Uma v�tima informou na delegacia que S�nia Lopes estava intermediando uma negocia��o para agendar um procedimento com uma funcion�ria do hospital. "A opera��o foi deflagrada ap�s uma v�tima procurar a delegacia. Ela disse que tinha um irm�o na fila do Hran para realizar uma cirurgia de h�rnia e que ele estava nessa fila h� cinco anos. Comentando com uma amiga, essa mulher disse que conhecia uma funcion�ria do Hran que poderia agilizar o agendamento, mas que cobrava uma taxa para marcar a cirurgia", apontou Jo�o Ataliba Neto, delegado-chefe da 38ª DP.
Alguns dias depois da v�tima dizer ter interesse no agendamento, S�nia Lopes teria informado que a sua conhecida pediu que ela realizasse os exames do irm�o. Uma semana depois, a mulher avisou que estava tudo certo para o agendamento, que havia aparecido uma vaga para o procedimento na pr�xima sexta-feira (24/9) e que faltava somente o pagamento para a cirurgia ser agendada. O valor seria de R$1,5 mil.
Ap�s a den�ncia da irm� da v�tima, os policiais foram at� a casa de S�nia e efetuaram a pris�o. Na delegacia, ela colaborou com a investiga��o, informando o nome de sua comparsa e autorizando o acesso dos policiais ao seu celular. Em seguida, os agentes da 38ªDP efetuaram a pris�o de Marlenita do Nascimento, no Hran.
As envolvidas foram presas em flagrante pelo crime de corrup��o passiva e conduzidas � carceragem da DCCP, onde permanecer�o � disposi��o da Justi�a. Se condenadas, as penas podem chegar a 12 anos de pris�o.
Rede p�blica
Em nota, a Secretaria de Sa�de do DF afirmou que a dire��o do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) desconhece a venda de vagas para realiza��o de cirurgias no hospital e repudia qualquer ato il�cito praticado por parte dos servidores. "A dire��o destaca que todas as cirurgias eletivas s�o reguladas, agendadas pela Central de Regula��o, respeitando crit�rios de prioridade, levando em conta principalmente a gravidade de cada caso. O encaminhamento de pacientes para cirurgias � rigorosamente acompanhado pelo Minist�rio P�blico, n�o sendo poss�vel interfer�ncias que permitam privil�gios", disse no texto.
A pasta acrescentou que a dire��o do hospital est� alinhada com a pol�cia e vai colaborar com as investiga��es. "Paralelamente � investiga��o da Pol�cia Civil, foi instaurado procedimento investigativo na Controladoria da Secretaria de Sa�de. Apuradas as responsabilidades e com a confirma��o da pr�tica ilegal, a servidora sofrer� as san��es administrativas previstas em lei, que incluem demiss�o."
A Secretaria de Sa�de ressaltou que os servi�os prestados na rede p�blica s�o totalmente gratuitos. Qualquer cobran�a � irregular e deve ser denunciada.