
Na coleta dos dados, o IBGE entrevistou quase 188 mil estudantes. Eles responderam �s quest�es em 4.361 escolas de 1.288 munic�pios brasileiros. Segundo o instituto, o Brasil tinha, em 2019, 11,8 milh�es de estudantes de 13 a 17 anos.
Dentre os diversos temas abordados sobre sa�de e comportamento, casos envolvendo algum tipo de abuso sexual chamaram a aten��o.
Segundo os n�meros apresentados, 14,6% dos entrevistados responderam que j� foram tocados, manipulados, beijados ou passaram por situa��es de exposi��o de partes do corpo alguma vez contra a vontade. Entre as meninas, o porcentual de v�timas chegou a 20,1% dos entrevistados, e 9% dos meninos.
No conjunto de jovens que sofreram esses abusos, alguns relataram que, al�m dessas agress�es, tamb�m foram obrigados a manter rela��o sexual. Esses adolescentes equivalem a 6,3% dos entrevistados. Tamb�m nesse caso, as meninas foram mais atacadas. A pesquisa mostrou que 8,8% das garotas foram v�timas dessas rela��es for�adas, contra 3,6% do total de garotos.
Especialistas t�m apontado que o contexto da pandemia pode ter prejudicado a identifica��o e den�ncias desses casos, uma vez que crian�as e adolescentes ficaram afastados da escola, da comunidade e de redes de prote��o. A redu��o do contato social torna mais dif�cil o combate a essas pr�ticas criminosas, que podem ser enquadradas desde importuna��o sexual a estupro de vulner�vel, com penas previstas no C�digo Penal.
Ao todo, 63,3% dos estudantes de 13 a 17 anos informaram ter ingerido pelo menos uma dose de bebida alco�lica. A pesquisa tamb�m apontou que 47% dos escolares afirmaram ter passado por algum epis�dio de embriaguez.
O uso de drogas il�citas foi relatado por 13% dos estudantes entrevistados. Mais de um quinto (22,6%) deles afirmou j� ter fumado pelo menos um cigarro. Nos dois casos, a preval�ncia foi maior nas escolas da rede p�blica.