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Estado de Minas MEIO-AMBIENTE

Em �udios, garimpeiros em rio na Amaz�nia falam em tocaia contra pol�cia

Garimpeiros trocaram �udios que mostram que parte do grupo defende que alguns deles fa�am tocaias para surpreender agentes de fiscaliza��o em caso de abordagem


26/11/2021 08:06 - atualizado 26/11/2021 08:56

Garimpo ilegal no Rio Amazonas
(foto: Divulga��o)
Garimpeiros que est�o h� dias ancorados com balsas ilegais no trecho do Rio Madeira em frente � Vila de Rosarinho, uma comunidade de Autazes (AM), n�o s� trocaram informa��es sobre a mobiliza��o da opera��o para combater suas a��es criminosas, como t�m combinado rea��es, conforme a abordagem que enfrentarem.

Os garimpeiros no local trocaram ontem �udios, obtidos pelo Estad�o, que mostram que parte do grupo defende que alguns deles fa�am tocaias na floresta para surpreender agentes de fiscaliza��o em caso de abordagem. A ideia � "largar bala" na pol�cia.

"Meu amigo, se voc� for contar, tem mais garimpeiro que pol�cia em todo canto, entendeu? Se voc�s ficarem entocados dentro de uma mata dessa a�, um l� na ponta, outro aqui. Se eles come�arem, voc�s largam bala, entendeu? Deixa a balsa bem pertinho da beira e larga bala", diz um deles.

Em outra mensagem, um garimpeiro concorda. "� verdade. Se n�s juntarmos todo o mundo, n�s combatemos."

‘IR PARA CIMA’

Para os garimpeiros, a repress�o policial n�o teria condi��es de enfrent�-los. "Meu parceiro, o tanto de garimpeiro que tem, mano... Pode vir o comboio, pode vir o c* pra cima, que n�o d� conta, n�o. N�s temos que fazer � juntar os garimpeiros de todas as comunidades e ir para cima."

Como adiantou o Estad�o, foi montada uma grande for�a-tarefa entre a Pol�cia Federal e agentes das For�as Armadas e do Ibama para se deslocar � regi�o. Ontem, o vice-presidente Hamilton Mour�o disse que h� ind�cios de que o grupo de garimpeiros tem liga��es com o narcotr�fico, que h� anos utiliza rotas do Norte do Pa�s para o escoamento de drogas.

"N�s temos tido v�rios informes de que o narcotr�fico, essas quadrilhas, na ordem de proteger suas rotas, subiram para l�. Uma das formas de se manterem � apoiando a��es dessa natureza (garimpo). At� porque, se o ouro � extra�do ilegalmente, � um ativo que eles podem trocar por droga", disse Mour�o. O vice-presidente comentou que a PF, a Marinha e o Ibama j� est�o se preparando para agir. "A Marinha tem de verificar quem tem embarca��o legal. O pessoal que est� na ilegalidade vai ter a embarca��o apreendida", disse.



Natural de Humait� (AM), munic�pio cortado pelo Rio Madeira, Mour�o reconheceu que, h� d�cadas, h� aglomera��o de balsas de garimpo ilegal na regi�o. "Isso ocorre todos os anos. Normalmente, eles ficam ali na regi�o de Humait�. Esse ano deve ter aparecido ouro mais para cima, l� perto de Autazes. E eles se concentraram l�", comentou.

Em outra mensagem de �udio obtida pela reportagem, um homem fala em montar um "pared�o" de balsas, com pessoas ao redor dos equipamentos, para reagir a qualquer tipo de abordagem para fiscaliza��o. "Voc�s que t�m muita balsa a�, (tem que) fazer um pared�o mesmo daqueles e esperar todo mundo a� na frente da balsa. Um atr�s, um na frente e ver o que � que d�. Eles v�o respeitar, entendeu?", afirma.

Ainda n�o h� n�meros precisos sobre a quantidade de balsas que est�o na regi�o. No in�cio, falava-se em cerca de 600 balsas. Imagens a�reas permitem contabilizar pelo menos 300 embarca��es clandestinas paradas no mesmo ponto.

H� apreens�o sobre a forma como se dar� a abordagem dos garimpeiros que est�o na regi�o. Por lei, trata-se de embarca��es clandestinas, sem licen�a para operar e que devem ser apreendidas. Cada equipamento � avaliado em cerca de R$ 50 mil, mas esse valor oscila conforme o custo de todo o sistema embarcado para sugar o leito do rio em busca de ouro e fazer a sua separa��o.

SUPRIMENTOS

Ao Estad�o, o delegado da Pol�cia Federal Alexandre Saraiva, que atuou por dez anos � frente da PF na regi�o amaz�nica, disse que a melhor estrat�gia para impedir o avan�o das centenas de balsas de garimpo ilegal seria o corte de suprimentos usados pelos equipamentos.

Saraiva disse que j� viveu situa��es parecidas em apreens�es de balsas e que a medida mais efetiva, nestes casos, � acabar com a log�stica. "Quando voc� acaba com o combust�vel, com a chegada de pe�as de reposi��o, voc� paralisa a atividade. Tem de deixar passar s� �gua e alimento, para ningu�m morrer de fome. Fora isso, n�o pode entrar nada", disse.

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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