
Quem saiu da cidade de S�o Paulo pela manh� deste s�bado, (4/9), com destino ao Guaruj� , notou um fluxo maior de ve�culos j� na Avenida Bandeirantes - situa��o que se complicou na Imigrantes, na altura do Rodoanel e, principalmente, ap�s o ped�gio. Com a lentid�o neste trecho, ambulantes puderam circular entre os carros.
Al�m do excesso de ve�culos , os motoristas ainda tiveram que enfrentar neblina ao longo do trajeto. A reportagem saiu de S�o Paulo �s 7 horas e chegou no Guaruj� �s 10 horas. O tr�fego tamb�m era pesado na entrada da cidade.
J� no Guaruj�, estabelecimentos comerciais, como padarias, supermercados e lojas estavam lotados. Na maioria dos casos, o distanciamento entre mesas ou frequentadores era coisa do passado.
Encontrar um local para estacionar nas ruas pr�ximas de praias como a Pitangueiras era uma tarefa quase imposs�vel - e que demandava muita sorte.
Nas ruas, parte da popula��o, turistas e locais, pareciam ter relaxado do uso de m�scaras (item de prote��o que ainda � obrigat�rio). Atletas de cal�ad�o e ciclistas j� se desobrigaram, por conta da pr�pria, de us�-las.
Pela manh�, a promessa de feriado de sol demorou a se concretizar. A expectativa de quem sonhou com dias menos restritivos virou impaci�ncia. " O sol precisa voltar a aparecer para a gente voltar a viver tamb�m", disse o comerciante Elias Macedo, 41 anos. "O sol precisa sair antes que o governador desista e feche tudo de novo", completou.
Ali�s, apesar do clima praiano, a pol�tica invadiu muitas das conversas entre banhistas. O receio pela volta das restri��es ou as cr�ticas em rela��o � condu��o da pandemia pelo governo federal n�o saiu do radar de quem estava com os p�s enterrados na areia.
Os comerciantes da praia tamb�m estavam concentrados em olhar para o c�u e pedir por um pouco de sol. "A gente precisa de um feriado bom para recuperar o preju�zo de mais de um ano de pandemia", falou Daniela Menezes, 40 anos, funcion�ria de uma barraca de pastel. "Foi um per�odo complicado demais. Muita luta. A pandemia e o sol precisam colaborar agora", disse Tatiane Celeste, 32 anos, atendente de uma barraca de por��es e batidas.
Apesar do tempo "lusco-fusco" na manh� de s�bado, o feriado foi significativo para a dona de casa Eliana dos Santos, de 47 anos. A moradora de Ribeir�o Bonito, no interior de S�o Paulo, visitava pela primeira vez na vida a praia e o mar. "Imagina uma mulher feliz. J� chorei, j� mergulhei, j� fiz de tudo. Espero que isso marque o fim da pandemia e do isolamento", disse Eliana.
O casal Isabela Cunha, de 18 anos, e Leonardo Vitor Gon�alves, de 21 anos, sa�ram de Pedreira, no interior de S�o Paulo, para curtir um 7 de setembro sem preocupa��es. "A gente ficou quase um ano trancado em casa. Agora que liberou um pouco, estou achando tudo maravilhoso", disse Cunha. "Acho que sol mesmo s� no domingo, mas pra quem estava em casa isso est� mais do que bom", falou Leonardo.
A analista de sistemas Stephane Carmo de Almeida, de 26 anos, era uma das poucas que corria na beira da praia de Pitangueiras com uma m�scara no rosto. "� importante n�o relaxar em rela��o � pandemia. Infelizmente parece que as pessoas esqueceram um pouco do que ainda estamos vivendo", comentou.
Os moradores do Guaruj� tinham sentimentos conflitantes em rela��o ao feriado de 7 de setembro. "Pra quem mora aqui nunca � muito bom. A praia fica lotada, m�sica alta…Mas se voc� pensar pelo lado do com�rcio, vai ser muito bom", disse Cl�lia Naufl, de 67 anos.
Sobre a falta de m�scara no rosto de muitas pessoas, o m�dico Eduardo Naufl, de 73 anos, garantiu que em espa�os fechados ainda existe cuidado �s normas sanit�rias. "Mas ao ar livre j� nos sentimos mais seguros", falou.
A tamb�m moradora Adriana Esper, de 55 anos, afirmou que esperava uma situa��o mais complicada e a cidade mais cheia. "Seria pior se o sol tivesse aparecido com for�a. Pra quem mora aqui, aglomera��o nunca � o ideal, mas faz parte da nossa realidade tamb�m", comentou.
