
O decreto assinado pela prefeita Su�llen Rosim (Patriota) ser� publicado neste s�bado. "Como medida de enfrentamento a esse per�odo dif�cil, decretei estado de emerg�ncia por escassez de �gua. Com essa medida, vamos acelerar as a��es imediatas para colocar �gua na casa de quem precisa, nos pr�ximos dias", disse.
Entre as medidas previstas est� um aumento na frota de caminh�es-pipa para levar �gua de po�os diretamente para os reservat�rios que abastecem os bairros. O decreto autoriza o Departamento de �gua e Esgoto (DAE) a retirar �gua de po�os particulares.
A prefeita informou que est�o sendo perfurados po�os para complementar o abastecimento. O objetivo � reduzir a depend�ncia do rio Batalha, que vem perdendo vaz�o nos �ltimos anos. Quando o rod�zio no abastecimento foi iniciado, em abril, o n�vel da lagoa abastecida pelo rio era de 2,08 m. Mesmo com o racionamento e as chuvas de setembro e outubro, o n�vel baixou ainda mais, chegando a 1,95 m nesta sexta-feira. Conforme o DAE, se n�o chover, pode ser preciso endurecer ainda mais o racionamento. Com a entrada de �gua atual, a lagoa tem capacidade para apenas dois dias de opera��o plena, at� secar.
Chuvas escassas
Com as chuvas escassas e mal distribu�das, outras cidades do interior est�o com o abastecimento comprometido. Em Valinhos, o Departamento de �guas e Esgotos manteve o racionamento devido ao baixo �ndice de chuvas que n�o permitiram a recupera��o dos mananciais que abastecem a cidade. A prefeitura de S�o Jos� da Bela Vista tamb�m manteve o racionamento, apesar da melhora nas condi��es da represa que abastece a cidade. Os moradores de Santa Cruz das Palmeiras contam com abastecimento apenas parcial.
Monitoramento realizado pelo Cons�rcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundia� (PCJ) mostra que os rios da regi�o est�o com o n�vel parecido com o da crise h�drica de 2014/15. Nesta sexta, o rio Piracicaba, um dos principais do interior, estava com vaz�o de 14,24 metros por segundo, quando o esperado seria de 81,64 m3/s. O n�vel das �guas no centro da cidade era de 0,87 metro, quase metade da m�dia hist�rica de novembro, de 1,67 m. A �ltima chuva na cidade foi no dia 1.o deste m�s, de apenas 3,75 mil�metros.
Cantareira
O Sistema Cantareira, que abastece 7,6 milh�es de pessoas na regi�o metropolitana de S�o Paulo, entrou em alerta de escassez h�drica no dia 13 de agosto, quando operava com 39% da capacidade, segundo dados da Companhia de Saneamento B�sico do Estado de S�o Paulo (Sabesp). As chuvas esperadas ainda n�o vieram e em outubro, o sistema entrou em n�vel de restri��o. Nesta sexta, o sistema operava com 27,3% da capacidade. Este m�s, choveu apenas 32,5 mm na regi�o das represas, ainda longe da m�dia hist�rica de novembro, de 149 mm. Conforme a Sabesp, n�o h� risco de desabastecimento porque outros sistemas produtores, com mais �gua, est�o interligados.
Em raz�o da crise h�drica, o Departamento de �guas e Energia El�trica (Daee) abriu licita��o, na quinta-feira, 12, para a perfura��o de 141 po�os profundos em 125 munic�pios paulistas n�o atendidos pela Sabesp. O processo prev� a contrata��o de uma empresa de engenharia para executar o servi�o em um per�odo de seis meses. A perfura��o dos po�os deve atender 2,1 milh�es de habitantes. Cada po�o ter� um reservat�rio met�lico com capacidade para at� 200 mil litros de �gua. A entrega deve acontecer no primeiro semestre de 2022.