
As informa��es constam de artigo elaborado pelos profissionais que conduziram os testes da Coronavac no Brasil, liderados pelo Instituto Butantan. O documento foi submetido para an�lise da revista cient�fica The Lancet. O estudo avaliou o efeito da vacina em 12,4 mil volunt�rios em 16 centros de pesquisa no Pa�s e teve os primeiros resultados divulgados pelo governo de S�o Paulo em 7 de janeiro. A vacina come�ou a ser aplicada nacionalmente no dia 18 de janeiro e a produ��o pelo Butantan representa a maior parte das doses distribu�das at� aqui.
"Esse estudo corrobora o que j� hav�amos anunciado h� cerca de tr�s meses e nos d�o ainda mais seguran�a sobre a efetiva prote��o que a vacina do Butantan proporciona. N�o resta nenhuma sombra de d�vida sobre a qualidade do imunizante", afirmou em nota � imprensa Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.
A an�lise divulgada neste domingo (11/4), aponta que os resultados de efic�cia podem melhorar se houver um intervalo maior entre as doses. No estudo, a maior parte dos volunt�rios receberam as vacinas com intervalo de 14 dias dada a urg�ncia para an�lise do imunizante e necessidade de prote��o dos profissionais de sa�de.
Os pesquisadores acreditam que um per�odo de 28 dias seja o mais adequado. "Os dados sugerem que � recomend�vel encorajar intervalos maiores entre as doses, como 28 dias, na implementa��o da vacina", escrevem no artigo.
A bula da Coronavac estipula o intervalo para a segunda dose como de 14 a 28 dias, mas a aplica��o a partir do 21º j� � defendida pelo Butantan desde o m�s de janeiro. Um intervalo ainda maior entre as doses chegou a ser cogitado como forma de ampliar a cobertura da vacina��o e acelerar a aplica��o, o que acabou n�o sendo implementado. Um intervalo superior a 28 dias n�o � consenso entre os especialistas diante dos efeitos n�o estudados sobre a efic�cia do imunizante.
Uma outra informa��o que consta do artigo � que a Coronavac se revelou eficaz na prote��o contra as chamadas variantes de preocupa��o P.1 e P.2 do v�rus SARS-CoV-2. "Apesar de as variantes terem v�rias muta��es que s�o chave para o funcionamento de muitos anticorpos, houve uma neutraliza��o consistente dessas variantes por parte do soro dos participantes que receberam a vacina inativada", pontuaram os especialistas no documento.
O aumento da circula��o da P.1, a chamada variante brasileira, primeiramente identificada em Manaus, � associado � vertiginosa eleva��o da curva de casos, interna��es e mortes vista no Pa�s a partir de janeiro. No in�cio do ano, a crise em Manaus chegou a afetar o abastecimento de oxig�nio, problema que se alastrou pelo Brasil a partir de fevereiro com continuidade em mar�o, o m�s mais letal da pandemia at� aqui, com 66 mil mortes pela doen�a.