(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas VIOL�NCIA

'N�o sei que ser� de n�s', diz um dos seis filhos de v�tima de feminic�dio

Familiares e amigos de Leidenaura, assassinada pelo namorado no domingo, relatam que a mulher era agredida, com frequ�ncia, pelo acusado


08/06/2021 08:02 - atualizado 08/06/2021 08:07

(foto: Redes sociais/Divulgação)
(foto: Redes sociais/Divulga��o)
Dor e revolta s�o os sentimentos relatados pela fam�lia de Leidenaura Moreira Rosa da Silva, 35 anos, v�tima de feminic�dio no domingo (6/6).  Ela foi assassinada pelo namorado, Valdemir Pereira da Silva J�nior, 31 , durante uma confraterniza��o com amigos e parentes no Distrito Federal. M�e de seis filhos, Leide, como era mais conhecida , foi levada �s pressas ao Hospital Regional de Planaltina (HRPL), mas n�o resistiu. O agressor foi contido por testemunhas at� a chegada da pol�cia.

O Correio conversou com um dos filhos da v�tima. O adolescente de 16 anos saiu de casa pouco antes de 12h para conversar com amigos em uma esquina. Na hora do almo�o, ele retornou para a resid�ncia e se deparou com um cen�rio de guerra . “Tinha sangue para todo lado. Eu n�o estava entendendo e, quando soube, falaram que minha m�e j� estava no hospital em estado grave”, disse.

Por incont�veis vezes, o rapaz e os irm�os, de 17, 15, 13, 8 e 4 anos, intervieram nas discuss�es do casal para proteger a m�e. “Ele chegava para bater nela (m�e). Cansamos de entrar no meio para impedir que qualquer coisa fosse feita”, relatou. Cinco das seis crian�as s�o frutos de outro relacionamento . Essas perderam o pai em um acidente h� oito anos e, agora, ficaram �rf�os tamb�m de m�e. O ca�ula � filho de Leide com Valdemir. “N�o sei como vai ser. Com quem vamos ficar, o que ser� de n�s. N�o tenho palavras para definir minha m�e. Uma mulher maravilhosa , batalhadora e que cuidou de todos com garra”, completou o adolescente.

A m�e de Leide saiu de Campo Alegre de Lourdes, no interior da Bahia, at� Bras�lia. Ela chegou ontem para organizar o enterro da filha. Sob forte como��o, familiares e amigos se concentraram na casa de Leide. Abalada, a m�e permaneceu dentro da resid�ncia a todo momento, cumprimentando e abra�ando quem chegava. Os filhos da v�tima se revezaram ao ficar dentro e fora do im�vel. Entre l�grimas , eles eram consolados por parentes e vizinhos.

Ferida, Leidenaura ficou internada no Hospital de Planaltina, mas �s 20h de domingo sofreu uma parada card�aca e n�o resistiu. A faca usada no crime foi localizada pela Pol�cia Civil e encaminhada � per�cia. N�o se sabe, ainda, o local e a hora do sepultamento.

Investiga��o

O caso � investigado pela 16ª Delegacia de Pol�cia (Planaltina) como feminic�dio. Ap�s matar a mulher, populares contiveram o homem. Segundo o Corpo de Bombeiros, Valdemir foi agredido por testemunhas . Em depoimento na unidade policial, o acusado deu uma vers�o, mas nada ficou comprovado sobre a motiva��o do crime. De acordo com o delegado-chefe da 16ª DP, Diogo Cavalcante, a v�tima registrou boletim de ocorr�ncia em julho do ano passado contra Valdemir no �mbito da Lei Maria da Penha por amea�a, mas n�o chegou a solicitar medidas protetivas .

Dados da Secretaria de Seguran�a P�blica do Distrito Federal (SSP-DF), entre janeiro e abril desse ano, foram registrados oito casos de feminic�dio, um aumento de 33% em rela��o ao mesmo per�odo de 2020, quando seis mulheres foram mortas em decorr�ncia do g�nero. Segundo a pasta, houve redu��o de 46,8% nesse tipo de crime entre 2020 e 2019 (17 contra 32, respectivamente ).


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)