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Estado de Minas ENTREVISTA

''L�zaro n�o vai se render'', diz delegado que investiga chacina e estupro

Respons�vel pelo inqu�rito afirma que L�zaro Barbosa de Sousa � um homem forte que tem habilidades para sobreviver no mato


19/06/2021 08:59

Caçada por Lázaro Barbosa de Souza, de 32 anos, já dura 11 dias (foto: Polícia Civil/Divulgação)
Ca�ada por L�zaro Barbosa de Souza, de 32 anos, j� dura 11 dias (foto: Pol�cia Civil/Divulga��o)

H� 11 dias procurado por matar quatro pessoas no Incra 9, L�zaro Barbosa de Sousa, 32 anos, segue foragido. O delegado-chefe da 24ª Delegacia de Pol�cia (Ceil�ndia), que cuida do inqu�rito desse e de outros casos do criminoso, Raphael Seixas, considera que L�zaro n�o deve se entregar, a n�o ser que esteja ferido. “Obviamente, ele est� cercado, mas ele tem esse perfil de enfrentamento. Ele n�o vai se render. S� vai se entregar caso seja baleado”, disse. Em entrevista ao CB.Poder — parceria entre o Correio Braziliense e a TV Bras�lia —, o delegado afirmou que L�zaro sabe como se locomover e se esconder em meio � mata. Por�m ele destacou que as for�as de seguran�a est�o empenhadas no caso.

� jornalista Darcianne Diogo, ontem, Raphael afirmou que, antes de assassinar a fam�lia Vidal, L�zaro cometeu v�rios outros crimes no Distrito Federal. Al�m disso, o delegado informou que L�zaro tem o costume se mudar a cada dois meses, para evitar ser pego, e se apresentar com nomes falsos. O �ltimo endere�o do foragido, antes do crime de 9 de junho, foi registrado em Ceil�ndia. A atual companheira dele ajudava nas mudan�as.

Confira os principais trechos da entrevista


Como a pol�cia teve conhecimento da ocorr�ncia de 9 de junho no Incra 9? Como foi o trabalho desde o come�o?

Fui acionado por volta das 4h e fui informado de que tr�s homens tinham sido mortos e a senhora Cleonice tinha sido levada pelos autores — n�o sab�amos ainda quantos teriam praticado o crime. Imediatamente, acionamos a per�cia. Em raz�o do poss�vel sequestro da Cleonice, a DRS, que � nossa divis�o especializada em repress�o ao sequestro, foi acionada. A 24ª DP compareceu ao local com as equipes. Na identifica��o do L�zaro, que foi muito r�pida, �s 10h da manh�, eu j� sabia quem tinha realizado o crime. Come�aram as buscas. A gente come�ou a fazer pesquisas e verificamos o hist�rico de crimes em torno dele, inclusive em Ceil�ndia. Crimes patrimoniais com estupro. A Deam 2, nossa delegacia especializada em atendimento � mulher, tamb�m fez um �timo trabalho o identificando (L�zaro) em uma outra ocorr�ncia, de 26 de abril, em que ele ingressou em uma resid�ncia, roubou, levou uma senhora e permaneceu por um longo tempo a estuprando.

O delegado-chefe da 24ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), Raphael Seixas(foto: Marcelo Ferreira/CB/ DA Press)
O delegado-chefe da 24� Delegacia de Pol�cia (Ceil�ndia), Raphael Seixas (foto: Marcelo Ferreira/CB/ DA Press)

Quem � L�zaro? Quais s�o os rastros que ele deixou aqui no Distrito Federal?

J� no dia do crime (9 de junho), fui para a delegacia e come�amos a fazer buscas para tentar prend�-lo ainda em Ceil�ndia e fui em v�rias resid�ncias em que ele morou, inclusive na que era a atual. L� conseguimos apreender muni��es de arma de fogo. A casa j� estava vazia. Mas verifiquei que ele, de dois em dois meses, trocava de resid�ncia. Sempre pr�ximas umas �s outras. Quem fazia a mudan�a dele era a atual companheira. Ele n�o fixava resid�ncia justamente porque estava com mandado de pris�o em aberto. Ele se apresentava com outro nome. Teve vida no DF e na regi�o de �guas Lindas e Cocalzinho. Ent�o, domina essa regi�o. Desenvolveu t�cnicas de sobreviv�ncia no mato. Entrevistei parentes dele e me disseram que ele, quando est� foragido, passa o dia no mato e de noite vai ver a esposa e a filha. Quando ele praticava um crime de maior relev�ncia, permanecia o tempo que fosse no mato.

Por ele estar dentro do mato, a dificuldade em captur�-lo � maior?

N�o vou poder entrar no m�rito dessa quest�o, porque as buscas est�o sendo conduzidas pelas for�as de Goi�s, embora n�s estejamos participando. O que posso afirmar � sobre os dois primeiros dias de buscas em Goi�s dos quais participei. Ele tem t�cnicas, ele � habilidoso para permanecer no mato quanto tempo for. A dificuldade, falando da parte que eu conduzi, � extrema. O terreno ele conhece muito bem. Um cunhado dele me falou: “ele se esconde no mato, v� policial passando do lado dele, v� tudo e voc�s n�o conseguem peg�-lo”. Mas eu acredito no sucesso das opera��es, porque todos os policiais est�o muito empenhados.

Como o senhor avalia o perfil de L�zaro?

Al�m dos crimes comentados, logo depois do crime da fam�lia Vidal, ele cometeu mais quatro crimes na �rea da 24ª DP. Ele amarra as v�timas, subjuga as v�timas, � um indiv�duo extremamente violento e forte. Ele tem habilidades e � destemido. A impress�o que eu tenho � de que ele desafia a pol�cia. Obviamente que ele est� cercado, mas ele tem esse perfil de enfrentamento. Ele n�o vai se render. S� vai se entregar caso seja baleado. Mas, fisicamente perfeito, acredito que ele n�o se entregue.


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