
contas utilizam a foto divulgada pela Pol�cia Civil do Distrito Federal (PCDF), tirada durante uma pris�o h� alguns anos. Os internautas tamb�m personalizaram as informa��es de localidade e profiss�o nos perfis: “mora em Mato” e “trabalha na empresa serial killer” s�o alguns dados em comuns das contas.
As Um dos perfis tem a bio preenchida como “Loko e doido, possu�do pelo diabo, rei da floresta, perito em fuga, futuro herdeiro do trono do diabo”. As contas tamb�m enviam solicita��es de amizade. Um deles registra mais de 270 amigos. No entanto, n�o fizeram publica��es at� o momento.
Foragido ganha p�gina na maior enciclop�dia on-line do mundo
Mesmo com o caso ainda aberto, a hist�ria do foragido e da procura feita por mais de 200 policiais do Distrito Federal, do Goi�s e da Pol�cia Federal j� est� descrita na Wikip�dia Brasil. A plataforma � uma enciclop�dia on-line mantida por qualquer pessoa que se interessar em fazer um registro de algum evento, fato hist�rico ou de alguma personalidade.
A p�gina L�zaro Barbosa (criminoso) foi criada na ter�a-feira (15/6), no entanto, as informa��es s�o atualizadas diariamente e h� um aviso no in�cio da p�gina que alerta leitores que a hist�ria ocorre em tempo real e os dados podem mudar com frequ�ncia.
Sem autoria definida, o texto re�ne informa��es baseadas em 33 fontes, todas de ve�culos de comunica��o. Tr�s mat�rias produzidas pelo Correio sobre o caso foram utilizadas na constru��o do hist�rico on-line.
Fatos distorcidos e falta de informa��es na p�gina
O texto � dividido por data e registra os desdobramentos do caso desde o primeiro crime, a morte de Cl�udio Vidal, 48 anos, e os dois filhos, e o sequestro de Cleonice Marques, 43 anos, m�e e esposa das v�timas. N�o foram registradas informa��es falsas, as chamadas fake news, no entanto, h� distor��es em algumas partes do texto que podem influenciar o leitor.
No intert�tulo “11 de junho de 2021”, a data afirma que L�zaro incendiou o ve�culo roubado em Ceil�ndia, ao chegar em Cocalzinho (GO), com a ajuda de um “comparsa”. No entanto, o inc�ndio foi criado apenas por L�zaro. O homem, identificado como “comparsa”, apenas o buscou na rodovia em que abandonou o ve�culo e a pol�cia n�o confirmou envolvimento dele com o caso.
Em “15 de junho de 2021”, o texto relata uma troca de tiros entre a pol�cia e L�zaro, e afirma que o efetivo policial encontrou o foragido em uma ronda. A verdade � que um policial recebeu um pedido de socorro de uma moradora e se dirigiu at� o local. L�, percebeu que a fam�lia n�o estava em casa e adentrou, junto a outros policiais, na mata.
Foi perto de um rio que a pol�cia avistou L�zaro e a fam�lia, que naquele momento eram tr�s ref�ns. Houve a troca de tiros e o criminoso fugiu. A fam�lia foi resgatada em seguran�a, mas um policial foi atingido por uma bala que passou de rasp�o pelo rosto dele.
J� em “16 de junho de 2021”, a p�gina relata a hist�ria acima. O fato ocorreu em 15 de junho.
Em outras partes do texto � poss�vel observar coment�rios de teor opinativo que n�o foram confirmados por membros das pol�cias que trabalham na busca e nem por profissionais da �rea. � o caso do intert�tulo “Antecedentes”, que afirma que o ato de L�zaro deixar nuas tr�s mulheres durante uma invas�o em 2020 era “uma forma s�dica de prazer na humilha��o passada pelas v�timas no qual n�o estava diretamente relacionada com o abuso sexual”.
Em “10 de junho de 2021”, o autor do texto afirmou que L�zaro fez “coment�rios orgulhosos sobre o crime” no Incra 9 para a propriet�ria de uma ch�cara que invadiu logo ap�s o triplo homic�dio. No entanto, a ref�m, S�lvia Campos de Oliveira, 40 anos, relatou ao Correio que ele confirmou ser o autor do crime, mas disse que n�o estava s�. Ela tamb�m afirmou que ele estava agitado e soltava frases desconexas.
A p�gina ainda cita apelidos para L�zaro: “O Carrasco do Incra 9”, “�ndio”, “Satanista”. Os termos n�o s�o reconhecidos pelas autoridades e o uso deles na p�gina leva a crer que a autoria do documento � de algum telespectador que acompanha o caso, visto que esses “nomes” circulam nas redes sociais, junto a outras fake news, como a m�e ser feiticeira e enquanto ela estiver viva ele n�o ser� preso.
O Correio Braziliense acompanha, presencialmente, o caso desde o in�cio. Baseado em informa��es comprovadas, a equipe de reportagem produziu um passo a passo do caso.