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Estado de Minas CORONAV�RUS

Moradores de SP e MG se vacinam no Rio de Janeiro

S�o Paulo s� perde para Minas. Foram 16,1 mil (0,47%) moradores do Estado vizinho que tamb�m resolveram se vacinar no Rio


14/06/2021 13:01 - atualizado 14/06/2021 13:37

Na maioria dos casos, são pessoas que circulam na cidade por motivos de trabalho ou familiares(foto: Agência Brasil)
Na maioria dos casos, s�o pessoas que circulam na cidade por motivos de trabalho ou familiares (foto: Ag�ncia Brasil)

A designer carioca Denise, de 56 anos, mora em S�o Paulo desde o in�cio de 2020, mas se vacinou contra a COVID-19 na quarta-feira, no Jardim Bot�nico, zona sul do Rio. Naquele momento, o calend�rio de vacina��o da cidade estava mais de um m�s � frente do da capital paulista e Denise j� tinha a viagem programada para visitar a m�e. Outras 14,7 mil (0,43%) pessoas que vivem no Estado de S�o Paulo fizeram como a designer.

No total, segundo dados da Secretaria Municipal de Sa�de do Rio, 3.400.526 indiv�duos j� se vacinaram na capital carioca. Desse n�mero, 10,71% vieram de outras cidades. A maioria do pr�prio Estado, 8,22%, e os demais das outras unidades da federa��o.

S�o Paulo s� perde para Minas. Foram 16,1 mil (0,47%) moradores do Estado vizinho que tamb�m resolveram se vacinar no Rio. "A espera (pela vacina) � muito angustiante; v�rias pessoas est�o fazendo isso", explicou Denise. "V�rios amigos cariocas que vivem em S�o Paulo, mas que t�m fam�lia no Rio, acabaram se vacinando por aqui mesmo."

N�o se trata exatamente de um turismo de vacina, como j� est� acontecendo nos Estados Unidos e em alguns outros pa�ses onde a imuniza��o est� mais avan�ada. Na maioria dos casos, s�o pessoas que circulam na cidade por motivos de trabalho ou familiares.

Para o secret�rio municipal de Sa�de, Daniel Soranz, n�o h� motivo para coibir esse movimento. "N�o � o que a gente recomenda. O ideal � que as pessoas se vacinem perto de suas casas", ressaltou o especialista em sa�de p�blica.

"Mas n�o estamos cobrando nenhum comprovante de resid�ncia. A nossa migra��o n�o � muito alta, est� na faixa dos 10%, a maioria vinda dos munic�pios vizinhos. Se por acaso tivermos uma migra��o muito maior, podemos pedir uma compensa��o (de doses) ao Minist�rio da Sa�de."

A ideia, segundo o secret�rio, � justamente n�o burocratizar o processo de vacina��o. No Rio, basta apresentar o CPF para se vacinar. At� a semana que vem, a cidade j� estar� imunizando pessoas de 50 anos sem comorbidades - com o adiantamento do calend�rio anunciado ontem pelo governador Jo�o Doria (PSDB), o mesmo deve ocorrer em S�o Paulo.

No Rio, a secretaria tamb�m adiantou a imuniza��o de profissionais de sa�de, o que n�o foi feito em todas as cidades. No caso dos professores, no entanto, o posto de sa�de exige a apresenta��o de certificado profissional.

"Eu moro em S�o Paulo h� tr�s anos, mas sou carioca", explicou o professor Di�genes da Silva Severino, de 31 anos. "Mesmo morando em S�o Paulo, tenho um trabalho de abrang�ncia nacional, atendo escolas no Rio, em Minas, no Rio Grande do Sul. Por isso, consegui ser vacinado no Rio. At� ontem, pelo menos, ia demorar muito mais em S�o Paulo. Mas agora acho at� que j� adiantaram o calend�rio por l� tamb�m."

Segundo Severino, de modo geral, o processo de vacina��o na capital paulista � mais burocr�tico do que no Rio. "Em S�o Paulo, tem de fazer cadastro num site, tem QR code.... No Rio, � tudo bem mais simples."


Urg�ncia


Segundo o secret�rio de Sa�de, o munic�pio est� trabalhando no limite da falta de doses para dar mais agilidade ao processo. "A vacina chegou, a gente aplica. N�o temos praticamente nada em estoque, s� as segundas doses", afirmou. "Estamos tratando a quest�o com o sentimento de urg�ncia que merece."

Especialista em sa�de p�blica e integrante do comit� de combate � COVID-19 da UFRJ, Chrystina Barros n�o v� maiores problemas no interc�mbio. "Como o Rio j� conseguiu avan�ar bem na cobertura dos idosos, dos mais vulner�veis, n�o vejo problema em vacinar pessoas que j� circulam por aqui por motivos familiares ou econ�micos", afirmou. "Elas n�o est�o disputando recursos com os idosos, n�o h� falta de vacina para os mais vulner�veis."

"A gente vai ouvindo as hist�rias das novas cepas circulando, das pessoas que j� tinham tomado a primeira dose e se infectaram, dos que estavam para tomar a vacina e morreram e vai dando muita ang�stia", justificou a designer Denise. "Vai dando aquele medo horr�vel de morrer na praia." 


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