassos em alguns locais do Pa�s ap�s a explos�o de casos de COVID-19 nas �ltimas semanas. Segundo a pasta, a ordem de entrega dos f�rmacos foi feita na quarta-feira (17/3) e deve suprir a demanda do Sistema �nico de Sa�de (SUS) por 15 dias, com 665,5 mil comprimidos.

 



Diversos hospitais e regi�es do Pa�s t�m apontado falta ou preocupa��o sobre risco de desabastecimento. Secret�rio-executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Sa�de (Conasems), Mauro Junqueira afirma que a alta de casos "voltou a trazer risco" de falta do produto. Ele afirma que o minist�rio fez entrega de medicamentos no fim de semana para garantir o uso em hospitais por 20 dias. "Pedimos para suspender cirurgias eletivas, para que n�o haja concorr�ncia por estes medicamentos", disse.

O minist�rio tamb�m tem ordenado a entrega dos estoques de oxig�nio de algumas empresas. A Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) cobrou nesta quinta-feira (18/3) a��es do governo Jair Bolsonaro para evitar a falta desse insumo.

O Conselho Federal de Farm�cia (CFF) manifestou em, nota, "extrema preocupa��o a falta de medicamentos essenciais � qualidade da assist�ncia e a manuten��o da vida de pacientes em estado grave". Conforme o �rg�o, h� relatos de falta de bloqueadores neuromusculares, sedativos e outros medicamentos usados em terapia intensiva, como o midazolan, para entuba��o, e imunoglobulina, indicado para amenizar os sinais e sintomas da artrite reumatoide.

Segundo Jos� de Arimatea Rocha Filho, farmac�utico hospitalar e membro do CFF, o Sul tem a pior situa��o. "Santa Catarina estava bastante cr�tica e o Rio Grande do Sul tamb�m", diz. Ele trabalha no Hospital das Cl�nicas da Universidade Federal de Pernambuco, que, segundo ele, tem estoque desses tipos de medicamento por at� 40 dias e j� precisou ajudar outros hospitais da regi�o.

No Hospital Paran�, em Maring�, o estoque de bloqueadores neuromusculares terminou na ter�a-feira16, . "Ningu�m morreu por isso, mas atrapalha muito o tratamento. Dificulta sincronizar o paciente com o respirador, a ventila��o mec�nica fica prejudicada", disse um m�dico da unidade, que preferiu n�o se identificar. Um intensivista do Rio Grande do Sul disse que os estoques de rocur�nio, um tipo de relaxante muscular, est�o baixos em hospitais de Porto Alegre.

O presidente do Conasems, Wilames Freire, disse que o �rg�o pediu ao minist�rio que acione a Organiza��o Panamericana da Sa�de (Opas), bra�o da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) no continente, para a facilitar a importa��o dos rem�dios. "Estamos em uma situa��o que est� se agravando a cada momento", afirmou. A pasta da Sa�de est� em um momento de troca de comando, coma sa�da do general Eduardo Pazuello, cuja atua��o foi alvo de cr�tica de especialistas, e a chegada do cardiologista Marcelo Queiroga.

"A gente est� com as dificuldades que o Brasil inteiro est�. Est� faltando anest�sico, medicamentos de intuba��o, at� mesmo m�o-de-obra", comentou o prefeito de Ara�atuba (SP), Dilador Borges (PSDB). "Estamos lutando com as ferramentas que temos", disse.

O governo federal j� teve de requisitar estoques do "kit intuba��o" entre junho e setembro de 2020, quando houve falta destes medicamentos em diversos locais. Sem o produto, equipes m�dicas t�m dificuldade de intubar um paciente, por exemplo. Ap�s este per�odo, os medicamentos voltaram a ser comprados pelos prestadores de servi�o do SUS. Em nota, o minist�rio informou que monitora os estoques dos Estados.

A Associa��o Nacional de Hospitais Privados (Anahp), em reuni�o nesta quinta-feira, (18/3), com a Anvisa e outras entidades representativas do setor, relatou a falta de medicamentos essenciais para o tratamento de pacientes acometidos pela COVID-19 no Brasil, como os sedativos necess�rios para intuba��o.

A entidade fez uma pesquisa entre seus associados - um recorte com 40 respondentes - que indicou baixa dos estoques. Alguns medicamentos t�m reserva de apenas cinco dias, em m�dia, como � o caso do propofol, artrac�rio e cisatracurio. Segundo a Anahp, a Anvisa se comprometeu em facilitar processos como medida emergencial, al�m de revisar resolu��es que dizem respeito � importa��o dos medicamentos.

Ind�stria diz que n�o h� falta de produ��o


O presidente do Grupo FarmaBrasil, que representa a ind�stria nacional de medicamentos, Reginaldo Arcuri, afirma que n�o h� falta de produ��o. Ele diz que a ind�stria precisa receber demanda "clara e organizada". "O grande problema � que os hospitais demandam a sua necessidade para ser entregue tudo de uma vez. Ou querem, por raz�es at� justificadas, fazer um estoque. Voc� n�o consegue atender todos os pedidos em per�odo curto. O que precisa � articular", disse.

J� o presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini, reconheceu que o uso dos produtos est� acima "de qualquer estimativa". Ele afirmou que a ind�stria "est� trabalhando para atender as necessidades" do Pa�s. Disse tamb�m que "se preocupa" com requisi��es de estoques, "pois isso pode desorganizar o mercado".

Em nota, o Minist�rio da Sa�de afirma que as requisi��es n�o atingem produtos j� vendidos pela ind�stria a Estados e munic�pios.

 


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