
A Federa��o Brasileira das Associa��es de Ginecologia e Obstetr�cia (Febrasgo) publicou, nesta segunda-feira (5/7), uma recomenda��o orientando as gestantes e pu�rperas, incluindo as que n�o apresentam comorbidades, que receberam a primeira dose da vacina da AstraZeneca/ Fiocruz a tomarem a segunda dose, preferencialmente, com a vacina da Pfizer/Biontech.
Nos locais em que a Pfizer n�o estiver dispon�vel, a op��o deve ser a CoronaVac, segundo a nota da federa��o. O grupo tamb�m pode optar por aguardar o t�rmino do per�odo da gesta��o e puerp�rio para a administra��o da segunda dose da AstraZeneca.
Nos locais em que a Pfizer n�o estiver dispon�vel, a op��o deve ser a CoronaVac, segundo a nota da federa��o. O grupo tamb�m pode optar por aguardar o t�rmino do per�odo da gesta��o e puerp�rio para a administra��o da segunda dose da AstraZeneca.
A recomenda��o foi elaborada ap�s reuni�o desta segunda, do Programa Nacional de Imuniza��o (PNI).
“A Febrasgo procura estar alinhada com outros posicionamentos tanto a Associa��o M�dica Brasileira e tamb�m com o Programa Nacional de Imuniza��o. A Febrasgo levou essa demanda para a reuni�o com essa preocupa��o do que fazer com aquelas gestantes que foram vacinadas antes da legisla��o, ou seja, n�o sabiam e depois ficaram gr�vidas, aguardando a segunda dose da vacina ou que foram vacinadas com a dose da AstraZeneca/Oxford”, informou o presidente da Febrasgo, Agnaldo Lopes da Silva Filho.
“A Febrasgo procura estar alinhada com outros posicionamentos tanto a Associa��o M�dica Brasileira e tamb�m com o Programa Nacional de Imuniza��o. A Febrasgo levou essa demanda para a reuni�o com essa preocupa��o do que fazer com aquelas gestantes que foram vacinadas antes da legisla��o, ou seja, n�o sabiam e depois ficaram gr�vidas, aguardando a segunda dose da vacina ou que foram vacinadas com a dose da AstraZeneca/Oxford”, informou o presidente da Febrasgo, Agnaldo Lopes da Silva Filho.
Segundo o especialista, a principal motiva��o para a medida se deve � morte de uma gr�vida no Rio de Janeiro associada � vacina��o com dose da AstraZeneca.
“A AstraZeneca/Oxford a Anvisa e o pr�prio Minist�rio da Sa�de suspenderam a vacina��o de gestantes com essa vacina que � de vetor viral porque a morte de uma m�e e seu beb� no Rio de Janeiro foi associada a um efeito adverso grave de uma trombose com trombocitopenia dessa vacina”, disse.
“A AstraZeneca/Oxford a Anvisa e o pr�prio Minist�rio da Sa�de suspenderam a vacina��o de gestantes com essa vacina que � de vetor viral porque a morte de uma m�e e seu beb� no Rio de Janeiro foi associada a um efeito adverso grave de uma trombose com trombocitopenia dessa vacina”, disse.
Paula Fettback, ginecologista doutora pela Faculdade de Medicina da USP, destaca que, devido a esse caso do Rio de Janeiro, desde de maio a Anvisa j� havia suspendido a vacina para gestantes em raz�o da suspeita de as quest�es estarem interligadas.
“Est�vamos aguardando a investiga��o para averiguar se realmente houve uma causa consequ�ncia. E hoje, depois dessa decis�o, a Febrasgo optou por suspender a vacina da AstraZeneca para as gestantes em todo o pa�s. No dia seguinte desse epis�dio no Brasil n�o estava mais aplicando essa vacina em gr�vidas”, disse.
“Est�vamos aguardando a investiga��o para averiguar se realmente houve uma causa consequ�ncia. E hoje, depois dessa decis�o, a Febrasgo optou por suspender a vacina da AstraZeneca para as gestantes em todo o pa�s. No dia seguinte desse epis�dio no Brasil n�o estava mais aplicando essa vacina em gr�vidas”, disse.
A m�dica ainda relata que, em decorr�ncia de terem o mesmo princ�pio viral, h� possibilidade de a Anvisa tamb�m suspender o uso da vacina Janssen em gr�vidas.
“Hoje saiu uma nota nova que provavelmente a Anvisa tamb�m vai cancelar a da Janssen porque as duas vacinas s�o fabricadas com o mesmo princ�pio ativo. N�o houve ainda nenhum epis�dio de efeito colateral com a Janssen, mas faz pouco tempo que ela est� em circula��o", explica.
Paula Fettback complementa: "Da AstraZeneca, existe uma suspeita de trombocitopenia, que � uma altera��o na coagula��o e do risco aumentado de trombose. Ainda n�o foi divulgado, mas provavelmente as �nicas vacinas que ser�o liberadas para gestantes no Brasil v�o ser a CoronaVac e a Pfizer”.
“Hoje saiu uma nota nova que provavelmente a Anvisa tamb�m vai cancelar a da Janssen porque as duas vacinas s�o fabricadas com o mesmo princ�pio ativo. N�o houve ainda nenhum epis�dio de efeito colateral com a Janssen, mas faz pouco tempo que ela est� em circula��o", explica.
Paula Fettback complementa: "Da AstraZeneca, existe uma suspeita de trombocitopenia, que � uma altera��o na coagula��o e do risco aumentado de trombose. Ainda n�o foi divulgado, mas provavelmente as �nicas vacinas que ser�o liberadas para gestantes no Brasil v�o ser a CoronaVac e a Pfizer”.
A vantagem da CoronaVac
A Febrasgo tamb�m recomenda que as gestantes e pu�rperas, incluindo as que n�o apresentam fatores de risco, que j� tenham recebido a primeira dose de outra vacina contra a COVID-19 que n�o contenha vetor viral, ou seja, CoronaVac ou Pfizer, dever�o completar o esquema com a mesma vacina nos intervalos habituais.
“As gestantes com e sem comorbidades devem ser vacinadas com as vacinas que n�o tenham vetor viral, ent�o CoronaVac e Pfizer. A recomenda��o anterior do PNI era que as gestantes vacinassem 45 dias ap�s o parto. Hoje, o que recomendamos � que as gestantes podem ser vacinadas 45 dias ap�s o parto com a pr�pria AstraZeneca ou aquelas que optarem por tomar a vacina durante a gravidez, que seja, preferencialmente da Pfizer. E, se n�o tiver Pfizer, avaliar a possibilidade da CoronaVac”, explicou Agnaldo Lopes.
“As gestantes com e sem comorbidades devem ser vacinadas com as vacinas que n�o tenham vetor viral, ent�o CoronaVac e Pfizer. A recomenda��o anterior do PNI era que as gestantes vacinassem 45 dias ap�s o parto. Hoje, o que recomendamos � que as gestantes podem ser vacinadas 45 dias ap�s o parto com a pr�pria AstraZeneca ou aquelas que optarem por tomar a vacina durante a gravidez, que seja, preferencialmente da Pfizer. E, se n�o tiver Pfizer, avaliar a possibilidade da CoronaVac”, explicou Agnaldo Lopes.
Conforme o imunologista Agnaldo Lopes, a CoronaVac � baseada em v�rus inativado, modelo de vacina muito comum, sendo o mesmo da vacina contra a gripe e a antitet�nica. J� a Pfizer tem o modelo RNA mensageiro.
Paula Fettback afirma que a CoronaVac apresenta uma grande seguran�a para as gestantes por ser produzida da mesma maneira que a vacina de influenza (H1N1): “No Brasil, a gente sabe com certeza que � considerada mais adequada para gestantes a CoronaVac, porque ela � feita da mesma maneira que a nossa vacina da gripe. Para o grupos de gestantes, a gente ainda prefere a CoronaVac, apesar do preconceito que alguns grupos t�m com ela”.
Paula Fettback afirma que a CoronaVac apresenta uma grande seguran�a para as gestantes por ser produzida da mesma maneira que a vacina de influenza (H1N1): “No Brasil, a gente sabe com certeza que � considerada mais adequada para gestantes a CoronaVac, porque ela � feita da mesma maneira que a nossa vacina da gripe. Para o grupos de gestantes, a gente ainda prefere a CoronaVac, apesar do preconceito que alguns grupos t�m com ela”.
“Existem estudos que j� mostraram que os beb�s nasceram com anticorpos e existe um seguimento dessas pacientes em que algumas j� ganharam beb�. Mas a maioria ainda est� gr�vida, porque a gente ainda n�o tem um tempo muito grande de vacina��o no mundo no seguimento de gestantes. Ent�o, ainda n�o h� uma seguran�a 100%”, ressalta a m�dida.
Mesmo sendo estudos preliminares, por meio das experi�ncias e do que foi observado at� o momento, h� “v�rias gr�vidas, inclusive no Brasil, vacinadas com a taxa de efeitos adversos muito pequena e um padr�o de seguran�a muito aceit�vel das vacinas. Nos Estados Unidos, v�rias gr�vidas foram vacinadas com a Moderna e com a Pfizer e n�o houve complica��es”, declara Agnaldo Lopes.
Mortalidade
A Febrasgo tamb�m refor�a que a s�ndrome respirat�ria aguda grave (SRAG) por COVID-19 em gestantes e pu�rperas est� associada a risco elevado de morbidade e mortalidade materna, al�m do maior risco de prematuridade e �bito fetal.
Segundo o imunologista, isso ocorre porque “a gr�vida j� tem algumas peculiaridades da gesta��o, por exemplo se voc� precisar ventilar uma gr�vida � diferente de um n�o gr�vido”.
Paula Fettback acrescenta que todos os fatores de risco que a popula��o geral tem, associada ao novo coronav�rus, tem um risco ainda maior nas gr�vidas. Por isso, elas devem redobrar os cuidados.
“A gravidez isoladamente j� � um fator de risco porque muda todo o sistema imunol�gico, a fun��o pulmonar, a fun��o card�aca e a gr�vida tem uma tend�ncia muito trombog�nica, ou seja, qualquer gestante e pu�rpera, principalmente pelas mudan�as no sistema de circula��o da gesta��o, j� � pr�-tromb�tica”, comenta.
Segundo o imunologista, isso ocorre porque “a gr�vida j� tem algumas peculiaridades da gesta��o, por exemplo se voc� precisar ventilar uma gr�vida � diferente de um n�o gr�vido”.
Paula Fettback acrescenta que todos os fatores de risco que a popula��o geral tem, associada ao novo coronav�rus, tem um risco ainda maior nas gr�vidas. Por isso, elas devem redobrar os cuidados.
“A gravidez isoladamente j� � um fator de risco porque muda todo o sistema imunol�gico, a fun��o pulmonar, a fun��o card�aca e a gr�vida tem uma tend�ncia muito trombog�nica, ou seja, qualquer gestante e pu�rpera, principalmente pelas mudan�as no sistema de circula��o da gesta��o, j� � pr�-tromb�tica”, comenta.
Outra quest�o apresentada por Agnaldo Lopes como importante � que a Febrasgo alertou que para a vacina��o contra COVID-19 as gr�vidas precisam apresentar somente o cart�o de pr-e-natal ou o teste de gravidez.
"N�o precisa de um encaminhamento m�dico para isso”, destaca o m�dico.
“Tamb�m � importante refor�ar a necessidade de vacina��o nas gr�vidas, gestantes e pu�rperas. Vacinem-se! � muito importante”, concluiu.
“Tamb�m � importante refor�ar a necessidade de vacina��o nas gr�vidas, gestantes e pu�rperas. Vacinem-se! � muito importante”, concluiu.
*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina