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Estado de Minas INVESTIGA��O

Quatro dos 27 mortos no Jacarezinho foram atingidos pelas costas, mostra laudo

Pol�cia nega e afirma que todos foram mortos durante confrontos


22/06/2021 21:22 - atualizado 22/06/2021 22:35

(foto: Mauro Pimentel/AFP )
A Pol�cia Civil do Rio matou com tiros pelas costas quatro dos 27 homens mortos durante opera��o realizada na favela do Jacarezinho (zona norte), em 6 de maio passado. Uma outra v�tima foi atingida por um tiro disparado � dist�ncia de 60 cm a 70 cm - � queima-roupa, outra caracter�stica habitual de execu��es. As informa��es constam dos laudos de necropsia realizados por m�dicos legistas do Instituto M�dico Legal (IML). Familiares acusam a Pol�cia Civil de execu��o. A pol�cia nega e afirma que todos foram mortos durante confrontos.




Segundo os laudos, os 27 mortos foram atingidos por 73 tiros - m�dia de 2,7 por v�tima. O morto que levou mais tiros foi atingido por seis disparos. Al�m dos 27 mortos pela pol�cia, a opera��o tamb�m resultou na morte do policial civil Andr� Leonardo de Mello Frias, de 48 anos. Ele foi o primeiro a ser morto - depois a pol�cia matou 27 pessoas, al�ando a opera��o a recordista de mortos na hist�ria da pol�cia do Rio de Janeiro. Familiares acusam os policiais de vingan�a pela morte do colega.

Cleyton da Silva Freitas de Lima, de 26 anos, Isaac Pinheiro de Oliveira, de 22, Jonathan Ara�jo da Silva, de 18, e Rodrigo Paula de Barros, de 31 anos, foram alvejados apenas pelas costas, segundo os laudos.

John Jefferson Mendes Rufino da Silva, de 30 anos, foi atingido por dois tiros, sendo um deles, na barriga, disparado � queima-roupa, segundo ind�cios encontrados pelos peritos. A marca do tiro apresentava "zona de tatuagem dispersa, sugestiva de que o disparo tenha ocorrido entre 60 cm e 70 cm", diz o laudo. Zona de tatuagem � a �rea marcada por vest�gios da p�lvora que o cano da arma solta.

Richard Gabriel da Silva Ferreira, de 23 anos, foi a v�tima morta com mais tiros, todos disparados de fuzis. Dois atingiram seu peito, um a barriga, um as costas e um atingiu cada bra�o. Ele foi baleado dentro de uma casa, e a per�cia n�o identificou vest�gios de confronto no im�vel.

A Defensoria P�blica do Estado do Rio informou que ainda n�o concluiu a an�lise dos laudos e, por isso, n�o comentou as informa��es.

Em nota, a Pol�cia Civil afirmou que "os laudos s�o compat�veis com o que ocorre em casos de conflito armado em ambientes confinados" e que "s� � poss�vel uma an�lise t�cnica ap�s o confronto de todas as provas produzidas, assim evitando conclus�es precipitadas".


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