
o advogado Cleber Lopes ponderou com a assessoria do ministro que o julgamento do agravo regimental interposto pela defesa ainda em agosto, questionando a legalidade das provas, se sobrep�e ao do pedido de pris�o.
No encontro, "Mostrei que n�o faz sentido examinar o pedido de pris�o agora, se o STJ vai decidir daqui a pouco, sobre a legalidade das provas obitidas, ao nosso ver, de forma ilegal, com invas�o de computadores e obtidas de maneira il�cita", relatou Lopes.
O recurso no qual a defesa questiona as provas do inqu�rito est� na pauta de julgamento do dia 1º de dezembro, segundo Cleber Lopes. "Se forem consideradas ilegais (as provas), n�o h� raz�o jur�dica para a decreta��o de uma pris�o. A impress�o que tenho � que v�o deixar para examinar (o pedido de pris�o) depois do julgamento deste agravo", avalia.
Entenda o caso
O Padre Robson � acusado por supostamente ter desviado mais de R$ 100 milh�es de doa��es de fi�is. O dinheiro era para ter sido usado na constru��o da nova Bas�lica de Trindade, mas o religioso teria comprado fazenda, casa de praia e um avi�o de pequeno porte. As investiga��es come�aram em 2019 e s�o conduzidas pelo Minist�rio P�blico de Goi�s.
Os supostos desvios foram descobertos durante a Opera��o Vendilh�es, que apurou uma den�ncia do religioso que estava sendo v�tima de extors�o ap�s hackers terem descoberto relacionamento amoroso dele. Ao todo, Padre Robson teria desembolsado R$2,9 milh�es para os chantagistas, dinheiro que, segundo o MPGO, saiu dos cofres da Associa��o Filhos do Pai Eterno (Afipe), com sede em Trindade (GO).
Com a opera��o, cinco poss�veis crimes foram investigados: apropria��o ind�bita, falsifica��o de documentos, organiza��o criminosa, lavagem de dinheiro e sonega��o fiscal. Foram cumpridos mandados de busca e apreens�o em endere�os diferentes, todos ligados ao sacerdote. Apesar disso, o processo foi bloqueado pela justi�a.
Em 6 de outubro de 2020, o Tribunal de Justi�a de Goi�s arquivou a investiga��o contra o Padre Robson. Em dezembro do mesmo ano, as investiga��es foram retomadas. Desde o in�cio das apura��o, o religioso foi afastado das atividades.