
At� o momento, foram detectados 77 casos na Prov�ncia de Gauteng, na �frica, e � cedo para afirmar o qu�o transmiss�vel ou perigosa � a nova variante, mas cientistas e pesquisadores j� se mostram preocupados. Por ser um caso recente, as pesquisas ainda est�o em fase inicial.
Em entrevista � reportagem, o epidemiologista, Geraldo Cunha Cury, professor na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), afirmou que ainda � muito cedo para identificar a gravidade da situa��o, mas declara que assim como a variante delta, essa nova cepa pode sim se tornar um problema, principalmente se as pessoas n�o estiverem vacinadas.
"O que se sabe � que � um risco. � um risco porque na �frica do Sul, por exemplo, tem poucas pessoas vacinadas, o percentual de vacina��o l� � muito baixo. Isso vira um caldo de produ��o de novas variantes", ressaltou Cunha.
Com a descoberta da nova variante, surgem perguntas em torno da vacina��o e a sua efic�cia contra a nova cepa. Geraldo acredita que em pa�ses com a vacina��o mais avan�ada � esperado uma introdu��o menor da variante na popula��o.
"Em pa�ses em que a vacina��o est� muito avan�ada, a chance da variante penetrar nessa popula��o � muito menor. N�o � falar que n�o existe, mas ela � muito menor", pontuou.
Nessa nova variante foram detectadas 50 muta��es, principalmente na prote�na do spike, onde foram contabilizadas mais de 30. Segundo o epidemiologista, esse � um local comum de muitas muta��es, mas ainda assim, n�o se pode presumir o n�vel de adoecimento da popula��o apenas pela quantidade de muta��es. Contudo, ele alerta que na �frica do Sul, a nova variante j� tem predominado at� mesmo em rela��o a variante delta.
"� uma coisa que chama muita aten��o e requer muito cuidado. Volta a quest�o central. Rapidamente as pessoas t�m que ser vacinadas com as duas doses e os adultos com a dose de refor�o, inclusive como j� foi determinado pelo Centro de Controle de Doen�as dos Estados Unidos (CDC)", finalizou.
*Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Frederico Teixeira