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Estado de Minas VIOL�NCIA

Apaixonado por matem�tica, estudante v�tima de latroc�nio sonhava alto

Jovem foi morto com tiro no peito por dupla de assaltantes que levou o celular da v�tima; adolescente estava a alguns metros da escola esperando o pai


23/09/2021 08:45 - atualizado 23/09/2021 08:50

Comunidade escolar está em choque com o crime cometido a 200 metros da instituição, na QNP 5 de Ceilândia
Comunidade escolar est� em choque com o crime cometido a 200 metros da institui��o, na QNP 5 de Ceil�ndia (foto: Darcianne Diogo)
Apaixonado por matem�tica, Geoffrey Stony Oliveira do Nascimento, 16 anos, tra�ava planos para ingressar na Universidade de Bras�lia (UnB). Cursando o 1º ano do ensino m�dio, o estudante se dedicava para fazer a prova do Programa de Avalia��o Seriada (PAS).  A trajet�ria do adolescente foi interrompida no final da manh� dessa quarta-feira  (22/9), quando ele sa�a de mais um dia de aula, no Centro Educacional 11 de Ceil�ndia, para esperar o pai na cal�ada de uma casa, na QNP 5 do Conjunto D. De uniforme e mochila nas costas, Geoffrey morreu ao ser baleado no peito durante um assalto. At� a �ltima atualiza��o deste texto, ningu�m havia sido preso.

Discreto, meigo, esfor�ado e dedicado. Assim definem os familiares e vizinhos do adolescente. Ele e o irm�o mais velho, de 17 anos, chegaram com os pais � Ceil�ndia ainda pequenos. "Todos o conheciam aqui na comunidade. Era um menino que nunca se envolveu com coisas erradas. Sempre ia de casa para a escola. No m�ximo, eu s� o via sentado na cal�ada �s vezes, mas sem contatos com ningu�m estranho", disse uma vizinha, que preferiu manter anonimato.

H� poucos dias, a fam�lia do adolescente resolveu se mudar para outra casa na Guariroba, mas mantiveram a resid�ncia em Ceil�ndia. Geoffrey come�ou os estudos no CED 11 no 5º ano do ensino fundamental. Como de costume, ap�s as aulas, o garoto esperava o pai todos os dias na rua do Conjunto D, da QNP 5. O genitor � servidor p�blico da Secretaria de Educa��o (SEDF) e trabalha na �rea administrativa da mesma escola � tarde e � noite.

Nessa quarta-feira (22/9), o jovem saiu da escola por volta das 10h45 e caminhou por cerca de 200 metros at� o local onde esperaria o pai busc�-lo. Enquanto estava em p�, dois homens armados em bicicletas abordaram Geoffrey, anunciaram o assalto e atiraram no peito do adolescente. O delegado-adjunto da 19ª Delegacia de Pol�cia (P Norte) levanta a hip�tese de que o estudante provavelmente reagiu ao assalto. "Momentos antes de tirar a vida da v�tima, os suspeitos cometeram um outro assalto na mesma regi�o. Estamos em dilig�ncias para captur�-los o mais r�pido poss�vel", frisou.

Em entrevista, um dos tios de Geoffrey, que tamb�m preferiu n�o se identificar por medo, contou que a fam�lia est� estarrecida e diz n�o acreditar no que aconteceu. "Minha irm� me ligou e disse que n�o tinha uma boa not�cia para me dar. N�o sabemos o que fazer, mas queremos Justi�a. � dif�cil acreditar que um menino do bem sai da escola e morre nas m�os de marginais que ficam nesse hor�rio procurando gente para assaltar", desabafou.

Destaque na escola


"Ele passava pelo mural dos alunos aprovados na UnB e sempre dizia que um dia a foto dele estaria estampada ali", disse, emocionado, o diretor do CED 11, Francisco Gadelha. O gestor suspendeu as aulas presenciais de hoje em raz�o do crime contra o estudante. Em um comunicado enviado aos pais, a institui��o lamentou o falecimento de Geoffrey. "Desejamos p�sames aos familiares e amigos, inclusive ao pai que � funcion�rio da nossa secretaria. Que Deus conforte a dor de todos", diz a nota, que tamb�m ressalta a import�ncia do refor�o do policiamento na �rea.

Os professores reconhecem o potencial interrompido de Geoffrey, que possu�a boas notas nas disciplinas. "Ele e o pai dele s�o parecidos, em termos de passar alegria para todo mundo e animar o ambiente. N�s, da comunidade acad�mica, estamos tristes e revoltados com toda essa situa��o", afirmou Francisco.

O diretor estava de licen�a-paternidade, pois a mulher ganhou beb� h� 15 dias. O gestor tinha uma consulta marcada para quarta-feira (22/9), quando recebeu um �udio desesperador do pai de Geoffrey. Na mensagem de voz, o genitor chora absurdamente e diz: "Oi, gente, s� estou passando aqui para dizer que n�o tenho condi��es de trabalhar. Nem sei quando vou conseguir trabalhar, porque o meu filho foi assassinado. Obrigada a todos", declarou. O �udio chocou a todos os docentes, que manifestaram pesar ao funcion�rio.

Imagens das c�meras do circuito de seguran�a da rua onde aconteceu o latroc�nio mostram os dois suspeitos, cada um em uma bicicleta, pedalando ap�s o crime. O v�deo foi registrado �s 10h54 de quarta-feira (22/9), praticamente o mesmo hor�rio do crime. Policiais est�o nas ruas para localizar os criminosos, que seguem foragidos.


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