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Estado de Minas GERAL

Queiroga recebe Wizard para discutir compra de vacina pelo setor privado

Proposta do grupo � doar metade das doses � rede p�blica, em vez de todo o lote


26/03/2021 14:37 - atualizado 26/03/2021 14:51

Queiroga pode autorizar a compra de vacinas pelas empresas privadas(foto: Fábio Rodrigues/Agência Brasil)
Queiroga pode autorizar a compra de vacinas pelas empresas privadas (foto: F�bio Rodrigues/Ag�ncia Brasil)
 

O ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, recebeu o empres�rio Carlos Wizard nesta sexta-feira, 26, para discutir a venda de vacinas contra covid-19 ao setor privado. A reuni�o n�o consta na agenda de Queiroga, que est� "sem compromissos oficiais".

 

 

Wizard disse ao Estad�o que foi pedir apoio para que o setor privado compre vacinas sem ter de doar todo o volume ao Sistema �nico de Sa�de (SUS). "Queiroga disse que vai fazer qualquer empenho, esfor�o e articula��o necess�rios para conseguir o amparo jur�dico que o setor precisa", afirmou o empres�rio. Ele faz parte de um cons�rcio de empresas interessadas em adquirir 10 milh�es de imunizantes.

A proposta do grupo � doar metade das doses � rede p�blica, em vez de todo o lote. Wizard tamb�m lan�ou um abaixo-assinado para pressionar pelo aval a estas compras fora do SUS.

Segundo lei aprovada neste m�s, todas as doses compradas pela iniciativa privada devem ser doadas � rede p�blica enquanto grupos de risco s�o imunizados. Depois de superada essa fase da campanha de imuniza��o, metade ainda tem de ser entregue.

Nesta quinta-feira, 25, no entanto, a Justi�a Federal no Distrito Federal concedeu liminar para permitir que todo o volume comprado fique com a iniciativa privada, mesmo sem todos do grupo priorit�rio terem sido vacinados na rede p�blica. A decis�o � provis�ria e ainda deve ser avaliada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Regi�o (TRF1).

Wizard disse que teve reuni�es na quinta-feira, 25, para defender a compra das vacinas com os presidentes da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O empres�rio tamb�m se encontrou com os ministros Paulo Guedes (Economia), Tarc�sio de Freitas (Infraestrutura) e Damares Alves (Mulher, Fam�lia e Direitos Humanos). O empres�rio Luciano Hang, dono das Lojas Havan, acompanhou as agendas de Wizard. Hang tamb�m esteve ontem na Sa�de, mas foi recebido por auxiliares de Queiroga, que estava viajando.

Segundo Wizard, o ministro da Economia defendeu a compra pelo setor privado. "Ele � 100% favor�vel."

Ex-propriet�rio de escola de ingl�s que leva seu nome e fundador do grupo Sforza, que tem investimentos em franquias como Taco Bell Brasil e Mundo Verde, Wizard chegou a anunciar que assumiria a Secretaria de Ci�ncia e Tecnologia do Minist�rio da Sa�de, no ano passado, mas foi barrado pelo presidente Jair Bolsonaro. O empres�rio, por�m, seguiu atuando nos bastidores da pasta no apoio a bandeiras como o uso de medicamentos sem efic�cia contra a covid-19, como a cloroquina.

Wizard afirma que o grupo de empres�rios j� abriu negocia��o para a compra das doses, mas n�o quis revelar quais marcas podem ser adquiridas. As principais farmac�uticas t�m dito que n�o t�m doses para o setor privado, prefeitos e governadores, pois toda a produ��o estaria comprometida com governos centrais. Em fevereiro, Wizard disse ao Estad�o que "em seis meses vai ter vacina sobrando no mercado, o pre�o vai cair".

Wizard afirmou ainda que tanto Lira como Pacheco entenderam que a lei que obriga a entrega das doses ao SUS "n�o beneficia ningu�m". O presidente do Senado, por�m, posicionou-se na quinta-feira, 25, contra a possibilidade de empresas anteciparem a imuniza��o de seus funcion�rios. Ele comentava sobre a vacina��o de empres�rios do ramo de transportes em Minas Gerais, descumprindo o Plano Nacional de Imuniza��o (PNI). "N�o podemos admitir e tolerar que se descumpra o PNI. O entendimento do Congresso foi de que na edi��o da lei houvesse possibilidade de aquisi��o pela iniciativa privada para doa��o de sua integralidade para o SUS. N�o se pode descumprir essa lei e essa diretriz", afirmou.

Procurado, o Minist�rio da Sa�de n�o se manifestou.


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