
O governo de S�o Paulo prev� entrar com medida judicial contra o Minist�rio da Sa�de ap�s ter acusado a gest�o Jair Bolsonaro de n�o ter entregue 228,15 mil vacinas contra a covid-19 da Pfizer, metade das doses que a equipe de Jo�o Doria (PSDB) previa receber na �ltima ter�a-feira, 3. Caso a situa��o se repita, o cronograma de vacina��o de adolescentes poder� ser comprometido, informou o governo estadual em coletiva realizada nesta quinta-feira, 5, no Pal�cio dos Bandeirantes.
"Estranheza neste momento surgir um fato novo, n�o expl�cito e que gere grave les�o � popula��o do Estado de S�o Paulo", disse o secret�rio executivo da Secretaria de Sa�de do governo de S�o Paulo, Eduardo Ribeiro. Segundo ele, � importante que haja "previsibilidade" na entrega das doses, o que garante o cumprimento do calend�rio da imuniza��o.
"Caso este fato (a n�o entrega de doses previstas) se repita, a vacina��o do grupo de adolescentes do Estado de S�o Paulo estar� definitivamente prejudicada no que se refere � sua data at� aqui programada", disse o secret�rio. A vacina��o contra a covid-19 da faixa de 12 a 17 anos est� prevista para come�ar no dia 18 de agosto no Estado.
Segundo Ribeiro, o impacto do atraso recai sobretudo na popula��o de adolescentes, uma vez que esse p�blico deve receber exclusivamente o imunizante da Pfizer. Por isso, complementa, h� "a necessidade de um reposicionamento imediato por parte do Minist�rio da Sa�de, a fim de restabelecer a ordem que vinha sendo cumprida at� aqui." "N�s estamos falando de um envio previsto de 20% do total destinado ao Pa�s e que se consolidou em um envio de 10%", refor�a o secret�rio.
A procuradora-geral do Estado, Lia Porto, complementou durante a coletiva que a an�lise jur�dica est� sendo elaborada e que "� fato" que ser� levada � frente. "N�s acionaremos o Poder Judici�rio para discutir o crit�rio e o percentual operacionado", disse. N�o especificou, por�m, detalhes da argumenta��o jur�dica que ser� apresentada.
Em coletiva realizada nesta quarta-feira, 4, Doria afirmou j� ter enviado inclusive um of�cio ao Minist�rio da Sa�de pela n�o entrega das doses previstas. Segundo ele, o lote n�o foi entregue na totalidade "sem nenhuma justificativa" do governo federal. A pasta federal negou que tenha havido algum tipo de retalia��o.
O governador qualificou a situa��o de "decis�o arbitr�ria" e "quebra do pacto federativo". Al�m disso, pediu que o minist�rio "imediatamente" envie o quantitativo. "Com menos vacinas do que o prometido, o Minist�rio da Sa�de compromete o calend�rio de vacina��o de crian�as e adolescentes no Estado de S�o Paulo, previsto come�ar em 18 de agosto", declarou.
O Minist�rio da Sa�de negou durante coletiva de imprensa, na noite desta quarta que tenha punido S�o Paulo ao entregar menos doses de vacina da Pfizer do que o previsto. A pasta confirmou a diminui��o no quantitativo distribu�do ao Estado, mas defendeu que o n�mero menor de imunizantes � uma forma de "manter a equidade" no avan�o da vacina��o entre os entes federativos e "compensar" retiradas anteriores feitas pelo governo paulista.