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Estado de Minas S�O PAULO

Brasil aplica primeira vacina contra a covid-19 em meio a uma guerra pol�tica


17/01/2021 20:00 - atualizado 17/01/2021 20:37

Uma enfermeira de S�o Paulo foi a primeira pessoa vacinada contra a covid-19 no Brasil, neste domingo (17), ap�s a aprova��o, pela Anvisa, do uso emergencial de dois imunizantes: o Coronavac, do laborat�rio chin�s Sinovac em colabora��o com o Instituto Butantan, e o da de Oxford, elaborada em conjunto com a Funda��o Oswaldo Cruz.

O ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, por�m, descreveu a vacina��o como uma "jogada de marketing" do governador de S�o Paulo, Jo�o Doria, advers�rio do presidente Jair Bolsonaro, e indicou que o plano nacional de vacina��o come�ar� oficialmente na quarta-feira.

M�nica Calazans, uma enfermeira negra de 54 anos que trabalha em uma unidade de terapia intensiva, recebeu a primeira dose da CoronaVac no Hospital das Cl�nicas, em S�o Paulo, capital do estado mais populoso do Brasil, que registra quase um quarto das quase 210.000 mortes por coronav�rus no pa�s de 211,8 milh�es de habitantes.

Mais de cem pessoas foram vacinadas depois dela no Instituto de Infectologia Em�lio Ribas, informou o governo de S�o Paulo.

O ministro da Sa�de afirmou que qualquer movimento "fora" dos planos do minist�rio "est� em desacordo com a lei" porque "despreza a igualdade entre os estados e entre todos os brasileiros". Ele especificou que as seis milh�es de doses da Coronavac, que fazem parte da ordem de uso emergencial, come�ar�o a ser distribu�dos na segunda-feira entre as 27 unidades federativas.

Sua aplica��o priorizar� os trabalhadores da sa�de, maiores de 75 anos e maiores de 60 anos moradores de resid�ncias para idosos, assim como a popula��o ind�gena.

A outra vacina com uso emergencial aprovado neste domingo pela Anvisa � a brit�nica da de Oxford, desenvolvida em parceria com a Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz), subordinado ao Minist�rio da Sa�de).

O governo brasileiro esperava concluir neste final de semana a importa��o de dois milh�es de doses deste imunizante da �ndia (onde s�o fabricadas pelo Instituto Serum), mas o governo indiano, em meio ao in�cio de sua pr�pria campanha de vacina��o, ainda n�o deu luz verde.

O Brasil � o segundo pa�s com mais mortes na pandemia, atr�s apenas dos Estados Unidos.

- Cr�ticas ao governo -

A aprova��o das primeiras vacinas no Brasil ocorre em meio a um recrudescimento da doen�a, com balan�os di�rios de mais de mil mortes no pa�s e uma dram�tica situa��o em Manaus, capital do Amazonas, com relatos de �bitos devido � falta de oxig�nio em hospitais lotados.

"Eu me sinto feliz, porque acredito que vai trazer um impacto bem maior em rela��o a melhorias para todo mundo, poder ter essa vacina j� sendo injetada no pessoal para a gente voltar ao conv�vio normal, porque a gente est� preso", disse � AFP Andr� Santana, um vendedor de 32 anos de Bras�lia.

Apesar de ter uma extensa rede de servi�os p�blicos de sa�de e um hist�rico de campanhas de vacina��o bem-sucedidas, o Brasil tem sido criticado pelo atraso no in�cio da imuniza��o e pela politiza��o da pandemia.

A disputa � o cap�tulo mais recente do confronto entre Bolsonaro e Doria, que se alinha como um de seus principais advers�rios nas elei��es presidenciais de 2022.

O presidente chegou a questionar a efic�cia da Coronavac e tem se mostrado sistematicamente contra as restri��es promovidas por Doria e outros governadores para conter o cont�gio, alegando a necessidade de evitar um colapso econ�mico.

Contrariando os especialistas, Bolsonaro circula em p�blico sem m�scara, promove aglomera��es e defende um suposto "tratamento precoce" contra o v�rus, com medicamentos cuja efic�cia n�o t�m comprova��o cient�fica.

O presidente, que n�o mudou de posi��o ap�s contrair o v�rus no ano passado, atribui a governadores e prefeitos a responsabilidade pela crise econ�mica e sanit�ria, alegando que o governo federal distribuiu recursos para combater a pandemia.

Essa atitude, somada � tr�gica situa��o em Manaus, provocou intensos panela�os em protesto nas principais cidades do pa�s nesta sexta-feira, como n�o ocorria desde meados do ano passado, quando o pa�s vivia o pior momento da primeira onda.


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