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Estado de Minas SA�DE

Fiocruz alerta para aumento de bact�rias resistentes a antibi�ticos

Aumento do uso desses medicamentos na pandemia pode ser a causa


19/11/2021 19:31

Fiocruz
Pesquisadores alertam para o risco de maior dissemina��o da resist�ncia a antibi�ticos pelo aumento do uso desses medicamentos durante a emerg�ncia sanit�ria (foto: Leonardo Oliveira/FioCru)

O Laborat�rio de Pesquisa em Infec��o Hospitalar do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) j� recebeu em 2021 mais que o triplo de amostras de bact�rias resistentes a antibi�ticos em compara��o ao que foi analisado em 2019, �ltimo ano antes da pandemia da covid-19. O levantamento foi divulgado hoje (19) pelo instituto, cujos pesquisadores alertam para o risco de maior dissemina��o da resist�ncia a antibi�ticos pelo aumento do uso desses medicamentos durante a emerg�ncia sanit�ria.

As amostras de "superbact�rias" s�o enviadas ao laborat�rio do IOC por outros laborat�rios de sa�de p�blica de diversos estados de forma espont�nea, j� que l� funciona a retaguarda da Sub-rede Anal�tica de Resist�ncia Microbiana em Servi�os de Sa�de (Sub-rede RM), institu�da pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) e pelo Minist�rio da Sa�de (MS). Como unidade de retaguarda, o laborat�rio atua na an�lise aprofundada das bact�rias resistentes a antibi�ticos, que s�o detectadas em casos de infec��o hospitalar.

O IOC informa que, em 2019, chegaram ao laborat�rio pouco mais de mil amostras de bact�rias resistentes a antibi�ticos. Em 2020, esse n�mero chegou a quase 2 mil, e, de janeiro a outubro deste ano, j� atingiu 3,7 mil. O instituto ressalta que, enquanto os n�meros oficiais da Anvisa sobre bact�rias resistentes para 2020 e 2021 ainda n�o est�o dispon�veis, o aumento observado em centros de refer�ncia pode ser considerado como um alerta.

Em texto divulgado pelo IOC/FIocruz, a chefe do Laborat�rio de Pesquisa em Infec��o Hospitalar, Ana Paula Assef, explica que houve um aumento no volume de pacientes internados em estado grave e por longos per�odos durante a pandemia, o que aumenta o risco de infec��es hospitalares.
"Em parte, a alta na prescri��o de antibi�ticos nos hospitais durante a pandemia pode ser justificada pelo maior n�mero de pacientes graves internados, que acabam desenvolvendo infec��es secund�rias e necessitando desses medicamentos. Por�m, o uso excessivo precisa ser controlado para evitar que se impulsione a resist�ncia bacteriana", alerta a chefe do laborat�rio.

A pesquisadora disse que pesquisas no Brasil e no exterior sugerem que pode ter ocorrido prescri��o exagerada de antibi�ticos para internados por covid-19. O IOC cita um estudo global publicado em janeiro que aponta um percentual de mais de 70% de pacientes com covid-19 tratados com antibi�ticos durante a interna��o, quando se estima que coinfec��es bacterianas estejam em apenas 8% dos casos.

Outra preocupa��o destacada pela chefe do laborat�rio � o aumento da resist�ncia � polimixina, f�rmaco considerado a �ltima op��o terap�utica para infec��es que n�o respondem aos demais antibi�ticos. Esse crescimento se deu em tr�s grupos de bact�rias frequentes entre os casos de infec��es hospitalares: A. baumanii (de 2,5%, em 2019, para 5,6%, em 2021), Pseudomonas aeruginosa (de 14% para 51%), e enterobact�rias (de 42% para 58%).

Em agosto, a Anvisa publicou nota t�cnica com orienta��es para reduzir a dissemina��o de bact�rias resistentes durante a pandemia da covid-19, destacando que os antibi�ticos n�o s�o indicados no tratamento de rotina da covid-19, j� que a doen�a � causada por v�rus e esses medicamentos atuam apenas contra bact�rias. Os antibi�ticos s�o recomendados apenas para os casos com suspeita de infec��o bacteriana associada � infec��o viral, recomenda a ag�ncia.


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