
A farmac�utica disse que os n�meros mais recentes sobre a efic�cia da vacina foram baseados em uma an�lise de 190 casos sintom�ticos de COVID-19 no ensaio, 49 a mais do que a empresa havia analisado antes. A despeito dos casos adicionais, o desempenho da vacina ficou em linha com o que havia sido relatado pela AstraZeneca inicialmente.
A farmac�utica atraiu cr�ticas no in�cio desta semanas, ap�s fornecer dados preliminares do ensaio cl�nico que indicaram uma efic�cia de 79% da vacina em 141 participantes do teste.
Um conselho independente de monitoramento de estudos disse que os dados estavam desatualizados, o que levou o Instituto Nacional de Alergia e Doen�as Infecciosas dos Estados Unidos (Niaid, na sigla em ingl�s) a emitir uma declara��o incomum que aumentou as preocupa��es de especialistas.
A tempestade causada pelo epis�dio se somou �s preocupa��es que j� pairam sobre o imunizante desenvolvido pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. O uso do imunizante foi prejudicado por uma s�rie de erros, incluindo a comunica��o dos primeiros resultados do estudo no Reino Unido.
Na Europa, a AstraZeneca ficou muito aqu�m das metas de abastecimento, o que gerou uma forte rea��o de autoridades europeias e amea�as de proibi��o de exporta��o de vacinas, enquanto o bloco tenta assegurar doses em meio ao aumento de casos.
Mais de 12 pa�ses europeus paralisaram a aplica��o do imunizante depois de relatos de coagula��o sangu�nea. A maior parte dos pa�ses voltou a distribuir as doses quando uma investiga��o n�o encontrou uma associa��o entre a vacina e a coagula��o sangu�nea.
Nesta semana, o diretor do Niaidi, Anthony Fauci, se referiu ao �ltimo problema com a vacina como um "erro n�o for�ado."
Os �ltimos resultados da AstraZeneca, divulgados na noite desta quarta-feira (24/03), foram consistentes com as conclus�es preliminares publicadas na segunda-feira (22/03), com base em dados de um ensaio cl�nico obtidos at� 17 de fevereiro.
Al�m de constatar uma efic�cia de 79% da vacina, os resultados preliminares indicaram que o imunizante � ainda mais eficaz em participantes do estudo com 64 anos ou mais e que a dose � segura.
O teste de fase 3 teve 32.449 participantes nos EUA, Peru e Chile. Cerca de 20% deles tinham 65 anos ou mais.
O conjunto mais completo de dados mostrou uma efic�cia de 85% da vacina entre os idosos. Adultos mais velhos s�o considerados mais vulner�veis a quadros graves da COVID-19, o que os faz um grupo de alta prioridade nos programas de vacina��o globais.
Apesar de as �ltimas informa��es da AstraZeneca inclu�rem mais casos, a an�lise da farmac�utica ainda pode estar incompleta. A AstraZeneca disse que est� revisando mais 14 casos para determinar se devem ser adicionados ao recorte final.
Em ambas as an�lises, a vacina apresentou 100% de prote��o contra casos graves da doen�a e hospitaliza��o, embora os n�meros desses casos severos tenham sido pequenos.
Nos �ltimos dados, oito volunt�rios do estudo desenvolveram casos s�rios da doen�a, todos no grupo de volunt�rios que receberam o placebo, segundo a farmac�utica.
Especialistas em sa�de dizem que efic�cia do imunizante � grande. Vacinas da Moderna e da Pfizer/BioNTech apresentaram efic�cia de 94% ou mais, enquanto a da Johnson & Johnson's teve efic�cia de 66%.
A AstraZeneca informou que apresentaria os resultados do estudo para revis�o dos pares e publica��o nas pr�ximas semanas e que requisitaria uma autoriza��o da Administra��o de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (FDA, na sigla em ingl�s) para a vacina. Na segunda-feira, executivos da farmac�utica disseram que pretendem apresentar os dados para a FDA em meados de abril.
