O profissional de sa�de tem o registro de CAC (colecionador, atirador e ca�ador), mas responder� pelo crime de porte ilegal de arma de fogo, pois ele s� poderia portar a arma do trajeto casa-estande de tiros.
O delegado-chefe da 1ª DP, Marcelo Portela, explicou que a entrega dos armamentos partiu de um acordo entre os investigadores e a advogada do acusado. "Sugerimos que essa entrega fosse feita o mais r�pido poss�vel para tentar diminuir a tens�o. De certa forma, percebemos que ele (Thiago) est� colaborando com as investiga��es", frisou.
No domingo (26/9), o
m�dico teria chegado ao estabelecimento alterado e nervoso
. Segundo o propriet�rio, o motivo seria a demora na entrega de duas pizzas, solicitadas por um aplicativo. Contudo, o dono ressaltou que, na verdade, Thiago havia esquecido de atualizar o endere�o de entrega no app, com isso o pedido n�o tinha chegado. A reportagem apurou que o m�dico havia se mudado para um novo endere�o tr�s dias antes da data do ocorrido. Thiago foi intimado e tem at� 13 de outubro para comparecer � delegacia.
Em nota oficial, a defesa de Thiago informou que o m�dico colabora ativamente com as investiga��es acerca dos fatos ocorridos no �ltimo domingo. Os advogados ressaltaram, ainda, que a conduta do profissional "n�o reflete na vida pessoal e profissional". "Antes mesmo de qualquer intima��o, realizou de forma espont�nea o comparecimento � 1ª Delegacia de Pol�cia, procedendo � entrega das armas de fogo que possui, as quais est�o em situa��o regular, se colocando � disposi��o da Justi�a", afirmou.
Improbidade
N�o � a primeira vez que o profissional de sa�de � investigado. O Correio revelou que, em 2016, o Minist�rio P�blico do Estado do Maranh�o (MPMA) solicitou a condena��o de Thiago pelo crime de improbidade administrativa. Em 2013 e 2014, quando ocupava a fun��o de secret�rio Municipal de Sa�de de Santa In�s (MA), na administra��o de seu pai Jos� de Ribamar Costa, que era prefeito da cidade, eles teriam contratado servidores sem concurso p�blico, fora dos casos previstos em lei. Uma odont�loga, que era funcion�ria da administra��o, teria colaborado com os atos. Na justificativa do MP, os envolvidos ofenderam o princ�pio de moralidade administrativa, "na medida que n�o coadunam com os fundamentos �ticos da boa administra��o". A senten�a ainda n�o foi definida pela Justi�a. O Minist�rio P�blico pediu a condena��o dos tr�s por improbidade administrativa.
O Correio tamb�m noticiou que o profissional de sa�de teria contratado mais de R$ 1,2 milh�o em servi�os sem licita��o no per�odo em que foi secret�rio no Maranh�o. Outra den�ncia do MPMA detalha quais foram os servi�os contratados, como a loca��o de um im�vel na Rua das Laranjeiras, avaliado em R$ 42.500, o arrendamento das instala��es e equipamentos do Hospital Municipal Tom�s Martins (R$ 658.680), servi�os de assessoria cont�bil (R$ 147 mil), servi�os m�dicos de ortopedia (R$ 34.450), aquisi��o de confec��o de materiais impressos gr�ficos (R$ 72.150), al�m de outros servi�os m�dicos prestados em densitometria, tomografias e mamografias, que totalizaram um gasto de mais de R$ 117 mil.
A reportagem tenta contato com o Thiago desde segunda-feira (27/9), mas sem retorno. A equipe esteve no pr�dio onde ele mora com a mulher, mas o m�dico n�o estava em casa e n�o atendeu ou respondeu �s mensagens enviadas pela reportagem. O espa�o permanece aberto para manifesta��es.