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Estado de Minas COVID-19

Estudo do Butantan mostra 99% de efetividade da CoronaVac

Pesquisa aponta alta soroconvers�o na popula��o da cidade paulista


21/10/2021 14:57

Frascos com a vacina CoronaVac, do Instituto Butantan
Estudo apontou que 99% dos moradores desenvolveram anticorpos para se defender da infec��o por COVID-19 (foto: Breno Esaki/Ag�ncia Sa�de DF)

O estudo de efetividade da vacina CoronaVac, que o Instituto Butantan est� realizando sobre a imunidade da popula��o de Serrana (SP) mostrou que 99% dos moradores apresentaram soroconvers�o (desenvolveram anticorpos para se defender da infec��o por COVID-19 ) tr�s meses ap�s receber a segunda dose do imunizante.

Estes s�o os primeiros n�meros da pesquisa do Butantan na cidade em que foi realizado o Projeto S, que imunizou toda a popula��o acima de 18 anos em fevereiro, por meio de um mutir�o de vacina��o.

O indicador foi superior aos resultados dos ensaios cl�nicos das fases 1 e 2 da CoronaVac, que mostraram soroconvers�o em torno de 97% e 98%, respectivamente, dependendo da dose. Segundo o instituto, al�m de comprovar, mais uma vez, a durabilidade da prote��o gerada pela vacina, a pesquisa tem o diferencial de analisar os anticorpos e a imunidade celular no mundo real, o que, at� o momento, na literatura cient�fica, sempre foi feito apenas em laborat�rio.

Os n�meros preliminares t�m como base a primeira etapa da avalia��o sorol�gica, em julho e agosto, quando foram coletadas amostras de 3.903 volunt�rios de Serrana. A segunda etapa da avalia��o sorol�gica est� em andamento.

Quem participou da primeira fase da avalia��o pode se dirigir, no s�bado (23) ou domingo (24) pr�ximos, das 8h �s 16h30, � mesma escola onde teve o sangue coletado para ceder uma nova amostra para ser analisada. O estudo envolve todos os maiores de 60 anos e parte dos menores de 60 anos vacinados no Projeto S, conforme aprova��o do Comit� de �tica em Pesquisa.

Um artigo cient�fico sobre a avalia��o da imunidade dos vacinados no Projeto S deve ser publicado em alguns meses. "J� temos o n�mero de anticorpos dos adultos e dos mais idosos. O artigo vai contar como estava a varia��o sorol�gica nesses �ltimos tr�s meses", diz o m�dico Gustavo Volpe, um dos coordenadores do estudo e diretor t�cnico do Hospital Estadual de Serrana.

A ades�o dos idosos que j� tomaram a dose de refor�o � pesquisa tem sido boa, e isso deve ser mostrado nos exames. "Vai ser um dado interessante. A gente v� que a titula��o [concentra��o de anticorpos presente no soro/plasma] vai caindo conforme as pessoas s�o mais velhas. Elas tendem a ter um t�tulo de sorologia menor que os jovens, mas, com a dose de refor�o, vamos ver se ser� mais ou menos igual", ressalta Volpe.
A partir de setembro, os moradores de Serrana que t�m mais de 60 anos come�aram a receber uma dose adicional de CoronaVac como forma de potencializar a imunidade geral contra o SARS-CoV-2 e aumentar a prote��o contra a variante delta, que come�ava, ent�o, a se tornar prevalente no Brasil.

Em seguida, os pesquisadores v�o avaliar a imunidade celular dos volunt�rios e entender como os anticorpos se comportam com seis, nove e 12 meses.

Volpe destaca que ter mais anticorpos n�o quer dizer estar mais protegido contra a doen�a. "Uma pessoa pode ter dez, outra, 20 e outra, 50. Ser� que a pessoa que tem 20 tem mais chance de pegar a doen�a do que a que tem 50? A princ�pio, parece ser uma coisa l�gica, mas a realidade biol�gica � diferente. Existem outros fatores que protegem algu�m do v�rus", acrescenta.

Em maio, dados preliminares do Projeto S mostraram que a imuniza��o da popula��o adulta de Serrana fez os casos sintom�ticos de COVID-19 despencarem 80%; as interna��es, 86%; e as mortes, 95%. De acordo com Volpe, o n�mero de interna��es por COVID-19 na cidade continua baixo, mas as medidas de prote��o precisam ser mantidas.

"O que estamos vendo hoje no Brasil, de redu��o de interna��es, de casos e diminui��o de transmissibilidade, j� vimos em Serrana nos meses de maio, junho. Observar o que acontece em Serrana � essencial para ver o que acontecer� no Brasil. Por isso que a cidade � um laborat�rio t�o importante: � ali que a gente consegue ver realmente o efeito da vacina", completa.


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