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Estado de Minas CRISE SANIT�RIA

Brasil deve enfrentar novo plat� de casos de COVID-19, como no ano passado

Boletim da Fiocruz identifica leve desacelera��o da covid-19 no Brasil, mas suposta estabiliza��o ocorre em condi��es mais prec�rias do que em 2020


15/04/2021 08:13 - atualizado 15/04/2021 11:13

Protesto em frente à embaixada brasileira em Buenos Aires (ARG) contra má gestão de Bolsonaro no combate à pandemia(foto: JUAN MABROMATA / AFP)
Protesto em frente � embaixada brasileira em Buenos Aires (ARG) contra m� gest�o de Bolsonaro no combate � pandemia (foto: JUAN MABROMATA / AFP)


Com mais 3.459 mortes pela covid-19 e 73.513 mil novos casos registrados ontem, o Brasil superou a triste marca das 360 mil vidas perdidas e 13,6 milh�es de diagn�sticos positivos.

Sem um ritmo de vacina��o acelerado e uma taxa de ocupa��o de leitos dos hospitais ainda em n�veis cr�ticos, o pa�s continua a ver uma m�dia m�vel de �bitos em um alto patamar, acima das tr�s mil mortes di�rias.

Ao observar a incid�ncia de novos casos, especialistas veem uma estabiliza��o preocupante na �ltima semana epidemiol�gica, j� que, apesar de representar uma desacelera��o da pandemia, pode indicar a forma��o de um alto plat� com n�meros bem mais altos do que os vistos no ano passado.

Essa � a preocupa��o do novo boletim extraordin�rio do Observat�rio Covid-19 da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nessa quarta (14/4). Segundo o documento, observa-se uma tend�ncia de estabiliza��o do n�mero de casos a partir de abril.

Na �ltima semana epidemiol�gica conclu�da, a 14ª, foi notificada uma m�dia de 70.200 casos e 3.020 �bitos di�rios. “O n�mero de casos aumentou a uma taxa de 0,9% ao dia, enquanto o n�mero de �bitos por covid-19 aumentou 1,1% ao dia, isto �, ligeiramente mais lento que o verificado na semana anterior (1,5%), mostrando uma tend�ncia de desacelera��o, mas ainda n�o de conten��o, da epidemia”, ponderou a an�lise.
O grupo atribuiu o resultado das medidas de restri��o ao panorama de previs�es mais otimistas, que apontaram os pequenos sinais j� no fechamento da �ltima semana epidemiol�gica. Segundo o relat�rio, as a��es “est�o produzindo �xitos localizados e podem resultar na redu��o dos casos graves da doen�a nas pr�ximas semanas”.

Apesar de mostrar uma pequena desacelera��o do crescimento da pandemia no pa�s, os especialistas alertam que ainda n�o houve o al�vio necess�rio no contexto brasileiro das demandas hospitalares. Ao todo, 16 estados e o Distrito Federal t�m taxas de ocupa��o de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) superiores a 90%.

Al�m disso, os pesquisadores demonstram preocupa��o, j� que o Brasil pode estar observando a forma��o de um novo plat�, como o visto em agosto do ano passado, por�m com n�meros bem mais elevados de casos graves e �bito. “A flexibiliza��o de medidas restritivas pode ter como consequ�ncia a acelera��o do ritmo de transmiss�o e, portanto, de casos graves de covid-19 nas pr�ximas semanas”, alertam os pesquisadores da Fiocruz.
 
 

“Ina��o” do governo

Outros pesquisas sobre a situa��o pand�mica do Brasil ressaltam a responsabilidade do governo federal no cen�rio atual. Um estudo publicado ontem na revista Science concluiu que a "combina��o perigosa de ina��o e irregularidades" da resposta federal colocam o Brasil como um dos piores pa�ses em termos de lideran�a no enfrentamento.

A partir dos dados do Minist�rio da Sa�de de fevereiro a outubro de 2020, combinado com outras pesquisas de relev�ncia mundial, o grupo buscou compreender, medir e comparar o padr�o de dissemina��o de casos e �bitos de covid-19 no Brasil em escalas espaciais e temporais. Foram analisados indicadores de aglomera��o, trajet�rias, velocidade e intensidade de propaga��o para o interior, contextualizados �s decis�es do governo federal e repercuss�es de decis�es pol�ticas para se chegar aos resultados.

“Embora nenhuma narrativa �nica explique a diversidade na dissemina��o, uma falha geral de implementa��o imediata, coordenada e respostas equitativas em um contexto de fortes desigualdades locais alimentaram a propaga��o de doen�as”, avalia a pesquisa publicada na Science.

Abril preocupante

Especialistas explicam por que o m�s de abril ainda ser� dram�tico para o Brasil em rela��o � pandemia.

Poucas vacinas

O ritmo vacinal come�a a ganhar corpo, mas o pa�s enfrenta problemas com importa��o de mat�ria-prima, o que atrasa a produ��o de imunizantes. O Instituto Butantan n�o conseguir� cumprir com a meta de entrega do m�s, e a Fiocruz j� havia reduzido as proje��es. O Minist�rio da Sa�de, que chegou a divulgar 47 milh�es de doses em abril, agora estima 26 milh�es de unidades.

Alta m�dia m�vel

Mesmo ainda sem bater nenhum recorde do n�mero de mortes e infec��es registradas diariamente nesta semana, o pa�s continua a ver uma m�dia m�vel de �bitos e casos em um alto patamar. Segundo o c�lculo do Conselho Nacional de Secret�rios de Sa�de (Conass), que leva em conta os n�meros dos �ltimos sete dias, o pa�s tem m�dia de 3.015 mortes e 68.615 diagn�sticos positivos

Alta ocupa��o de UTIs

Ao todo, 16 estados e o Distrito Federal est�o com taxas de ocupa��o de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) superiores a 90%. No levantamento anterior, o percentual era realidade de 20 unidades federativas.


Taxa de transmissibilidade

Apesar de ter apresentado redu��o, a taxa de transmiss�o (Rt) da covid-19 no Brasil ainda � considerada alta. Segundo levantamento do Imperial College de Londres, a taxa do Brasil � de 1,06. Na semana retrasada, o Rt estava em 1,12

Casos em alto patamar

Mesmo com diminui��o de novas interna��es nos estados, houve incremento de casos no fechamento da �ltima semana epidemiol�gica, a 14ª. Nota-se uma melhora, mas o problema est� longe de ser solucionado.

MPF monitora a��es da Sa�de

O ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga. se reuniu ontem com o procurador-geral da Rep�blica, Augusto Aras, para discutir o avan�o da pandemia. De acordo com a Procuradoria Geral da Rep�blica, Queiroga refor�ou que o repasse de 15,5 milh�es de vacinas da Pfizer at� junho. A subprocuradora-geral C�lia Delgado tamb�m participou do encontro e, segundo a PGR, “explicou ao ministro da Sa�de que membros do Minist�rio P�blico nos estados acionaram o Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia Covid-19 (Giac), que buscou obter informa��es sobre provid�ncias junto ao Minist�rio da Sa�de com anteced�ncia, evitando, assim, que procuradores e promotores precisassem ir � Justi�a em busca de decis�es liminares”.


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