
Ap�s orientar pela suspens�o da imuniza��o contra COVID-19 em adolescentes sem comorbidades , o ministro da Sa�de, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (20/9) que eventos adversos � vacina existem "e n�o s�o motivos para se suspender campanha de vacina��o ou se relativizar seus benef�cios".
A justificativa do ministro para a orienta��o da Sa�de dada na �ltima semana � que a autoridade sanit�ria tem que avaliar os casos "para que fa�a as notifica��es devidas".
Na semana passada, o minist�rio recuou com o Plano Nacional de Imuniza��o (PNI) e recomendou que fossem vacinados apenas os adolescentes com comorbidades ou privados de liberdade.
A pasta tamb�m recomendou apenas que a vacina da Pfizer fosse utilizada para o grupo. A recomenda��o gerou diversos conflitos com estados que se preparavam para iniciar a imuniza��o da faixa, segundo o PNI. Muitas unidades da federa��o tinham se adiantado ao plano e j� iniciado a vacina��o
O ru�do de informa��o gerado pela orienta��o da Sa�de obrigou o ministro a realizar uma coletiva de imprensa na quinta-feira. Entre os motivos usados por Queiroga para recomendar a suspens�o da imuniza��o de adolescentes estava o registro de um efeito adverso grave de uma adolescente de 16 anos que morreu sete dias ap�s a aplica��o da vacina da Pfizer.
Hoje, em entrevista � Folha de S.Paulo, o ministro afirmou que a adolescente veio a �bito devido a uma p�rpura trombocitop�nica tromb�tica, dist�rbio autoimune de consequ�ncias graves que leva � forma��o de co�gulos pelo corpo. Segundo o ministro, o relat�rio, ainda a ser divulgado, n�o diz que a morte tem rela��o com a vacina.
Queiroga afirmou que mesmo que o efeito adverso estivesse ligado � vacina, isso n�o "invalidaria" a imuniza��o do grupo. De acordo com o ministro, o que o governo defende � que adolescentes deveriam "ir depois", enquanto o pa�s tenta avan�ar na vacina��o das pessoas acima de 18 anos.
"Uma quest�o de prioridade de log�stica", disse. O ministro tamb�m voltou a criticar estados e munic�pios por adiantaram seus calend�rios de imuniza��o.
Questionado sobre a possibilidade de o presidente incluir em seu discurso de amanh� na Assembleia-Geral da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) uma fala referente a oferta de vacinas contra COVID-19 � outros pa�ses, Queiroga disse que todas as a��es que o governo toma s�o baseadas em "dados t�cnicos", e pediu que se acompanhe o discurso do presidente para saber sua agenda com rela��o � sa�de. O ministro acompanha a comitiva presidencial no pa�s.
