
Nesta quinta (17/6), o Brasil completa cinco meses desde o in�cio da vacina��o contra a COVID-19. A campanha, que come�ou com a enfermeira M�nica Calazans em S�o Paulo, s� imunizou 11% da popula��o do pa�s com as duas doses e viveu v�rios momentos de escassez de inje��es.
Os estados que mais vacinaram com a primeira inje��o s�o Mato Grosso do Sul (36,59%), Rio Grande do Sul (35,43%), Esp�rito Santo (32,34%), S�o Paulo (32,01%) e Santa Catarina (31,11%).
Os que menos imunizaram com a primeira dose s�o cinco unidades federativas da Regi�o Norte: Amap� (18,42%), Roraima (18,69%), Acre (19,27%), Rond�nia (20,67%) e Par� (21,15%).
Minas Gerais protegeu 28,27% de sua popula��o com a primeira inje��o. E 12,27% com a segunda.
A campanha come�ou com as doses da CoronaVac, produzidas pelo Instituto Butantan em parceria com a farmac�utica chinesa Sinovac Biotech.
Hoje, o pa�s protege sua popula��o com duas outras f�rmulas: a AstraZeneca (Fiocruz/Oxford) e a Comirnaty (Pfizer).
A lentid�o da vacina��o chamou a aten��o durante esses cinco meses. Houve atraso na entrega dos imunizantes por diversos fatores, entre eles a falta do Ingrediente Farmac�utico Ativo (IFA) para produ��o da CoronaVac no Butantan.
V�rios estados e capitais chegaram a suspender suas campanhas pela escassez de vacinas. Houve casos de pessoas que n�o receberam a segunda dose por falta de inje��es.
Em Belo Horizonte, por exemplo, a prefeitura n�o tem previs�o para imunizar a popula��o entre 53 e 55 anos por n�o ter mais vacinas.
CPI investiga lentid�o

Em 27 de maio, o presidente do Butantan Dimas Covas, em depoimento � CPI, afirmou que a imuniza��o poderia ter come�ado em dezembro do ano passado, assim como em outros pa�ses do mundo.
"O mundo come�ou a vacina��o no dia 8 de dezembro. No final do m�s, tinham sido aplicadas pouco mais de 4 milh�es de doses no mundo e n�s t�nhamos 5,5 milh�es (em estoque), sem contrato com o Minist�rio (da Sa�de)", disse Covas.
Documentos entregues pela Pfizer � CPI, obtidos pela “TV Globo”, comprovam que a Pfizer procurou o Brasil em tr�s oportunidades em agosto: dias 14, 18 e 26.
Sem respostas, a empresa acionou a embaixada brasileira em Washington, nos Estados Unidos, em 27 de agosto. Novamente, sem respostas.
A companhia tamb�m se comprometeu a ressarcir o governo federal caso atrasasse a entrega dos imunizantes. O contrato era de 30 milh�es de doses e certamente aceleraria a campanha no Brasil.
Outro documento mostra que, em julho de 2020, o governo federal foi informado pela Alian�a Mundial para Vacinas e Imuniza��o (Gavi), respons�vel pela Covax Facility (cons�rcio mundial de imunizantes), que seria ressarcido se desistisse da compra de doses.