
O novo Boletim do Observat�rio COVID-19 Fiocruz, realizado pela Funda��o Oswaldo Cruz, divulgado nesta quarta-feira (26/5), alerta para o recrudescimento da pandemia nas pr�ximas semanas. O estudo estima que, sem a vacina��o de pelo menos 70% da popula��o, o Brasil n�o controlar� a pandemia. A an�lise mostra que houve um aumento das taxas de incid�ncia de casos novos da COVID-19, entre 16 e 22 de maio.
"Mantidas as tend�ncias dos atuais indicadores, o estudo sinaliza uma nova eleva��o do n�mero m�dio de �bitos para um patamar em torno de 2.200 por dia", indicou.
Tamb�m agravam o cen�rio os �ndices de positividade dos testes para diagn�stico realizados, que permanecem em altos patamares, demonstrando a circula��o intensa do v�rus Sars-CoV-2. Essas novas infec��es podem resultar em casos graves da COVID-19, afirmam os pesquisadores respons�veis pelo Boletim da Fiocruz.
A pesquisa tamb�m pontua o “rejuvenescimento da pandemia” que, com a circula��o de novas variantes do v�rus no pa�s, aumenta as consequ�ncias da doen�a entre grupos mais jovens. O estudo conclui que a maior exposi��o desta faixa et�ria est� associada a condi��es prec�rias de trabalho e transporte, al�m da retomada de atividades econ�micas e de lazer, que v�m sendo efetivadas em diversos estados e munic�pios, com a flexibiliza��o das restri��es vigentes em mar�o.
“Esse contexto vai gerar novas press�es sobre todo o sistema de sa�de. O aumento no n�mero de interna��es, demonstrado pelo novo aumento das taxas de ocupa��o dos leitos de UTI � resultado desse novo quadro da pandemia no Brasil”, ressaltam os pesquisadores.
Eles ressaltam que � primordial a intensifica��o de a��es de vigil�ncia em sa�de, o refor�o de estrat�gias de testagem de casos suspeitos e de seus contatos (incluindo a vigil�ncia gen�mica), al�m do controle de voos internacionais e a manuten��o de restri��es de eventos de massa e atividades que promovam aglomera��es. O boletim tamb�m destaca a necessidade de medidas de prepara��o do sistema de sa�de, desde a sincroniza��o com a aten��o prim�ria em sa�de, at� a organiza��o da m�dia e alta complexidade, incluindo a oferta de leitos cl�nicos e UTIs para COVID-19, al�m de garantia da oferta de insumos.
Leitos de UTI
O boletim ainda mostra que, entre os dias 17 e 24 de maio de 2021, as taxas de ocupa��o de leitos de UTI COVID-19 para adultos no Sistema �nico de Sa�de (SUS) aumentaram ou se mantiveram est�veis, em n�veis elevados, em praticamente todo o Brasil. Isso refor�aria a avalia��o de que a tend�ncia de queda (que vinha sendo observada at� por volta do dia 10 deste m�s) se interrompeu.
Oito estados e o Distrito Federal encontram-se com taxas de ocupa��o iguais ou superiores a 90%: Piau� (91%), Cear� (92%), Rio Grande do Norte (97%), Pernambuco (98%), Sergipe (99%), Paran� (96%), Santa Catarina (95%), Mato Grosso do Sul (99%) e DF (96%).
Nove estados apresentam taxas de ocupa��o de leitos de UTI COVID-19 para adultos entre 80% e 89%: Roraima (83%), Tocantins (86%), Alagoas (89%), Bahia (83%), Minas Gerais (80%), Rio de Janeiro (83%), S�o Paulo (80%), Mato Grosso (87%) e Goi�s (84%).
Sete estados est�o na zona de alerta intermedi�rio (60% e 80%): Rond�nia (79%), Par� (73%), Amap� (72%), Maranh�o (76%), Para�ba (75%), Esp�rito Santo (79%) e Rio Grande do Sul (79%).
Dois estados est�o fora da zona de alerta: Acre (47%) e Amazonas (57%).
*Estagi�ria sob a supervis�o de Andreia Castro