
Ela conta que com um beb� rec�m-nascido, as roupas e artigos de primeira necessidade que carregava na mala de m�o n�o foram o suficiente para as seis horas que passaram dentro do avi�o.
“Eu quebrei (o guich�), assumo. Eu perdi o controle, mas quis pagar na hora e reforcei isso na delegacia”, enfatiza. “Foi o desespero de uma m�e. S� de eu lembrar o que meu filho sofreu ali dentro… Ele n�o parava de chorar eu n�o podia fazer nada”.
O casal foi encaminhado � Pol�cia Civil e o caso, registrado com a natureza criminal, est� em andamento. Segundo a mulher, a fam�lia pagar� pelo que foi quebrado.
A exposi��o � COVID-19
K�nia conta, ainda, que a rea��o foi uma resposta �s horas de estresse e exposi��o do filho a poss�veis v�rus e doen�as e relembra: “Ainda vivemos uma pandemia, as pessoas come�aram a tirar as m�scaras dentro do avi�o”.
Ela e o marido lavavam a mamadeira do beb� no banheiro, que utilizavam a cada duas horas. A fam�lia estava retornando de Florian�polis onde o pai, consultor, trabalha. O planejamento era de uma viagem r�pida e que n�o expusesse o beb� a poss�veis riscos.
“Meu medo era ele pegar alguma doen�a, ele ainda n�o tomou todas as vacinas”, lamenta.
Com o estresse, K�nia passou mal, desmaiou e foi auxiliada pelos demais passageiros. Ap�s algumas horas, ela finalmente teve acesso �s malas e ao carrinho do beb�.
O retorno para casa
Ap�s as seis horas dentro da aeronave, a companhia a�rea encaminhou os passageiros ao sagu�o do aeroporto. De acordo com a fam�lia, a Gol, ap�s a confus�o, afirmou que pagaria um jantar para o casal e o restante do grupo e os encaminharia para um hotel.
No entanto, K�nia compartilha a indigna��o sobre a assist�ncia prestada pela empresa. “Eles deram uma barrinha, um biscoito e um suco como jantar, � 1h30 da manh�”, afirma. “Somente �s 5h da manh� fomos levados a um hotel”.

No dia seguinte, ao retornar ao aeroporto, ainda na sala de embarque, o casal foi abordado por quatro funcion�rios da companhia que afirmaram que eles n�o poderiam embarcar no novo voo, marcado para o fim da tarde.
“Falaram alto nossos nomes e que n�o embarcar�amos na aeronave porque n�o �ramos bem-vindos. Fomos tirados e constrangidos em frente a todos os passageiros”, conta.
K�nia, o marido e o beb� foram realocados em um novo voo de outra companhia, em um hor�rio mais tarde. “A inten��o era ficar perto do pai e ele trazer a gente de volta e aconteceu tudo isso”, finaliza.
Resposta da Gol
"A GOL informa que, ap�s a decolagem, o voo G3 1324 (Guarulhos - Confins), na noite de segunda-feira (1º/11), precisou retornar ao Aeroporto de Guarulhos, por conta das condi��es meteorol�gicas adversas em Confins. A companhia ressalta que ofereceu o suporte necess�rio a todos os clientes e acomodou os passageiros para seguir viagem em voos programados para a ter�a-feira (2).”
A reportagem tamb�m perguntou se algum funcion�rio do guich� ficou ferido durante o quebra-quebra no terminal. “Nenhum funcion�rio ou cliente se feriu depois do incidente”, respondeu a assessoria”. “Refor�amos tamb�m que todos os procedimentos tomados foram para garantir a seguran�a de todos”, pontuou.