
No v�deo em que a mulher aparece, ele diz “voc�s gostam mesmo � do bem duro, n�?”. O m�dico e seus companheiros riram da situa��o e continuaram “elas gostam � do bem duro, duro. Comprido tamb�m fica legal, n�? O papiro comprido”. A vendedora que aparentava estar constrangida, responde que sim, e vira alvo de risadas pelo grupo.
Durante a live, ele sempre ressaltava que n�o estava tentando justificar suas atitudes e sim reconhecer e assumir seus erros. Victor tamb�m estava vestido com uma camiseta com a frase “pai pra toda obra” e chorou em diversos momentos.
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Ele exibiu v�deos da viagem em que conversa com vendedores sobre est�tuas que representavam os �rg�os sexuais dos deuses eg�pcios, comparando-os com os dos brasileiros. O m�dico alega que o v�deo foi editado, "s� aquela parte, traduziram para a l�ngua �rabe e divulgaram nas redes sociais".
O brasileiro se defende, apontando um clima de brincadeira, mas assume o erro. "Esse descuido � um erro, n�o medir as palavras, usar as palavras erradas em uma brincadeira que n�o tinha o direito de fazer com ela, apesar de que a gente tinha pedido para filmar ela explicando a coisas."
Sorrentino disse que cometeu diversos erros e no come�o reagiu de uma forma ruim e foi reativo �s mensagens, e ao agir assim, provocou a ira de diversas pessoas. Al�m disso, ele fala que demorou a apagar os stories e que isso tamb�m foi um erro. O m�dico completa dizendo que pediu desculpas � eg�pcia e � fam�lia dela diversas vezes, e que ela n�o quis prestar queixas por n�o se sentir ofendida e n�o aceitou nenhuma forma de pagamento.
Sobre a investiga��o, Victor fala “eles me investigaram, e foi uma investiga��o ma�ante. Sofri muito. Passei os melhores e os piores momentos da minha vida. Os piores porque nunca imaginei que eu fosse passar por aquilo e nunca imaginei que minha fam�lia fosse passar pelo que passou. Ficaram sem not�cias minhas durante um per�odo. A investiga��o foi muito dolorosa, eles n�o sabem o quanto as pessoas aqui estavam sofrendo.”
Na transmiss�o, o m�dico se referiu a si mesmo diversas vezes em terceira pessoa. "As autoridades decidiram em tudo que investigaram dos fatos que n�o havia motivos para abrir um processo para o Victor, n�o havia motivos para deportar o Victor, n�o havia motivos para reter o passaporte do Victor e que, portanto, o Victor deveria seguir o seu curso para casa com o passaporte, podendo voltar para o Egito quando quisesse sem ter que pagar absolutamente nada a n�o ser o pre�o do sofrimento de ter ficado praticamente seis dias sendo investigado em condi��es que s�o diferentes das condi��es do Brasil."
Por defender o tratamento precoce contra a COVID-19, que j� foi comprovado ser ineficaz, Sorrentino foi chamado de bolsonarista, mas ele afirma que n�o �. "Votei, votar em algu�m n�o � ser bolsonarista. Foi simplesmente uma op��o que fiz naquele momento, n�o tenho �dolos dentro da pol�tica."
Victor falou que sua fam�lia e seus amigos tamb�m sofreram agress�es e amea�as. "Eles foram julgados, agredidos, amea�ados por conta de 15 segundos de um v�deo do qual eu me desculpei. De um erro que aparentemente � inafian��vel, usar palavras erradas. As mesmas pessoas que, por vezes, est�o defendendo pessoas que estupraram outras, n�?” O m�dico disse ainda que recebeu diversas mensagens de apoio e que nos seis dias da investiga��o se sentiu “muito pr�ximo a Deus” e se sente transformado.
O m�dico finalizou a live dizendo que "recordo tudo o que aconteceu com felicidade por estar aqui e por saber que eu tenho uma vida aben�oada com tudo de bom e de ruim que aconteceu, uma vida extremamente aben�oada. E que eu tenho muito a evoluir e que esse foi o momento de maior evolu��o em toda a minha vida. A semana mais transformadora da minha vida, mesmo nos locais onde eu estive".
* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.