
Para atrair as v�timas, o criminoso se passava por motorista de transporte clandestino e abordava as jovens nas paradas de �nibus, semelhante ao modo utilizado pelo cozinheiro Marin�sio dos Santos Olinto, assassino confesso da advogada Let�cia Curado, 26 anos, e da auxiliar de cozinha Genir Pereira, 47.
Ata�des foi preso nesta quarta-feira (12/5) por policiais da 6ª Delegacia de Pol�cia (Planaltina), que cumpriram o mandado de pris�o preventiva. As investiga��es come�aram h� cinco meses, ap�s a equipe tomar conhecimento de uma tentativa de estupro contra uma jovem de 19 anos, ocorrido em janeiro deste ano, em Planaltina. A v�tima s� n�o foi estuprada porque conseguiu abrir a porta do carro e correr.
“No trajeto que ela fez com o agressor, ele desviou o percurso que deveria tomar e, a partir desse momento, anunciou o crime. Percebendo que seria atacada, a mulher conseguiu se desvencilhar, saiu do carro e fez o registro da ocorr�ncia”, detalhou o delegado � frente do caso, Rodrigo Mendes, da 16ª DP.
Com as informa��es, os investigadores identificaram as caracter�sticas f�sicas do homem e o ve�culo que ele utilizava para cometer os crimes, um Corsa vermelho. Os dados colhidos levaram os policiais at� uma ocorr�ncia registrada no final de 2019 de um estupro consumado, tamb�m em Planaltina, aos fundos do Departamento de Estradas e Rodagem (DER). Peritos t�cnicos, por meio do Banco de Perfis Gen�ticos, analisaram o material gen�tico e chegaram � conclus�o de que havia uma conex�o entre o caso de 2019 com os outros tr�s estupros praticados em outras regi�es do DF.
Um dos estupros aconteceu em 2013, em uma passagem subterr�nea de pedestres da Asa Norte. � �poca, ap�s abusar da jovem, o homem roubou o dinheiro da v�tima. Dos quatro fatos, duas das v�timas eram adolescentes e tinham 16 anos.
Modo de agir
Ata�des atacava as mulheres sempre no per�odo noturno, entre 20h30 e 21h. Morador do bairro Pombal, em Planaltina, o criminoso n�o tinha trabalho fixo e fazia bicos como pedreiro. Durante � noite, ele sa�a de casa e, no carro, passava pelas paradas de �nibus na tentativa de abordar alguma mulher.
O delegado-chefe da 16ª DP, Diogo Cavalcante, explica que o agressor agia de modo peculiar. Ele chegava na parada, anunciava ser motorista de transporte pirata para conseguir que a v�tima embarcasse. No caminho, Ata�des desviava o caminho e ia para locais afastados, com pouca movimenta��o de pessoas. “Ali, ele anunciava o crime com grave amea�a de que mataria a v�tima”, detalhou.
No entanto, em nenhum dos casos, constatou-se que o homem estava armado. Em 1990 e em 2002, Ata�des chegou a ser preso pelo mesmo crime. Preso, ele deve responder pelos crimes de estupro e estupro tentado. Em rela��o �s v�timas menores de idade, a pena passa de 6 a 10 anos para 8 a 12 anos de pris�o.